Capítulo três

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"O que significou aquela cena dentro do shopping?"
"Pra você eu não sei, pra mim eu estava acabando com aquele sorriso idiota na cara da Maia e deixando meu recado pro paspalho do Sebastian Verlac".

Eles chegaram ao prédio dela, Jace dirigiu até um canto longe no estacionamento e subiu os vidros fumê.

" Como assim deixando recado para o Sebastian Verlac?"

Enquanto ela perguntava viu Jace travar as portas do carro e soltar ambos os cintos de segurança. Ele afastou um pouco o banco do motorista para trás e a olhou.

"Deixando claro para ele que você é minha agora".

Ela o encarou incrédula.

"Como disse?"
"Deixei bem claro pra você ao iniciarmos isso que durante este tempo que estivéssemos juntos você seria minha assim como eu seria seu. Era este o recado que eu estava passando para ele".

"Jace..."

"Cale a boca Clary".

Ele disse isso e inclinou-se para beijá-la com ardor.
O beijo foi furioso, efervescente e intenso.

Clary amoleceu os músculos rígidos em segundos depois que sentiu os lábios dele colando nos seus.

A boca quente dissipou qualquer questionamento que ela tivesse e a ânsia de ser tocada de novo por ele, aflorou dando vazão aos desejos reprimidos.

Ela agarrou-o retribuindo a caricia com a mesma força e a mesma vontade.
Beijavam-se com fúria, tentando cada um aplacar suas próprias tensões nos lábios do outro. O ar faltou e eles se separaram, com a distância, a consciência de Clary voltou.

Ofegante ela disse: "O que pensa que está fazendo? Acha que pode falar comigo desta maneira?"

Ele riu acasalado.

"Ouça-me Clary, isto é algo que você deve aprender a respeito dos homens, é algo muito importante. Todo e qualquer homem é possessivo. Não importa o quão dócil ele pareça, no fundo há um animal dominador. Existem homens que controlam isso e homens que não controlam. É instintivo".

"Suponho que você seja parte dos homens que não controlam". - ela disse com deboche.

"Errado. Controlo sim e controlo muito bem, porém é muito difícil fazê-lo com um imbecil babando em cima de sua mulher descaradamente".

Ela engoliu as palavras dele junto com um bolo que se formou em sua garganta.
"Não sou um objeto para ter dono".

"Não falo de possuir você como objeto. Falo de possuir sua atenção, seus desejos, seus sentimentos. Estou certo que me entende. Não é tão diferente assim com as mulheres".

"Isso pode ser até normal, mas não entre nós. Não sou sua mulher".

Ele a encarou com intensidade.

"Sim você é, e será minha mulher por dois meses. Será a mulher a quem eu possuirei com minha alma, a única mulher que levarei para minha cama, a única que dormirá nos meus braços. Mesmo que sejam apenas dois meses, você será minha mulher e será tratada como tal".
"Você está levando isso a sério demais Jace" - ela disse trêmula pelo efeito das palavras dele.

"Sempre levo meus relacionamentos a sério Clary, não sou um homem desonrrado. Se é para ter você comigo, não importa por quanto tempo ou sob quais circunstâncias, será intenso e será pra valer. Também não creio que você seja dada a aventuras".
Ela engoliu em seco.

"Se eu não fosse dada a aventuras, não teria proposto o que propus a você".

Ele riu.

"Ora vamos Clary, conheço você antes mesmo daquele bundão bater os olhos em você. Não é dada a aventuras não. É uma romântica que resolveu vingar as feridas. E assim como eu sempre te olhei com outros olhos, sei que já teve uma queda por mim, apenas uniu o útil ao agradável".

"Você é convencido demais". - ela disse brava.

"Não é convencimento é constatação de fatos."

" Procurei você apenas por que..."

"Sei exatamente por que me procurou, e foi simplesmente por que você me quer, mas se você não consegue admitir para si mesma eu posso provar".

"Provar o que?"
"Posso provar que você me quer tanto quanto eu quero você e também que você adora meu jeito possessivo".

"Não eu não gosto Jace eu acho..."

"Admita Clary, vamos, não é feio admitir as fraquezas".

"Petulante".

"Teimosa".

"Arrogante".

"Chega de conversa, se você quer na marra, vai ser na marra".

"Jhonatan Herondale o que você está...
Mas o resto da frase foi abafado pela boca dele que novamente a buscou com fúria.
Jace estava incrivelmente quase todo por cima dela no banco do carona. Era incrível tal feito pois ele era grande, muito grande.

Eles se beijavam com raiva e desejo, desejo muito aparente por sinal.

Cansado da posição na qual se encontrava, Jace puxou Clary para cima de si e não encontrou grandes dificuldades em suspendê-la, fazendo com que ela se encaixasse em seu colo.

Foi por instinto, Clary abriu as pernas e sentou no colo dele, acomodando-se sobre a ereção já aparente.

Jace a segurou no rosto e a beijou com mais força ainda. Sentiu vontade de rir quando viu as mãos dela buscando sua camisa tencionando abrí-la.

Ele desceu as mãos pelas costas dela, levando até as nádegas e comprimiu mais ainda a ereção já completamente no auge contra seu sexo frágil.

Ela gemeu com gosto.
Então ele usou as mãos para afastar o rosto dela quebrando o beijo.

"Negue agora que me quer. Vamos Clary, olhe nos meus olhos e negue".

Ele tinha um brilho bastante malicioso nos olhos.

"Vá se ferrar Jace".

Ele gargalhou, segundos antes de sentí-la comprimir os lábios nos seus de novo.
Jace inclinou o banco do carro mais pra trás e deixou que Clary jogasse o peso do corpo no dele. O contato dos sexos ficara mais forte.

Ela ofegou.

Com urgência e impaciência ela arrancou a camisa dele, tirando-a com violência e tremeu quando o sentiu chupar seu pescoço com avidez.

"Jace..."

Ela gemeu quando sentiu as mãos dele mergulhando por baixo da sua blusa e alcançando a pele quente.

Amor Por Contrato - ClaceWhere stories live. Discover now