13_ Fim?

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Eu senti a faca no meu pescoço e paralisei, senti a respiração fazendo o meu cabelo se mexer e ele disse novamente:
  - Entra no carro - a voz dele era pesada e rude, eu querendo salvar minhas amigas e entrei. Realmente não sei de onde eu arrumei coragem para mexer minhas pernas para entrar no carro mas entrei.
Eu não tive tempo de ver nada, logo assim que eu entrei no carro colocaram alguma coisa na minha cabeça e eu senti uma agulha no braço e em poucos minutos apaguei.

Eu acordei meio atordoada com gritos femininos ecoando no ambiente, mas ainda o saco estava na minha cabeça, eu tentei tirar-la mas eu estava com as mãos atadas.

Eu escutei passos vindo na minha direção, passos estalando no chão de metal vindo na minha direção. Eu senti um arrepio passando da minha espinha até às pontas dos meu pés, os barulhos ficavam cada vez mais altos e pesados e o medo só aumentava, eu fiquei cega pelo medo e não percebi quando ele tirou o saco da minha cabeça e eu vi uma luz muito forte ofuscar os meus olhos.

-FILHA!!! Quando tempo minha princesinha! - a pessoa que supostamente era o meu pai veio me abraçar, eu tentei recusar mas eu estava amarrada em uma cadeira. - Eu senti tanta sua falta! Porque essa cara de assustada minha filha?

- Por que talvez você me sequestrou? Falando nisso CADE AS MINHAS AMIGAS????? Deixe elas em paz eu já estou aqui...

-Ah!- neste momento ele se afastou e começou a gritar - Tantos anos sem ver o próprio pai e você reage desse jeito???? Menina ingrata.- eu estava muito assustada com essa mudança de humor tão repentina....

-Pai, me desculpe... Eu senti muito a sua falta também mas eu estou um pouco assustada. - eu sabia exatamente como jogar esse jogo com ele.

-Ah minha filha querida, você está tão bonita... CALE A BOCA SUA IDIOTA!

Ele surtou novamente ao escutar uma das meninas gritar o meu nome.

-Melissa?- eu gritei de volta.

-Meu Deus el... - a voz dela sumiu com se alguém tivesse feito ela ficar calada.

-Melissa??- eu gritei na esperança de escuta lá de novo.

-Suas amigas são muito chatas, mas eu tive uma pequena ajuda... - neste momento eu comecei a reparar no ambiente eu estava em uma cadeira ao lado de uma maçã de metal com um facão cravado nela, eu estava em um lugar mais alto pois eu vi uma figura subindo umas escadas. Eu não acreditava no estava acontecendo, Harry subia as escadas, ele estava de terno como sempre mas ele estava ensopado de sangue.

- Olá Caitlin, como é bom te ver.- ele recebeu um chute do meu pai que o fez curvar.

-Eu não dei autorização para você falar com a minha filha, agora vou te explicar tudo minha querida- ele chegou mais perto de mim, ele cheirava cerveja e sangue.

Quando eu descobri que você estava morando em Quântico eu tinha que fazer uma visita para a minha filhinha, mas eu não sabia como, então pensei comigo mesmo- ele estava andando de um lado para o outro rodando a faca entre os dedos- eu preciso ser memorável, eu só pensava em você no tempo que eu passei no hospício. Eu fiquei por 3 anos, ou foi 3 meses? Eu não lembro mas isso não me importa HAHAHAHAHA- eu tentava manter o contado visual com ele para ele não desconfiar de mim mas eu precisava achar as minhas amigas e sair daquele local. - então eu achei esse jovem rapaz- ele sacudia os cabelos de Harry, ele parou de falar por um momento e se ajoelhou aos meus pés dizendo- Eu mandei tantos sinais filha? Porque você não viu?

- Você poderia ter vindo falar comigo normalmente...

- Não! Não poderia, eu planejo esse momento há mais de um ano, mas claro tive alguns imprevistos- ele apontava para baixo onde eu achava que as meninas estavam- elas estavam na porta do seu apartamento te procurando enquanto você estava com aqueles agentes. Eu não suportei adrenalina- ele sorria como um maníaco apenas de lembrar- não tinha necessidade de pega Las mas foi tão tentador que eu não consegui me conter hahahahah.

Eu senti que era a minha hora de falar:

-Na carta tava escrito se eu te encontrasse você iria libera Las. Por que elas ainda estão aqui??

-Você quer que eu as solte? Tá bom então. HARRY tire as duas daqui rápido.

Ele desceu as escadas, e pelas passadas eu eu contei 35 degraus, olhando mais a fundo atrás de mim tinha mais um lance de escada que levava a outra plataforma. Era meio que um container enorme revestido de isolamento acústico, eu estava quase me soltando da cadeira quando ouvi ele gritar o meu nome:

- Você quer saber o que vai acontecer agora? Agora nós vamos viver em Paris como nos sempre falávamos, e você vai casar.

- O que espera? Como assim eu vou casar???

-Vai casar comigo- eu nem tinha reparado que Harry já estava de volta.

-Eu prefiro a morte do que casar com você!

-Sabe quantas pessoas eu matei só para conseguir um jato, passagens de avião e um casamento para você?? Você vai casar com ele por bem ou por mal- ele veio e colocou a faca na minha garganta. - Estamos entendidos?

-Sim pai, eu prometo casar com o Harry assim como o senhor quis.

Ele ficou feliz ao escutar isso e disse :

- Agora eu vou te soltar porque eu confio em você, mas se você tentar fugir- o Harry sacou uma arma e apontou para mim - seria uma pena ver minha filha morrer.

Eu não podia ficar parada, na hora que ele me soltou eu tive dificuldade para ficar de pé mas logo me adaptei e comecei a andar, ele ia atrás de mim.
Eu estava de frente com a escada e virei para trás e abracei o pai, eu se assustou como eu prévia isso eu acabei dando uma rasteira nele para ele cair no chão, e automaticamente acabei para não ser atingida pelo disparo.

Eu comecei a correr em direção a escada que levava a plataforma de cima, escutei vários disparos mas todos eles em vão. Na hora eu cheguei no topo da escada eu vi o meu pai correndo tentando me agarras eu corri para o outro lado da plataforma. Era um embate tipo faroeste, ele de uma ponta e eu na outra, ninguém nem respirava, quando ele ameaçou a dar mais um passo eu olhei para trás e vi altura daquele negócio, tinha no mínimo 6 metros de altura e várias coisas pontiagudas. Voltei a olhar para frente, e em todos os anos vivendo com o meu pai eu tinha tinha visto ele daquele jeito, o olhar de um açougueiro pronto para abater um porco, nós dois escutamos um baralho vindo da porta, eu de relance vi várias luzes vermelhas e azuis. O cavalaria tinha chegado, mas eu assustei com um barulho de disparo o que foi suficiente para eu me desliquilibrar e cair emcima de um vergalhão.

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Eu disse que era o último capítulo mas eu vou dar um epílogo para vcs no sábado sem falta. Muito obrigada por quem me acompanhou até aqui♥️

O Amor É Confuso Where stories live. Discover now