Capítulo 1

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Minha vida é um purgatório!

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Minha vida é um purgatório!

É tudo o que eu consigo pensar olhando para a floresta de pinheiros que passava por mim como um vulto pela janela do carro. Eu não queria mais ter que acompanhar minha mãe nessas viagens malucas, principalmente quando precisávamos visitar minha cidade natal. As memórias de minha infância insistem em me atormentar enquanto percorremos o vasto caminho de carvalho.

A luz do fim de tarde irradia meu rosto, a rajada de vento frio bate contra meus cabelos trazendo uma sensação de conforto e paz, mas essas sensações agradáveis não irá durar por muito tempo. Hoje, minha mãe e eu estamos indo para nossa antiga cidade, para desvendar alguns despedimentos que estão ocorrendo em volta da cidade. Eu nem lembro quando foi a última vez que pus meus pés lá, mas a simples ideia me apavora. A princípio não consigo entender este desconforto que estou sentindo, mas gosto de acreditar que é apenas medo de não me adaptar neste lugar novo, conhecido como cidade dos anjos.

Dedico meu tempo tedioso para observar a paisagem ao redor, me acomodo para aproveitar a vista, encosto minha cabeça no vidro do carro e deixo meus olhos vagarem pelas extensas plantações de trigo que dominavam a paisagem, vi passar campos e mais campos de um verde e amarelo vibrantes.O céu azul estendia por quilômetros, as nuvens fofas pairavam vagarosamente sob o sol de fim de tarde.

"Estamos perto, mãe?"

Ela sorrir alegremente.

"Seja paciente, Kyra. Falta apenas mais alguns quilômetros", disse ela, batucando os dedos no volante do carro de acordo com o ritmo da música que tocava baixinho.

Paciente? Estamos neste maldito carro a mais de quarenta e oito horas! Eu amo minha mãe, mas no momento quero acertar o rosto dela no volante!

"Fala, sério! Eu estou farta disso tudo! Não suporto mais essas suas viagens malucas!", esbravejo, com meus dentes trincados. Pareço um animal selvagem no momento, mas pouco me importa!

"Filha, você tem que entender que este é o meu trabalho e eu amo o que eu faço. Se eu não o tivesse como nos sustentaria?", ela questiona, irritada.

Bufo, revirando meus olhos.

"De todas as profissões do mundo. Você tinha quer ser logo uma repórter investigativa? Você poderia ser tudo! Menos isso! Este seu trabalho consome todo o seu tempo, este seu trabalho não permite passar mais de uma semana em casa! Eu já mudei de escolas três vezes ano passado e por incrível que pareça eu consegui terminar o ensino médio."

Minha mãe fica em silêncio por alguns segundos, o único barulho que meus ouvidos absorviam era os dos pneus deslizando pela estrada de carvalho.

"Não vamos discutir sobre isso, filha, tenho um grande mistério a resolver e não tenho tempo para ouvir seus chiliques", ela balança a cabeça em descrença.

Suspiro alto, não sei por que ainda acompanho minha mãe nessas aventuras sem fim.

Ah, claro! Se eu não acompanha-la eu terei que ficar com meu pai, mas isso jamais acontecerá, o homem que se diz ser meu "pai" não dá a mínima para mim. Ele só dá importância a assuntos banais, como por exemplo, um rabo de saia, sem dúvidas, meu pai me trocaria por qualquer par de pernas depiladas.

Cidade dos anjos Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz