08 || puma

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🌈

Yeonjun e eu estamos nos beijando há muito tempo.

E eu não posso estimar exatamente o quanto, porque, acredite em mim, é bastante, e as novas sensações parecem desligar o resto do meu corpo. Logo, contar representa uma tarefa quase impossível.

Quando eu ponderei sobre a possibilidade de ter meu primeiro beijo com Yeonjun, mesmo em um curto espaço de tempo, apenas concordei porque em minha mente me convenci de que não passaria de um.

Mas passou.

Já foram um, dois, três... incontáveis beijos trocados dentro de seu quarto, em cima da sua cama, enquanto seus braços envolvem minha cintura e os meus, seu pescoço.

Eu deveria me sentir extremamente culpado por Beomgyu nesse momento, e, definitivamente, estou assim. Porém, a satisfação que preenche meu corpo parece inibir qualquer resquício de culpa que ainda poderia me dar alguma iniciativa para descolar meus lábios dos seus.

Isso não anula o fato de que eu vou precisar ser sincero com ele depois que tudo acabar, como eu não imaginei que poderia vir a acontecer durante o trajeto.

Porém, devido às circunstâncias da situação em que me encontro no momento, lhe dizer a verdade não só parece, como é necessário. Porque, no fim, Beomgyu merece que eu seja sincero com ele.

A decisão de não contar sobre incidente estava intacta até então, na verdade, pois era justamente essa certeza de que não existiam segundas intenções por trás de minhas ações que iria me garantir continuar com uma boa relação com meu melhor amigo, na mesma medida em que eu poderia ter meu primeiro beijo.

Agora, no entanto, é diferente.

Eu quero beijar Yeonjun.

Realmente pensei que fosse a coisa certa a se fazer, mas, no momento, tenho certeza que esconder isso, que nos beijamos e que ainda pretendo beijá-lo mais vezes, é tão errado quanto se eu estivesse me apaixonado acidentalmente por Yeonjun.

O que, definitivamente, não é o caso.

Gostar de beijar Yeonjun é completamente diferente de gostar dele. Então paixão é um sentimento que seguramente não existe.

Contudo, não podemos impedir que as boas sensações sejam bruscamente interrompidas quando alguém bate na porta do seu quarto. E nós dois já sabemos quem está do lado de fora, atrás da porta.

Choi Yeonsun.

Levantando de súbito, nós nos separamos com a velocidade de um raio, enquanto olhamos com medo para a porta do quarto, como se um monstro pudesse passar por ela a qualquer momento ou algo do gênero.

— Abre lá — ordeno em um sussurro.

— Eu, não. Você tá maluco? Abre você. — sussurra de volta, amedrontado.

— Ele é seu irmão!

— E é o cara que você gosta.

— Irmão é pior — consto, certeiro.

— Mas o que eu vou dizer caso ele me veja desse jeito? — Yeonjun questiona, apontando para seus lábios inchados por conta dos beijos recentes que trocamos.

pick a man ¡! yeonbinWhere stories live. Discover now