Classics (Larry Stylinson AU)

six

Todos costumam fazer metas para realizar num novo ano e também desejos. Não Harry.

O menino passou a acreditar em destino, que ele costuma a agir das piores formas nos piores momentos para depois criar uma consequência boa e te alertar com pensamentos do tipo "o destino nunca agirá em vão".

O fato de seus pais terem morrido e seu tio também, deixando-o sozinho, foi uma boa coisa - em partes. Ele passou a ser mais responsável e menos depressivo. Passou a crer que a morte não vem por acaso e que, se ela aconteceu, foi necessário. Passou também a cuidar mais de si mesmo e a aproveitar cada segundo de sua vida das melhores formas - ao seu ver, é claro.

A maior parte das respostas para "como você aproveita sua vida da melhor forma?" é beber loucamente todos os dias, se drogar e ficar com diversas pessoas numa noite só. Não para Harry.

Harry gosta de observar o pôr-do-Sol na praia enquanto várias lembranças vagam por sua mente e um sorriso toma conta de seu rosto; gosta também de rir com seus amigos numa praça qualquer; e de acampar. Todas essas pequenas e simples coisas fazem-no feliz. Diferente de muitas pessoas, que precisam de muito para se acharem feliz.

A felicidade se encontra no gesto mais bondoso que você já viu. A felicidade se encontra num simples sorriso e num simples "bom dia" direcionado a você. A felicidade se encontra no seu coração, enquanto o mesmo encaminha sua mente para um lugar com mais prosperidade e paz, um lugar apenas seu.

Harry amava se sentir feliz por tudo isso.

Já Louis nunca parou para pensar na felicidade de alguma forma. Ele acha que acontece e não se percebe.

Para ele, a felicidade é como uma nuvem no céu, que com um simples soprar do vento, some, voa para longe.

Ele era uma das pessoas que faziam metas e desejos para realizarem no próximo ano. As metas sendo sempre realizadas, já que o menino é super organizado, e os desejos... bem, havia apenas um que ele sempre repetia todos os anos.

Ele só desejava ser um pouco feliz pelo menos por um ano.

✿

Louis estava definitivamente mofando em sua casa. O menino não era de comemorar a virada de ano, apenas observava os fogos e logo depois ia dormir - ou tentar. Ele achava que era por esse motivo que seu desejo de ser feliz nunca se realizava.

No entanto, ele não sentia vontade alguma de fazer algo para "aquela data tão especial", como muitos diziam.

Ora, o que a entrada de um novo ano tem de especial? Será a mesma coisa para ele. Uma coisa sem graça, desanimada e completamente infeliz. Grande merda.

Juntamente a um suspiro seu, o celular do menino vibrou na mesa, fazendo-o ficar confuso. Quem o mandaria uma mensagem sequer na véspera de ano novo? Nem as operadoras faziam isso.

Assim que ele abriu o ícone de mensagens, sorriu.

Harry, claro.

Hazz: hey, Lou, o que vai fazer nessa virada?

Loueh: eu nunca faço nada nas viradas, Harry

Hazz: oh, pois então vá na praça central, uh? em frente àquela sorveteria italiana

Loueh: pra quê?

Hazz: ai, Louis, só vai e não reclama ou pergunte, eu vou estar lá, xx

Ao invés de responder, Louis revirou os olhos e bloqueou o celular, pensando se deveria ou não ir até o lugar indicado.

Depois de muito lutar internamente contra sua consciência, ele decidiu ir e ver o que Harry queria.