Amor Doce - Que tal um pouco de Hentai?

Provocações - Nathaniel

Nathaniel suspirou entediado mais uma vez aquele dia. Como presidente do grêmio estudantil, ele deveria comparecer a algumas reuniões semanais com outros representantes, para discutir sobre os tópicos mais importantes da semana. Não é como se isso fosse ruim, na verdade era até bom, pois assim ele evitava de passar o tempo em sua casa, onde tinha certeza que as coisas seriam muito mais desagradáveis.

Caminhando pelos corredores, ele carregava alguns livros, os quais deveria devolver para a biblioteca onde provavelmente encontraria sua companhia costumeira. Já fazia algumas semanas que ele havia assumido um relacionamento sério com Lynn, sua colega de classe e grande amiga, apesar do namoro dos dois ainda ser algo escondido dos pais do loiro e consequentemente dos colegas de escola também. Não podia se arriscar contando para mais alguém. Nathaniel nunca pensou em namorar e muito menos se imaginou fazendo isso, mas tinha que admitir que sua gatinha pervertida era capaz de surpreendê-lo em vários aspectos e era muito feliz ao seu lado.

O loiro adentrou a biblioteca e depositou os exemplares que tinha em mãos na mesa, devolvendo-os a secretária. Depois, dirigiu-se às longas fileiras de livros à procura de Lynn. Custou-lhe, mas acabou encontrando-a numa sessão afastada, onde guardavam os exemplares estrangeiros. Entrou no pequeno cubo rodeado de livros, que formavam uma espécie de sala com uma mesa e algumas cadeiras ao centro. Recostada sobre a mesa, estava Lynn com um livro em mãos, estranhamente concentrada em sua leitura. Nathaniel não pode deixar de apreciar aquela cena. A forma como a expressão serena dela se contrastava com a sua beleza era radiante. O uniforme escolar também lhe caía muito bem, a blusa social branca que marcava suas delicadas curvas e a pequena saia verde combinava com a cor de seus olhos. Sentiu até uma pontada de ciúmes ao reparar no comprimento da mesma, mas ignorou por hora.

Sua presença no entanto não passou despercebida pela garota, que ao notá-lo sorriu e fechou o volume intitulado "O Escaravelho do Diabo".

- Presidente! - saudou ela com seu típico tom provocativo. Nathaniel aproximou-se, sentando-se ao seu lado na mesa. - Tudo bem com você? - questionou diante do silêncio vindo dele.

- Estou bem. E você? Desculpe interrompê-la. - disse, apontando para o livro.

- Sem problemas. A vagalume sempre traz histórias de suspense muito boas... - comentou ela enquanto devolvia o livro para a prateleira. - Embora para mim, nada supere o clássico "Estranho caso de Dr.Jekyll e Mr.Hyde". O conflito de personalidades boas e más presentes no ser humano contrastadas num cenário de suspense, quase terrorista, me fascina mais do que tudo. - falou a morena num tom sonhador.

- É realmente um clássico louvável. Na verdade, pra mim, tendo romance policial, já é certeza que o livro renderá um bom aproveitamento. - disse Nathaniel com convicção.

- Nath-chan, não seja tão presunçoso assim... - provocou ela, ciente do gosto do garoto por histórias de romance policial. - Não adianta de nada um livro conter um gênero que você aprecia, se ele não tiver um desenvolvimento e um enredo envolvente. Afinal o que é um bom mistério sem mensagens implícitas nas entrelinhas? Mensagens que te levam a um suspeito, sendo que o verdadeiro culpado é quem você menos imagina?!

O loiro abriu a boca para questioná-la, mas logo percebeu que aquilo não passava de mais uma tentativa dela de provocá-lo, então provavelmente não os levaria à lugar nenhum.

- Quer saber? Esqueça. Vamos para casa, eu estou cansado e preciso muito relaxar um pouco. - Nathaniel suspirou pesado, se virando para sair do pequeno cômodo, mas foi puxado de volta e colocado sentado contra a mesa pelas mãos ágeis da garota, que posicionou-se à sua frente.

-L-Lynn! - exclamou surpreso e meio constrangido. O que aquela pervertida estava tramando agora?

- Nath-chan está cansado, é? Precisa relaxar? - perguntou ela, com um tom de preocupação, porém um sorriso sacana brincava em seus lábios. - Deixa que eu ajudo você, então... - a morena desfez o nó de sua gravata lentamente, apreciando o tom vermelho que tomava as bochechas do garoto.