Capítulo 6

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Estou no penhasco, em uma noite com bastante névoa, a escuridão me cega, a névoa dificulta minha visão, giro-me de um lado para o outro, uma voz faz-me saltar, eu fiquei imóvel, todos os sentidos alertas

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Estou no penhasco, em uma noite com bastante névoa, a escuridão me cega, a névoa dificulta minha visão, giro-me de um lado para o outro, uma voz faz-me saltar, eu fiquei imóvel, todos os sentidos alertas

Ouço passos rastejando em minha direção, me sinto vulnerável, o medo se apossou de todo o meu ser.

"Alguém me ajuda", grito, assustada e imponente.

É como se alguém estivesse obtendo meu mundo, me observando de longe, sinto uma presença fantasmagórica, e isso me apavora, mas nada de ruim sucedeu até então, apenas minha ansiedade me consome.

"Você precisa ir embora desta cidade", uma voz susurra no meu ouvido.

Meu corpo congela, viro-me, não vejo nada e nem ninguém, estou de frente para o penhasco, ando em passos lentos até a margem.

"Você tem que sair daqui, agora!", a voz misteriosa disse.

"Tarde demais", outra voz aparece do nada.

Antes que eu possa reagir, sou brutalmente empurrada para as profundezas do penhasco.

Me debato sobre minha cama, abro minhas pálpebras, meu corpo está tremendo, gotas de suor escorrem pela minha pele, meu coração esta disparado, tenho medo que ele pare, o ritmo esta muito acelerado, minha respiração esta ofegante.

Há uma semana, esses pesadelos começaram a me atormentar, tudo começou na noite que conversei com Jason enfrente ao javali, a partir daquela noite, comecei a ter esses sonhos todas as noites, as vezes, estou no penhasco, outras vezes na praça, sempre a voz misteriosa diz a mesma frase.

Você precisa ir embora dessa cidade, a voz repete diversas vezes.

O sonho de hoje foi incomum, nunca tinha me acontecido ouvir outra voz, a não ser a do habitual, algo estranho me chamou a atenção, em nenhum dos sonhos que já tive, em nenhum deles, eu fora empurrada para o penhasco.

Virando minha cabeça por um fração de segundos, vejo uma sombra se esticando pelo chão, desviei meu olhar para a janela, a luz do luar era a única luz capaz de jogar sombras no meu quarto, meu coração perde uma batida, começo a enviar oxigênio para meus pulmões.

Digo para mim mesma que é apenas uma nuvem passando pela lua, ainda assim, passei os próximos minutos acalmando as batidas frenéticas do meu coração.

Não tento dormir novamente, não quero ter mais esses sonhos, sinto que irei enlouquecer, viro-me a noite inteira, escutando o vento soprar contra a janela, minha pulsação se alterava toda vez que escutava barulhos da vidraça, até o ranger da minha cama me assustava.

Perto do amanhecer, eu desistir e sai da cama, o sol já mostrando seus primeiros raios de luz, me arrastei pelo corredor em direção a um banho quente e relaxante, após o banho, visto uma calça jeans preta, e uma camiseta branca, saio de casa antes da minha mãe acordar.

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