— Não me importo, não gosto dele.

— Você já deixou isso bem claro, principalmente pra ele.

— Ótimo, assim ele não vai no meu apartamento — Amélia revirou os olhos com a mão estendida.

Eram amigas a pouco mais de seis anos, se conheceram quando Addison voltou de uma viagem que havia feito para Londres para ganhar o prédio de melhor arquiteta do ano, logo descobriu que além de novas amigas eram colegas de trabalho, depois disso a amizade apenas se fortaleceu.

Addison estendeu a pasta e logo tomou de novo fazendo Amália revirar os olhos novamente e finalmente pega-la.

— Nós vamos almoçar.

— Viu, é assim que uma amiga normal faz e você quem vai pagar.

— Por que? Você é mais rica.

— Porque eu quero que você pague — Sorriu satisfeita e Amélia lhe mostrou a língua.

— Demônia.

— Eu ouvi isso — Disse em voz alta enquanto sorria.

— Então meu trabalho ta feito — Amélia gritou de volta fazendo-a rir e voltar a mexer no notebook enquanto negava.

.§.

— Tudo bem ela vai estar na rádio às oito na sexta, vocês podem falar com ela assim que ela sair do ar às... Nove e quinze — A latina dizia enquanto analisava a agenda — Vocês tem até às nove e quarenta e cinco pra fazerem a entrevista, pois às dez horas ela tem um compromisso que não pode ser adiado — Disse anotando algumas coisas, o silêncio reinou na sala por um longo período de tempo — Não, eu sinto muito, apenas na coletiva de imprensa em três semanas, ela nem está perto de mim agora, está resolvendo algumas coisas sobre o site — Seus olhos seguiram para o relógio de pulso — Tudo será informado na coletiva e pelas redes sociais, tanto do site quanto no pessoal, agora eu preciso desligar, tenho milhares de coisas pra fazer ainda, passar bem, até mais — Dizia sorrindo como se a pessoa lhe visse, ao desligar o sorriso sumiu e o suspiro de alívio lhe percorreu o corpo.

— Como eles já sabem que eu cheguei em Seattle? — Perguntou adentrando a sala com uma taça de iogurte e granola nas mãos.

— Não faço ideia, mas já tão me dando uma baita dor de cabeça.

— Acho que preciso de férias — Jogou-se no sofá e cruzou as pernas levando uma grande quantidade do iogurte à boca.

— Você não é a única, eu mal dormi desde que pisamos em Seattle.

— Por que não aproveita esse silêncio? Temos muito tempo pra descansar, já que eu estou livre até sexta.

— Quando a gente menos esperar já é sexta e o verdadeiro caos vai começar daí, sexta você só vai ta livre pra dormir — Disse digitando no celular.

— Eu estava com medo que dissesse isso.

— Eu ainda tenho que confirmar com o maquiador e com o cabeleireiro, eles precisam ta aqui às sete em ponto na sexta, antes da rádio você tem uma pequena sessão de fotos e depois uma rápida entrevista, ainda temos que resolver sobre o seu loft, já começou a ver os currículos dos funcionários? Precisamos de uma assistente pessoal de confiança, eu fiquei de entrevistar algumas garotas na... — Estralou os dedos tentando lembrar.

— Quarta.

— Isso, na quarta pela manhã, provavelmente na sexta você já vai estar com uma assistente quando formos para a entrevista.

— Séria ótimo, já que a última não pode vir de Los Angeles com a gente, eu gostava dela, mesmo o nome sendo completamente difícil de pronunciar.

— Como era mesmo o nome dela? — Perguntou olhando-a brevemente enquanto caminhava para o outro lado da sala.

— Amberly.

— Esse mesmo — Disse atenta ao notebook.

— Você marcou minha massagem?

— Ela chega às duas da tarde.

— Ta, já ligou pra Cristina?

— Já.

— E?

— E nada, oras, não tem nada demais em ligar pra Cristina.

— Ainda estão brigadas? — Callie lhe lançou um olhar lhe fazendo entender a resposta — Não foi nada demais, Callie.

— Nada demais? — Perguntou abismada finalmente lhe dando a devida atenção — Ela sabe que eu odeio aquela mulher e ela tava com quem? Exatamente, com aquela mulher.

— Elas não estavam juntas, foi por acaso.

— Claro, por acaso.

— Eu tava lá, eu vi tudo o que aconteceu e eu não tenho o porque mentir pra você, sabe disso, além de você ser minha amiga, você pode destruir minha carreira.

— Cristina também é sua amiga, Meredith.

— Amiga, mas a minha assessora é você e eu prezo minha imagem — Callie revirou os olhos rindo — Acho que deveriam fazer as pazes, vocês se amam, vão casar, nada que não se possa ser resolvido com conversa e sexo — Callie gargalhou.

— E você? Quando vai namorar, casar e ter o final feliz?

— Eu posso escolher a mulher dos meus sonhos?

— Ai depende, você vai me falar as mesmas características de antes?

— Sem tirar e nem pôr.

— Não acho que ela exista então.

— É, eu também não acho — Disse encarando a grande cidade através da janela enquanto Callie voltava a atenção ao notebook.

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