— O que minha avó estava fazendo? — Maia sorriu com um olhar curioso.
— Ah ela estava de paquera com um rapaz na época.
— Quem?
— Não me lembro bem de seu nome, se não me falha memória seu nome era Tom.
— Tom? — A corvina sequer reparou a semelhança entre os nomes, mas isso não duraria por muito tempo.
— Sim, graças a ele nós brigamos várias e várias vezes.
— Por que? Achei que meu avô tinha sido seu primeiro namorado.
— Tom era um ótimo aluno, mas também um egocêntrico, manipulador — respirou fundo. — A vida é um mar de confusões, querida, e às vezes nos afogamos.
Maia o encarou sem entender muito bem o que Neil queria dizer com aquela frase, por um segundo até pensou em parar de fazer perguntas. Mas sua curiosidade não a deixaria ficar quieta sem descobrir mais coisas sobre esse "primeiro amor" de sua falecida avó.
— E que fim teve esse Tom?
— Não sei te dizer, ele sumiu logo que terminamos a escola.
A viagem seguiu em silêncio, Maia encarava a cidade em sua volta, haviam luzes de natal brilhando para todos os lados, o chão estava coberto por uma camada fina de neve o que deixava tudo ainda mais bonito e acolhedor.
Após uma hora de viagem, os bruxos chegaram a uma casa modesta, nada muito atraente mas não tão simples como deveria ser. Assim como a cidade, a casa também estava enfeitada, algumas decorações dentro da casa se moviam fazendo tudo ser mais divertido.
— Isso é incrível — sorriu, olhando os flocos de neve caindo sob a árvore.
— É um ano especial, querida.
— Acredite, eu pedi para ele não exagerar — Nolah riu fraco.
— Nolah, mostre a Maia onde ela ficará! Preciso resolver alguns assuntos, mas volto para o jantar. Tudo bem?
— Sim, vovô. — O homem sorriu e desapareceu no meio de um longo corredor estreito — Vamos?
— Claro. — Abaixou-se para pegar sua mala, mas logo o rapaz a interrompeu.
— Pode deixar, eu levo.
— Não está tão pesada, eu posso carregar.
— Eu sei, mas antes de magia, ensinam bons modos em Beauxbatons — sorriu tímido. — Não se preocupe com isso, estou mais acostumado do que pensa. Vamos subir.
A garota sorriu e apenas obedeceu, nunca havia estado na casa do senhor Lament durante todos as festas, era ele quem ia para Londres visitar sua família. A decoração era impecável, mesmo com as cores escuras a iluminação não deixava o ambiente sombrio.
— Bom, aqui será o seu quarto durante essa semana. — O rapaz abriu a porta revelando um belo dormitório — Ficamos em dúvida com a decoração, por isso a cor cinza.
— Eu adorei — sorriu, olhando em volta.
— Que bom! Na porta à esquerda é seu banheiro e a outra é um pequeno closet, nada demais. Alguma pergunta?
— Quantas vezes você ensaiou essa recepção?
— Como? — A encarou confuso.
— Estou brincando, mas não me lembro de você ser tão sério assim Nolah.
— Éramos crianças, mas posso ser divertido.
— Pode me mostrar o bairro, o que acha?
— Não está cansada da viagem?
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...
Capítulo 25
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