Alex achava que sua vida era praticamente perfeita. Mesmo com os pais ainda não aceitando a sua orientação sexual, ele tem um namorado legal que o ama (ou pelo menos, acha que ama) e amigos ótimos.
Mas ao ver duas pessoas em que ele confiava ple...
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Meus olhos estavam se fechando automaticamente, o sono já estava tentando me reivindicar quando... O som de uma porta sendo aberta faz eu abri-los novamente para ver o que fez o som (mesmo já sabendo quem foi). Philip sai do banheiro todo molhado, com apenas uma toalha branca enrolada na cintura, o cabelo preto e curto (estilo militar) está grudado na testa; o seu peitoral molhado está meio que brilhando sob a luz artificial, como seu olhos verdes...
- Alexander, você está dormindo??- pergunta enquanto caminha até ficar do lado da cama.
- hum... Não, e meu nome é Alex.- digo tranquilamente. Acho que a calma que emana dele é contagiosa, porque depois de falar uma vez que meu nome é "alex" e alguém me chamar de "Alexander" eu falaria assim: EU JÁ DISSE QUE MEU NOME É ALEX SEU BURRO!!
- ah. Não durma agora, ainda precisa comer alguma coisa.- explica com um sorriso no rosto, mostrando os dentes brancos. Então ele caminha até o guarda-roupas e escolhe umas roupas, antes de voltar para o banheiro para vestir-se. Dois minutos depois, ele volta vestindo uma calça de moleton cinza, que é colada nas pernas e mostra que ele tem uma grande mala... Além de uma camisa verde com listras pretas.
- vamos? A minha irmã fez comida antes de ir embora.- Philip caminha até mim e me pega no colo antes mesmo de eu dizer que sim ou não (a resposta seria sim mesmo, ou melhor, um okay). Seus braços ainda húmidos me seguram contra o seu peito duro enquanto ele marcha para fora do quarto.
- e o chumbinho??- exclamo, sentindo o cheiro do seu perfume masculino entrar nas minhas narinas. Ele solta uma daquelas suas risadas histéricas antes de responder, ainda com um sorriso de orelha à orelha.
- naah. A gente briga muito e falamos um com o outro daquela forma, mas eu amo muito a minha irmã, e aposto que ela me ama muito também, sempre fomos muito unidos desde criança.- explica, descendo as escadas com cuidado, sem desgrudar os olhos dos degraus à frente.
- aposto que é ótimo ter com quem compartilhae tudo, conversar e brincar desde criança. A pessoa mais perto de um irmão para mim foi quem...- paro de falar, não querendo destruir à noite tranquila que estou tendo com todo esse lance de traição. "A pessoa mais perto de um irmão para mim foi a mesma pessoa que, de dentro de um guarda-roupas vi gemendo enquanto meu EX-namorado estocava sem parar nele", foi bom não ter completado a frase, até porque só de pensar nisso faz meu estômago embrulhar.
- sim, é bom ter um irmão, mesmo que a gente brigue um pouco de vez em quando.- sua voz ecoa pela sala quando terminamos de descer as escadas. Ele vai até onde a cadeira de rodas está e me coloca com cuidado sobre ela, então me empurra na direção da cozinha.
- espera.- digo olhando por cima dos ombros, quase enterrando o nariz na sua camisa, ele para de me empurrar antes de falar:
