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Por volta das oito da manhã, visto a minha capa de chuva e coloco às galochas. O dia está um pouco nublado e chuvoso, mas não vai me impedir de sair da casa. Vou para a sala de estar onde Flora e Milles estão sentados.

- Vou sair! - aviso.

- Quer que eu vá com você? - Milles pergunta já se levantando.

- Não precisa. Você tem que ficar com a Flora, não vou demorar.

Antes que ele fale mais alguma coisa, vou para o corredor dos fundos e saio pela porta dos funcionários. Uma mariposa pousa no capuz da capa. Eu a pego pela a asa e a devolvo ao vento. A neblina aumentava a cada passo que eu dava para a colina e eu não estava gostando nada daquilo.

- Oi. - me viro e vejo Thomas. O corpo estava encostado em uma carroça e em suas mãos seguravam uma pá. Quando eu passei por ali, ele não estava.

- Eu... não gosto de ser seguida - engulo em seco e dou às costas.

- Eu não estava te seguindo. - ele fala e sinto ele me seguindo. - Gosta de ser babá? Tão nova assim? - não respondo. - Eu tenho dezessete anos. Trabalho para ajudar a minha familia...

- Não querendo ser grossa com você, mas, sinceramente eu não quero conversar e muito menos ser a sua amiga. - Saio andando mais rápido. As mãos dentro dos bolsos fundos da capa. Não olho mais para trás, mas tenho certeza que ele parou de me seguir.

[...]

Passadas exatas duas colinas bem altas, avisto uma casa de dois andares. Toda pintada de cinza, com fachadas brancas e um jardim de rosas combinando. A chámine está soltando fumaça, o que significa que tem alguém cozinhando. Bato primeiro na porta do terréo.

- Olá! Você deve ser (S/N). - uma mulher gorda e ruiva abre a porta. Estava embrulhada em vários casacos e suéters. Usava no rosto ocúlos grossos que deixavam seus olhos intensos. - Entre garota. Essa neblina está impossivel.

- Bom dia Sra. Mark. - eu sorrio e entro.

- Olha Miranda! (S/N) está aqui! - ela entra e puxa a cortina para uma pequena sala. O ar cheira a tabaco e essência de lavanda. Tem gatos por todos os lados e fotos antigas de mulheres de circo.

- Quem? - Uma mulher alta e loira aparece da porta da cozinha.

- Bom dia Sra. Mark. - Me sento no sofá e vários gatos se sentam ao meu redor.

- Ah é você (S/N)! - ela se aproxima - Quer chá?

- Não...Estou bem, obrigada. - digo e ela se senta.

- Está gostando do emprego?

- Miranda! - A ruiva a repreende - Ela só está a dois dias no emprego!

- Eu sei, Martha! - ela coloca os óculos e olha para mim - Você vai gostar. Até um certo tempo...

- Como assim? - me sento corretamente e franzo às sombrancelhas para ela.

- Você vai entender! - Martha disse.

Em um pulo me levanto do sofá.

- Eu preciso ir!

- Mas acabou de chegar!

- Preciso explorar ainda. - digo.

- Que ótimo, (S/N). - Miranda diz - Com certeza vai achar o que procura.

- Ela é uma exploradora Miranda! - Diz Martha dando um tapa no joelho da irmã.

- Sim. Eu sou uma exploradora. - Abro a porta indo para o lado de fora.

[...]

Subo às escadas da casa e vejo que tem embalagens no último degrau. Eu não precisei encostar o rosto, já sentia o cheiro de longe. Cheiro de queijo velho. Peguei as encomendas e bati na porta.

A porta foi aberta mas não havia alguém lá. Em meio à escuridão aperto os olhos para olhar.

- É muito feio espiar! - uma voz rouca fala atrás de mim. Me viro e vejo um senhor alto. Alto não seria a palavra certa. Gigante. Sim, muito gigante.
A testa dele estava suada. Usava regata e short. Deveria estar malhando.

- Eu não estava espiando. Abriu sozinha. - digo.

- Você deve ser (S/N) - ele disse pegando os pacotes das minhas mãos. - São os melhores queijos.

- Acho que sim.

A cada minuto ficava difícil de enxergar em meio à neblina.

- Os ratos não gostam de neblina - disse ele - faz com que os bigodes se curvem.

- Eu também não gosto muito da neblina. - admiti.

Ele então se aproximou um pouco mais de mim. Depois olhou ao redor como se certificasse que não haveria ninguém ouvindo.

- Os ratos têm uma mensagem para você. - ele sussurou.

- A mensagem é a seguinte: Não passe por aquela por porta - ele fez uma pausa - sabe do que eles estão falando?

- Não. - engoli em seco.

- Talvez estejam ficando malucos! - ele disse já entrando na casa - Tenha um bom dia.

Depois de ficar alguns minutos observando a vista. Decido voltar pra casa.

Está começando a ficar mais estranho.





________

Capitulo não revisado.
Desculpe se teve algum erro.
Tem algumas pessoas que não estão entendendo... mas, sim. É uma adptação de "Coraline".

Gostaram? Eu não gostei kk.

Até o próximo capitulo.

Aaa,me lembrei. Querem um imagine do Boris?

Kiss.





SCARY LOVE - MILLES FAIRCHILD.Where stories live. Discover now