Capítulo Dezesseis

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Arya já estava sem forças pra se manter em pé, sua barriga roncava de fome, sua cabeça escoria sangue, suas roupas estavam todas rasgadas, ela não se lembrava como estava naquele estado de decadência, a cada passo seu rosto ia de encontro ao chão, o que a deixava com hematomas por todo o corpo.
  Ela já estava desistindo de sua fútil vida, essa vida a qual ela não lembrava a nenhum momento, ela se sentou na raiz de uma árvore, suas vistas  embaraçadas, A essa altura Arya não sabia o que fazer, sua mão estava gelada e sua respiração falhada, uma fumaça, será uma casa?....sua visão turva, seu corpo em desistência, talvez fosse o fim, o fim de algo que nem ela sabia ter começado, com um último esforço ela tentou se arrastar, ao chegar aquela escada, seus olhos fecharam, será assim o fim? Morrer sem se lembrar de ter feito algo para o mundo? Quem realmente somos?  Pra onde vamos?.....

   A porta da casa e aberta, um ser de orelhinhas pontudas, olhos azuis tão claros quanto o céu em um dia limpo de verão, cabelos em um tom de cinza, quase brancos, se aproximou lentamente daquela figura jogada ao chão, o estado da jovem moça era deplorável, seus cabelos ruivos estavam cheios de sangue, ele parou, era proibido a entrada de humanos ali, o que ele faria agora? Deixaria a garota morrer ali? Não, isso ele nunca faria? Os cabelos ruivos começaram a brilhar, um vermelho vívido, Naquele momento ele soube, não era uma humana qualquer.
  Ele a pegou no colo, sem dificuldades alguma, a carregou por um bom tempo, passando por um enorme portão, ele torcia pra que fosse seu horário de vigiar, e por sorte era, ele entrou o portão que era cercado por um tipo de parede rosa transparente, ela a levou pra dentro de outra casa, a deitou sobre a enorme cama, deixando ali deitada, após um tempo retornou.

  Eu não vou conseguir, sabe não vou conseguir da banho nela....ela é uma mulher....Ah Você me entende Mertyle. – Uma risada fofa se foi ouvida no quarto.

Como ela é....linda. – Mertyle sorriu, se sentando ao lado da garota na cama. – Preciso de panos é uma bacia com água. – O  ser de orelhas pontudas levou a mão a testa da garota. – Como ela conseguir passar pela barreira? O que você passou antes de chegar aqui?... – Um suspiro alto, após ela pegou um pano, mergulhou na água e levou a testa da garota limpando com cuidado.

Ah... barreira...ela estava na porta da casa de caça, eu não podia a deixar lá morrendo. – Ele engoliu em seco. – E outra ela não é humana, os cabelos dela brilharam, humanos não fazem isso. – Ele observava o cuidado que o outro ser tinha com a garota, até começar a descer a blusa do ombro quer continha um machucado, pequeno, enquanto limpava uma marca foi revelada. – Ela é...

Sim, e ela mesmo, agora, eu vou banha-la, arrume roupas novas e comida...Rápido vá, traga a senhora Rosyla, preciso da sopa dela ...Corra Burty – Burty apressou-se a fazer o que Mertyle pediu, alguns minutos depois Arya ia estava limpa, enrolada em um pano, a febre da garota só subia, assim que a senhora Rosyla olhou a garota começou imediatamente a fazer a sopa milagrosa de cogumelos azuis, enquanto Mertyle vestia a garota apropriadamente.

Eu tenho que ir, mas tarde estarei aqui. - Disse  Burty, ele deveria continuar a vigiar a enorme barreira. – Senhora Rosyla, poderia ficar com ela até eu voltar? Se ela acordar me chame.

Claro, vá rapaz, ela está nas mãos de Mertyle com toda certeza, ficará bem logo. -Disse a mulher dos olhos pequenos, porém se podia enxergar a cor também azul instalado ali, ela carregou uma pequena tigela. – Toma, tomara que surja efeito.

Tomara mesmo. – A garota colocou a sopa na boca de Arya, dando colher por colher. – Agora é só esperar... -Suspirou baixo, enquanto se levantava da cama.

[...]

Como lhe prometi hoje vou falar do que descobrimos, um tal homem chamado Breu subiu ao trono, parece que a rainha matou o rei Arthur, estranho não?.  -Sorriu Burty, mas seu sorriso acompanhou um longo suspiro. – Garota acorde por favor....

[...]

  Sabe, Mertyle falou que finalmente você vai conseguir acordar, eu não espero pra saber quais aventura você passou antes de chegar aqui, deve ter sido uma incrível por chegar do jeito que chegou, eu só...não só eu, alguns amigos querem te conhecer. – Riu Burty, que logo se levantou, a deixando deitada, ele parou a encarando, o que ela estaria sonhando  à esse momento.

[...]

Já se passou dois meses que ela está dormindo. – Mertyle dizia triste. – É melhor aceita Burty.

Ela vai acordar calma Mertyle, ela vai acordar, mais um mês. – A voz estranha entrava a cabeça de Arya, quem séria aquela voz.

Ela não vai!! Acorda Burty. – A garota gritou, estava irritada.

Olá....- Uma voz nova e escutada, puxando a atenção dos dois seres discutidos. – Aonde estou...e quem...- A garota desmaia novamente, após minutos, ou horas ela abre os olhos, agora havia somente um garoto? Aquilo não parecia uma garoto.

Ah, você acordou, está com fome?. – Arya concorda com a cabeça. – Consegue se sentar?

Acho que não. -Respondeu a garota.

Hum... Eu te ajudo calma. – Burty ajuda Arya a se sentar; e só então percebe uma coisa. – Que distraído, me chamo Burty e você?

Eu me chamo....eu não lembro...Acho que me chamo Melissa. -Arya encarou o garoto de orelhas pontudas. – Você não e humano e?

Não, não sou, eu  sou um elfo, prazer em conhece-la Melissa. – Respondeu  sorrindo. – Sabe me dizer como chegou aqui? É como adquiriu esses machucados?...
Não me lembro de nada...- Arya suspirou, ainda estava cansada, seu corpo necessitava de forças, a fome que ela sentia era horrível.

Tudo bem, deve ser pela pancada, Mertyle disse que isso poderia ocorrer, você está com fome certo? . – Sorriu o elfo, que saiu do quarto, logo chegando com um prato para Arya. – Melissa coma tudo, depois vou te levar pra conhecer a Vila elforiana . 

Arya - A força da Natureza.Where stories live. Discover now