‡ [espectral]

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Bad badbye, no goodbye

Bad badbye, no goodbye

Bad badbye, don't say goodbye

Bad badbye, cuz it's a lie

Bad badbye kill



† 


~ Não há maior vulnerabilidade do que a incerteza da morte ~ 



Há uma única certeza no mundo: a morte.

Certeza essa que é compartilhada igualmente entre a humanidade.

Mas Kim Namjoon não é humano.

Nunca foi, provavelmente nunca será.

Sua existência, medida em Éons, está repleta de incertezas, entre elas a da morte. Este acontecimento natural e controverso, carregado de misticismo e inclusive evitado, sem sucesso, por alguns. Em algumas culturas ele é a própria personificação dela. Na sua consciência ele é apenas um agente intermediário. Um que está cansado. Um que está repleto de falhas. Alguém que não é nem vítima e nem vilão, que está muito além da salvação.

Os seres imortais, como ele, são vistos como divinos. Namjoon nasceu na forja do fogo celestial, pelas mãos de Deus, mas não se vê como alguém perfeito. Talvez essa seja sua maior contradição. Acreditar na perfeição do divino, ser uma criatura divina e não se enxergar assim.

Parado diante das águas calmas do rio Han, o vento revolto, um contraste natural, agita seus cabelos castanhos e seu sobretudo, a gola de camurça negra chocando-se contra sua nuca. O tempo é frio, o céu nublado que, unido aos arranha-céus da cidade, dão tons desbotados de branco e cinza ao ambiente. As mãos estão dentro do bolso do casaco e seu semblante neutro está encarando o nada, absorto em pensamentos enquanto espera.

— Olá, hyung. — ouviu a voz lírica de sua eterna maldição atrás de si.

Namjoon não se vira, agora olhando para o rio em curso, firme e imbatível, embora lento. O garoto, e é estranho considerá-lo um garoto, mas a criatura faz questão de parecer desse jeito, se aproxima mais, parando ao seu lado.

Agora não é apenas o vento agitado que contrasta com o rio. Os dois seres ali, criados e ordenados por mãos inimigas, são completos opostos. Namjoon decide encará-lo, o garoto está usando um terno branco, uma blusa gola de tartaruga da mesma cor, os cabelos num tom arenoso, curto, que parecem combinar com o tom levemente dourado de sua pele. Uma charmosa cicatriz em sua bochecha é a única falha aparente da criatura perfeita que ele é. O garoto também é um ser divino, só não como Namjoon.

— Olá, Jungkook.

O mais novo sorri e lhe dá um esbarrão com o ombro, escrutinando o ambiente até achar o local exato onde está a próxima alma que os aguarda.

Respirando fundo, porque agora as duas partes necessárias estão ali para fazer a coleta, ambos se aproximam do corpo, inchado e com tons azulados, ainda encharcado pelo tempo que ficou submerso nas águas geladas do rio.

— Será se foi suicídio? — indaga Jungkook, chutando de leve no braço com o seu sapato social.

O chute é descontraído, sem qualquer intenção, não era como se fosse arrancar alguma reação do corpo. A alma estava ali, meio metro acima dele, apenas esperando ser coletada.

Badbye | namkook Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin