Tenho uma chance?

8

A manhã passou rapidamente, Adrien e Marinette não conseguiram prestar atenção nas aulas. Não trocaram nenhuma palavra um com o outro e evitavam qualquer conversa que alguma outra pessoa talvez chegava para conversar.

Adrien teve um longo dia de atividades e teve que fingir que estava feliz o tempo todo para as fotos, para esgrima, para um evento que seu pai o brigou a participar. Já Marinette ajudou seus pais na padaria. Para os ambos o dia ocupado pode manter pensamentos tristes afastados por um tempo, até mesmo ao chegar a noite quando Hawk Moth faz mais uma vítima.

Assim que salvaram mais uma vez Paris, Ladybug se despede do parceiro e vai rapidamente embora. Chat Noir fica sozinho, se destransforma, alimenta Plagg e decide ir visitar Marinette. Ele tinha tomado uma decisão.

Marinette havia acabado de trocar de roupa, havia soltado os cabelos, alimenta Tikki e vai até a varanda, para observar as estrelas. Ventava um pouco e a noite estava agradável.

- Marinette você não acha que foi dura com o Adrien? - Tikki pergunta.

- Não sei... Talvez. Mas eu fiquei chateada, Tikki. Eu preciso de tempo... não consigo fingir que nada aconteceu e voltar a falar com ele.

- Espero que você fique bem logo, porque ele gosta de você e se afastar só vai fazer vocês ficarem tristes.

- É.

Ela olha para as estrelas, pensando no que Tikki disse. Sentia um certo alívio por ter contado de seus sentimentos que estava sendo guardados por tanto tempo. Tikki acaba se escondendo quando um certo gato pousa silenciosamente logo atrás de Marinette. Ele a observa, o vento faz com que os cabelos da azulada se movimentem, fazendo com que chat veja as orelhas da menor e com isso, os brincos.

Ele da um passo para frente e ela escuta, se vira confusa.

- Chat? O que faz aqui?

- Ma-marientte! Seus brincos!?

- São... uma herança de família! Isso! Herança de família.

- Ah... eu achei que.. por um momento...

- O que?

- Na-nada. Eu vim aqui para ver se você está bem.

- Eu estou melhorando. Mas acho que leva tempo não é? - Ela da de ombros e da um sorriso triste pra ele.

- É... Eu tava pensando numa coisa.

- No que? - Ela pergunta curiosa e ele se aproxima dela.

- Talvez... tenhamos que tentar dar uma chance para nossa felicidade. E... não ficarmos tristes por aqueles que não nos... merecem. - Ele se aproxima mais dela e olha para seus olhos azuis. Depois para a boca dela. - Ninguém merece sofrer, princesa.

Ele a puxa pela cintura e a beija profundamente, segurando com delicadeza o rosto da azulada. Marinette se surpreendeu com aquele ato do garoto, mas se sentia tão frágil, aquele beijo estava fazendo ela se sentir bem e ela acabou retribuindo.

Marinette começa a se lembrar das vezes que foi dura com Chat Noir, começou a se sentir culpada por não ter se apaixonando por ele. Os olhos da azulada começou a marejar. Ele estava o tempo todo com ela, ela podia confiar sua própria vida a ele e já havia o beijado, por mais que fosse para salvá-lo e da vez que havia esquecido. Fora que na linha do tempo que havia salvado, ela era namorada de Chat Noir. Esses pensamentos e a lembrança de Chat Blanc dizendo a ela que o amor deles havia destruído tudo fez com que as lágrimas começassem a cair. E isso fez com que o beijo fosse cessado.