Talvez ele quisesse que ele ficasse mais apresentável para as outras pessoas. E passou aquela pomada geladinha, que aliviou a dor em sua virilha, para as pessoas não terem nojo.

Foi cortado de seus pensamentos, quando varias pessoas entraram no quarto, e isso apenas fez ainda mais lágrimas silenciosas escorrerem de seus olhos até o seu queixo.

Uma mulher alta, e fortinha, que tinha alguns fios brancos na raiz de seus cabelos negros, que estavam penteados perfeitamente para trás, onde os fios se encontravam perto da nuca em um coque redondo, chegou perto de Louis, que estava ainda deitado em cima da toalha branca, do jeito que Harry o deixou depois de o colocar em uma fralda e roupa.

A mulher que parecia ter uns trinta e sete anos, chegou ainda mais perto dele. Sua expressão era fechada, mas não assustadora como a do "homem de cachinhus".

A mulher pegou Louis no colo, e o baixinho já estava imaginando o pior, então fechou os olhos com força, enquanto ainda descia lágrimas pelas suas bochechas. Mas mesmo ele estando de olhos fechados, ele estava ciente que havia muita gente naquele quarto agora.

Louis se permitiu dar uma espiada enquanto era carregado pela mulher. Eles estava em um corredor, e ele era enorme, seus olhinhos doíam de tão brancos que suas paredes eram. O chão era em uma madeira escura, e no teto alto podiam-se ver alguns lustres grandes e exagerados pendurados. E isso foi apenas o que ele conseguiu ver, com os olhinhos azuis embaçados de lágrimas, e o pouco tempo que ficou ali no corredor.

Logo ele estava sendo colocado em uma nova cama, em um outro quarto.

A mulher o colocou sentado na grande cama de casal, e segurou seu rostinho, limpando as lágrimas que caiam ali com os dois polegares curtos, dando um pequeno sorriso carinhoso ao garoto assustado antes de sair do cômodo. Deixando Louis mais uma vez sozinho.

Quando ele ouviu o clique na porta sendo trancada, ele se permitiu olhar em volta.

Apesar desse quarto ser menor do que o outro, ainda sim era grande. As quatro paredes eram de um branco impecável, os móveis eram de uma madeira clara, deixando o quarto um tanto delicado.

Havia duas portas brancas em uma parede, com o único detalhe de cor diferente sendo o trinco dourado. Ao contrário do outro quarto, os lençóis da cama, eram branco, sem nenhum tipo de amassado, exceto por onde Louis estava sentado. E em todo lugar do quarto, podiam-se ver, o lustre médio e dourado que estava pendurado no teto, fazendo par com as maçanetas das portas.

Em outra parede, havia uma janela aberta retangular bastante grande, uma cortina branca a escondia um pouco, mas ele pôde ver que nelas haviam grades.

O pequeno estava triste, isso não era segredo para ninguém. Ele odiava ficar em dúvida o tempo todo do que aconteceria com ele. Ele iria apanhar agora? Eles o levariam para pessoas estranhas olharem seu corpo? O que eles fariam agora?

Ele realmente não conseguia entender o que ele fez de tão errado para essas coisas acontecerem em sua vida.

Uma vez ele viu escondido na tv de seu pai, alguns minutos de um filme de princesa, e as coisas não eram ruins para elas, ele não entendia porquê para ele tinha que ser ruim assim.

E ao se lembrar do filme de princesa, ele também lembrou da sua princesa.

Seus olhinhos transbordaram em lágrimas ao se lembrar de sua boneca de pelúcia. A boneca que sua mãe havia lhe dado com muito esforço. Mas ela havia ficado em outra casa, e ele não via ela a anos, mas sentia falta dela todos os dias quando ia dormir.

E mais uma vez a porta foi destrancada, e por ela uma mulher bastante nova, com os mesmos trages e penteado da mulher que havia o levado até o quarto que estava agora usava, entrou.

Ela ficou em frente a cama, olhando para o garoto choroso, até parecer se lembrar de algo e falar.

-Senhor Styles mandou fazer o jantar de seu gosto, e eu vim lhe perguntar o que o senhor irá querer. |Disse tudo olhando para baixo, como se estivesse envergonhada.

Louis achou estranho ser chamado de "senhor". E quem era "Senhor Styles"? O homem de cachinhos bonitos? E porquê ele tinha que escolher o jantar? Ele realmente não estava entendendo nada.

Enxugou seu rosto com as mangas grandes da blusa que usava, e fungou antes de falar.

-E-e. Eu não sei. |Ele realmente não sabia, o que ele deveria falar?

-É só dizer uma comida que nós faremos. |Disse a jovem. -Como... Macarrão, lasanha, alguma salada, frutos do mar... Ou qualquer outra coisa que o senhor desejar. |Disse parecendo ainda mais nervosa.

-P-pode ser... Macalão. |Disse a primeira coisa que a mulher disse.

-Macarrão com queijo, molho branco, puro... Como vai ser? |Falou rápido.

-Com quejo...? |Disse meio que em uma pergunta.

Não sabiam quem estava mais envergonhado naquele quarto, Louis, ou a jovem empregada.

-O que vai querer para beber? Água, suco natural, leite...?

Louis se animou quando ouviu que podia beber leite.

-Leite! |Respondeu de pressa e decidido, logo abaixando o seu rostinho e começando a brincar com seus dedinhos, tímido, com as bochechas vermelhinhas.

-Ok! Com licença!

Tomlinson ficou o tempo todo deitado em baixo das cobertas, olhando pela janela que estava com apenas a parte transparente fechada. Assim podendo ver o céu escuro, e algumas luzes vindo de fora.

A mesma empregada de antes, havia lhe levado o seu "macalão", e estava realmente bom. Ele comeu rapidamente, porquê estava muito ansioso para tomar seu leite antes de dormir. Mas como aquele prato de macarrão era muito grande para ele, e ele se satisfazia rápido, já que não estava acostumado a comer muito, acabou ainda mais rápido.

A bandeja que ele estava comendo, estava toda suja de macarrão, assim como o seu rosto, e mãos. E sua roupa não estaria diferente se ele não tivesse colocado o grande pano de prato por cima dela enquanto comia.

Limpou suas mãozinhas no pano de prato menor que estava ali. Com muita calma e cuidado, pegou a bandeja e a colocou em cima do criado mudo, como a jovem empregada disso para ele fazer quando acabasse. Pegou o pano de prato que estava em cima da sua roupa, e o enrolou com a parte suja para dentro, para não fazer mais bagunça. E o colocou em cima da bandeja no criado mudo.

E a hora que ele tinha mais esperado havia chegado: A hora de tomar seu leite.

Ele pegou o copo comprido de vidro com cuidado. Suas duas mãozinhas em volta do copo com o líquido branco. Levou até sua boca, fechando os olhos em satisfação. Não estava quentinho como ele queria que estivesse, mas ele podia facilmente se contentar com aquilo.

Bebeu rapidamente, inclinando a cabeça para trás ao que chegava no final do líquido, fazendo algumas gotas brancas descerem pelo seu queixo. O deixando adorável, e um tanto... Erótico...? Para alguns.



Continua...


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Harry é idiota, vcs não podem negar, mas depois eu deixo vcs passarem pano pra ele.

E tbm, quero q vcs comecem a prestar atenção nos detalhes, pode ser útil no futuro.

Se você não leu ainda o 'aviso' que deixei no meu perfil, eu agradeceria de coração se fosse ler <3

「Always my little baby」٠ versão larry stylinsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora