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Chapter Twenty Two: A Human Being Made of Mistakes

– Olha... Eu vou enviar os que sobraram, mas não me procure mais, eu já avisei! Se você fizer isso de novo nós vamos usar a tática de quando você era criança, me desobedeça e eu tiro as coisas que você gosta de você. – Desmond disse sério, e Harry suspirou um pouco aliviado ao saber que ainda tinham alguns, não deixando de ficar furioso ao entender o que seu pai quis dizer. 

– Então você está me castigando pelo apartamento? Por que você faz isso? São os quadros da minha mãe, você sabe que são importantes para mim! – Harry disse decepcionado, mesmo que aquele sentimento sempre lhe acompanhava em conversas com seu pai. 

– Quando você era criança e bagunçava, nada resolvia. Eu e Chloe sempre brigávamos com você, mas você sempre continuava com a sua teimosia e petulância, até o dia em que eu tirei todos os seus brinquedos e você veio correndo me pedir desculpas enquanto chorava, você só aprende assim. – Desmond relembrou ao filho, e Harry ficou ainda mais estressado com aquele exemplo. 

– Não são brinquedos, são os quadros dela! Eu não sou mais criança! Tem um significado sentimental diferente! – Harry explicou, apertando os olhos quando lágrimas caíram de seu rosto, sentando-se no chão da cozinha com as costas na parede. 

– Você não é mais criança, mas age como uma, enquanto você agir desse jeito, você só tem a perder, e não sou eu que vou tirar as coisas de você, a sua própria vida vai se certificar disso. – Desmond disse, e Harry mordeu os lábios entristecido, porque ele sabia que era verdade. 

– Quando vocês vão se mudar? Não conseguimos conversar direito naquele dia. Eu pensei em uma segunda chance, eu posso tentar melhorar, eu não sei o quê fazer quando sair daqui e se o senhor me ajudar eu posso tentar ajudar na empresa e... – Harry sugeriu um pouco desesperado, ele havia estragado tudo quando decidiu fazer publicidade, seu pai já não gostava de suas atitudes e aquela havia sido pior, principalmente ao não escolher a faculdade que o pai desejava. 

– Harry, eu preciso desligar. Não me ligue mais. – Desmond disse, e Harry pode ouvir a ligação ser finalizada, tirando o celular do ouvido, dando apenas um pequeno sorriso quando o gatinho se aproximou por notar que ele estava sentado no chão, esfregando a cabeça no braço do alfa em um pedido de carinho.

Harry continuou sentado daquele jeito e se permitiu chorar um pouco, estava triste em saber que seu pai fazia tão pouco caso sobre os quadros. Tudo bem que eram coisas matérias, mas tinham um valor sentimental para o alfa, uma das poucas lembranças que ele poderia ter de sua mãe. Era ruim ter uma cobrança por algo, mas as pessoas sempre pareciam gostar de demonstrações, mas Harry não sabia como lidar com aquele sentimento, ele nunca foi cuidado ou amado, e não poderia retribuir algo que nunca teve.

Louis chegou ao apartamento perto das cinco horas da tarde, havia sido bom estudar no campus, e os dois realmente apenas estudaram, não tinham mais assuntos e Luke também não puxava, e Tomlinson ficou contente por ter terminado seu trabalho mesmo que ainda faltassem algumas semanas, ele gostava de se sentir livre e com os trabalhos feitos, eram poucas coisas para se preocupar. Mas o ômega franziu o cenho surpreso ao encontrar o alfa sentado no chão da cozinha. 

– Você precisava implicar tanto com o Luke? – Louis perguntou para o alfa, não estava lhe dando uma bronca, apenas desejava realmente saber. 

– Não quero falar sobre o quê aconteceu hoje de tarde. – Harry respondeu simples, e Louis entortou os lábios. 

– Agora você não quer, não é? – Louis revirou os olhos, e o alfa o encarou, dando um suspiro derrotado. 

– Você quer um pedido de desculpas? Ta bom, me desculpe. Eu às vezes não percebo quando estou sendo desnecessário, eu tenho essa mania e agora reconheço que não deveria ter levado tão a sério, quando você trazer ele aqui de novo só me avise antes. – Harry disse, não encarando os olhos do ômega no processo, colocando a atenção no gato que brincava. – E me desculpe se eu atrapalhei algo entre vocês hoje, e naquele dia da lanchonete, eu deixei a minha implicância com você ir longe demais. E no dia da festa fantasia quando nos beijamos pela primeira vez... Você estava com ele, mas eu também atrapalhei.