matthew fairchild

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⚠️ a personagem feminina não corresponde a nenhuma outra personagem criada pela cassandra. é totalmente fictícia criada apenas para esse conto. ⚠️

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Rose estava perdida. Era sua primeira vez na grande Londres, ela visitava a tia acompanhada de seus pais e o cachorro da família, Maximus. A garota mundana agora estava parada no meio de um grande parque, o cãozinho na coleira, impaciente.
— Maximus, na próxima vez que fugir assim, juro que não venho atrás de você! — ela pragueja — Onde é que estamos?
Irritada, Rose resolve que a melhor solução é esperar. Talvez a família não demore tanto para perceber sua saída repentina e comecem a buscar por ela. Não fazia sentido se desesperar.
A garota sentou-se em um banco comprido o bastante apenas para duas pessoas. Ao perceber isso, ela bufa.
— Ótimo, além de estar perdida, estou perdida no lugar mais romântico de Londres com um cachorro.
Ela analisa o ambiente a sua volta. Desde pequena a jovem de pele marrom percebia o mundo ao seu redor diferente de sua família e amigos. Certa vez, durante um passeio em Paris, ela vira com muita clareza um grupo estranho de homens vestindo roupas pretas de uma aparência jamais vista pela garotinha. Mas seus pais não viram nada e a encararam como se ela estivesse delirando. “Rose, já está velha demais para alimentar essas fantasias na sua cabecinha oca.”, a mãe dissera.
Mas Rose sabia que aquilo era real. Os homens vestidos em couro preto, as esbeltas mulheres de orelhas pontudas que corriam pelas florestas quando ela visitava a casa de campo da família. Na semana anterior ela avistara um homem de pele azul, quase roxa, com garras no lugar se dedos.
Não, ela não era louca. Aquilo era real, assim como o garoto de cabelos loiros que se aproximava com um cachorro tao grande que equivalia a quatro pequenos maximus.
— Com licença, senhorita. — o rapaz agora estava parado a sua frente, com uma expressão divertida. — Acho que Oscar encontrou um novo amigo.
Rose o encarou confusa.
— Meu cachorro. — Rose desviou o olhar do rosto ridiculamente atraente do garoto e só então percebeu que o cachorro enorme estava brincando com Maximus. Bem, brincando talvez não seja a palavra correta já que eles apenas se cheiravam e se rodeavam.
— Ah! Bem, essa não é o primeiro problema que Maximus me trouxe hoje. — Ela suspira. — Estamos perdidos graças a esse pestinha!
— Ora, é a primeira vez que sou chamado de problema. — O garoto faz uma careta e leva a mão ao peito. — A senhorita me magoa desse jeito.
— Oh, não, não! Me desculpe, eu não quis...
— Está tudo bem. — ele sorriu, um sorriso que faria todas as garotas do mundo morrer de amor. — Sou Matthew. Matthew Fairchild.
— Rose Bianchi.
— Rose? Não é um nome muito criativo... — Matthew diz, se sentando ao seu lado no banco e acarinhando seu cão.
Rose emitiu um grunhido, quase um gritinho ofendido.
— Bem, Matthew também não é o melhor nome do mundo! E para sua informação, meu nome foi uma homenagem a minha avó.
Matthew apenas riu.
— Tem razão, me perdoe. Posso oferecer uma volta pelo parque? Prometo não lhe deixar perdida mais uma vez.
— Ah, é? E como posso saber que o senhor não vai me levar a um local abandonado? Ou me roubar!
— Matthew. Me chame de Matthew. — o garoto diz, se levantando novamente.  — E bem, considerando que a senhorita já está perdida... que diferença faria se perder um pouco mais?
Rose o encarou, desconfiada.
— Muito bem. — agarrou sua mão estendida e se pôs de pé. — Mas saiba que Maximus apesar de pequeno, sabe dar umas boas mordidas.
— Eu não duvido de um cachorro com esse nome. Deixe-me adivinhar, foi homenagem ao cavalo de corrida que ganhou dezenas de competições do seu tio avô?
— Quase. — Rose disse com um falso ar de irritação. — Era o nome do nosso antigo cachorro, um maior que o seu...?
—Oscar. — ele completou. — Homenagem ao meu autor favorito.
Rose sorriu.
— Muito bem... Rose. Posso te chamar assim? — a garota concordou com a cabeça. — De onde você é?
— Itália. Moro em Veneza.
— Que coincidência! Minha amiga Anna está fazendo um jantar hoje a noite, ela vai preparar uma espécie de macarrão com nome esquisito.
— É mesmo? — Perguntou com interesse. — Vocês moram juntos?
— Oh, não. Moro com meus pais, apesar de que divido um pequeno apartamento com meus três amigos Thomas, Christopher e James, meu parabatai.
— Seu o quê?
— Ah, sim, claro. — O garoto pareceu se lembrar de algo. — Você é mundana.
— Mundana? É uma gíria para estrangeiros?
Matthew gargalhou.
— Algo assim... na verdade, você e eu somos de espécies diferentes.
— Uh...?
— Veja bem, eu pareço um garoto normal para você, certo? Mas não sou exatamente o que você imagina. 
O loiro ergueu suas mangas compridas e tatuagens pretas preenchiam sua pele clara.
— Então você é um fanático por tatuagens? Não parece grande coisa para mim.
— Não são tatuagens. São runas. Eu sou um caçador de sombras, nós caçamos demônios. Apesar de que na semana passada eu e meu parabatai perseguimos um vampiro que estava mordendo damas inocentes e...
— Você disse demônios? E vampiros? — Rose agora estava parada, alguns passos atrás de Matthew, o queixo caído.
— Sim, disse. E você, querida Rose, é uma mundana com a Visão. Você consegue enxergar o mundo oculto das sombras. — ele explica ao perceber a expressão de confusão no rosto da jovem. — Sei que é muito para absorver de uma só vez mas...
— Eu sabia! Eu não sou louca! Eu disse, disse a eles, mas nunca acreditaram. — a garota dava pequenos pulinhos de alegria. — Sabia que não estava delirando, tinha certeza.
— Bem, acredito que deve ter sido bem... estranho crescer sendo a única capaz de enxergar esses monstros. Mas te garanto que somos todos reais. — ele dá um tapinha no próprio peito. — Carne e osso.
— Minha nossa, eu tenho tantas perguntas! Vocês... digo, caçadores, como se vestem? Uma vez vi um homem sinistro com garras afiadas, o que ele era? E se demônios existem, os anjos também são reais?
— Mulher, pelo Anjo! Se acalme. Veja bem, entendo que haja muitas perguntas mas posso responder tudo depois, se aceitar se juntar a mim e a Anna hoje a noite.
— Ah... ah, eu adoraria. Mas não posso. — seu sorriso murchara. — Na verdade, eu nem deveria estar vagando sem rumo assim, preciso reencontrar minha família.
— Bem, eles não apareceram até agora, não é? E que tipo de pais não percebem o sumiço da filha? — Matthew continua, se abaixando para tirar uma pedra que Oscar mordia de sua boca. — O que são mais algumas horinhas? E além disso, você pode mandar um recado. Onde estão hospedados?
— Na casa de minha tia. Na verdade, é um hospedaria.
— Bem, passamos lá, deixamos o recado e vamos para o jantar! Simples.
— E você costuma convidar desconhecidas para jantar depois de cinco minutos de conversa?
— Pra ser sincero, sim. Você é a terceira dessa semana. — ele diz com um sorriso irônico. — Você é a primeira, sim. Mas só estou lhe convidando porque um, estou cansado de jantar sozinho com Anna sempre. e dois, você é muito, muito bonita. Achei que valesse a pena tentar.
Rose sentiu seu rosto esquentar pela primeira vez na vida. Não se considerava tímida e raramente se sentia envergonhada, mas algo sobre o rapaz alto de cabelos loiros perfeitamente alinhados a deixava confusa.
— Então, vai me acompanhar? — Matthew a encarava com expectativa, um sorriso ingênuo no rosto como se não tivesse percebido o efeito que causara na jovem.
Após alguns segundos de hesitação, finalmente, ela respondeu.
— Será um prazer me juntar a vocês.

tsc one shots 🍒Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang