CHAPTER XXII: Legends Never Die | Parte I

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| E S M E |
Suíça, Outubro de 1999

UMA BRUXA DA NATUREZA JAMAIS DEVE TER MEDO, mesmo na floresta mais sombria, pois há de carregar em sua alma, a certeza de que a criatura mais temível ali, é ela

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UMA BRUXA DA NATUREZA JAMAIS DEVE TER MEDO, mesmo na floresta mais sombria, pois há de carregar em sua alma, a certeza de que a criatura mais temível ali, é ela. Por não conseguir dormir, era exatamente no meio de uma floresta sombria onde Esme se encontrava às doze da madrugada. Vestindo apenas uma camisola branca — tão longa que descia ao nível dos calcanhares —, ela rodopiava graciosamente em meio à escuridão tenebrosa de uma floresta nas proximidades da pequena cidade de Zermatt. De pés descalços e espírito livre, ela dançava ao ritmo da natureza, sentindo a brisa fria daquela noite de outono bagunçar seus sedosos cabelos dourados.

Esme experienciou a floresta a acolhendo, as árvores admirando sua beleza, o vento frio sussurrando o quanto a desejava… Como qualquer outra Bruxa da Natureza, sentia-se incrivelmente mais poderosa naquele ambiente. Ela correu a passos leves até uma pequena clareira gramada, não muito distante da casa de seu Coven, onde pôde ter uma ótima visão da bela lua dourada brilhando imponentemente no céu aberto. Sentindo os poderes pulsando forte dentro si, ergueu o rosto na direção da luz e fechou os olhos.

Os raios lunares banharam seu corpo com uma sensação revitalizadora, e curvando os lábios em um sorriso ameno, ela se entregou. Seus pés deixaram de tocar o chão e a Melius flutuou lentamente de encontro ao céu. Uma nuvem de vagalumes pairou ao redor de si enquanto, de braços abertos, como uma criança sendo aninhada, sentiu a mãe Natureza lhe acalentar.

Momentaneamente, ela conseguiu clarear os pensamentos. Esqueceu do tempo, do passado, e da pequena discussão que tivera com sua irmã, Genevieve, há poucas horas. O universo parecia tão tranquilo e aconchegante, como se a luz do luar houvesse expelido todos os males para o núcleo da terra. Foi quando ouviu a primeira explosão.

O estrondo pavoroso, vindo da direção da casa, lhe fez perder a concentração. A grama fofa amorteceu sua queda, mas não o suficiente para evitar uma dor aguda no quadril. A garota correu disparadamente pela floresta sombria, até que um segundo estouro ecoou através da infinitude silenciosa daquela noite. Aquilo era um loop, uma fenda temporal isolada no meio de uma zona rural, onde nenhum ruído do mundo exterior poderia ser audível. Esme sabia exatamente o que as explosões significavam: White Star.

Ainda em meio às árvores, conseguiu um vago vislumbre do velho lar do Coven Leona, agora em chamas, cercado por inúmeros veículos escuros com uma estrela branca estampada na lataria. Esme Não ficou parada por muito tempo, rapidamente correndo rumo à saída de emergência subterrânea em uma área da floresta à esquerda da casa. Havia tropas tentando invadir a grande moradia de tijolos, mas falhando miseravelmente devido à espessa camada de gelo que naquele momento começava a engolir a casa com uma velocidade sobrenatural. Madame Luna, Esme pensou, e não pôde conter um sorriso de alívio.

O fogo se apagou por um momento, até uma troada ensurdecedora anunciar a explosão da terceira bomba. Ainda camuflada pela floresta, Esme conseguiu chegar à porta dupla do subterrâneo. Ela levantou uma das mãos, prestes a usar os poderes para abrí-la à força, mas se conteve quando alguém o fez pelo lado de dentro. Um rosto conhecido surgiu em meio à penumbra do túnel. 

Melius - Cidade Dos CorvosΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα