Capítulo 11 - A Enfermaria

En başından başla
                                    

Se acalme. Aya riu. ― Preciso fazer isso para evitar que você tenha alguma infecção. Acredito que você não quer perder o braço.

Loenna mordeu o lábio e fez que sim com a cabeça. Aya terminou de lavar seu corte, correu em buscar uma de suas vasilhas que estavam empilhados em uma estante que soava pouco confiável. A moça subiu em uma espécie de escada, escolheu um dos potes e o pegou com uma delicadeza admirável; O tipo de qualidade que Loenna e seu corpo troncudo jamais teriam.

A enfermeira correu com seu recipiente para Loenna e passou o unguento de que falou no machucado da garota; Imediatamente, a enferma sentiu um alívio. Aya sorriu com seu suspiro de conforto; Logo em seguida, enrolou um pedaço de pano no machucado da garota, que ainda foi tingido de vermelho pelo sangue, mas estancou o fluxo que até então parecia interminável pela ferida.

Pronto. Disse ela. ― Você vai ficar bem agora.

Loenna balançou o braço; A dor era bem menor. O sangue não gotejava pelo corte que havia sido feito, era como se ela estivesse nova de novo. Sentia-se forte novamente; Aya havia resolvido o seu problema.

Obrigada. Agradeceu ela. Estava pronta para se despedir da enfermeira, embora sua beleza a fizesse querer ficar por mais alguns instantes. Havia algo de diferente em Aya, Loenna não sabia o que. ― Vou lhe dar o paga...

Ei, onde você pensa que vai? Aya segurou Loenna na maca. ― Você não está recuperada ainda. Vai precisar ficar aqui por um bom tempo.

Loenna praguejou.

Por quanto tempo?

Ah, até o entardecer, mais ou menos. Disse Aya. ― Não olhe pra mim com essa cara. Você quer ficar boa, não quer?

Loenna gemeu em desaprovação, e Aya riu. Parecia achar graça da frustração da menina. Eram apenas onze da manhã, como poderia ela aguardar mais de sete horas enfaixada sem poder sequer se mexer?

Você pode tirar um cochilo, se quiser. Sugeriu Aya ― Eu vou voltar a mexer nos meus emplastros. Podemos conversar também, mas eu não acho que você se interessará pelo que eu tenho a dizer. Eu sou uma pessoa desinteressante. E riu, mas Loenna definitivamente não achava Aya desinteressante.

A própria Loenna, contudo, não era alguém de muitas palavras. Não saberia como manter uma conversa que durasse sete horas com uma completa estranha. Então deitou-se na maca, fechou os olhos... E dormiu.

Dormiu, Dormiu... Acabou-se no sono dos justos. Seus sonhos geralmente eram bem violentos e traumáticos, envolviam morte, sangue e dor, o que a fazia evitar dormir ao máximo; Desta vez, contudo, foi diferente. Loenna teve doces imaginações sobre animais pacíficos e amigáveis, uma cachoeira límpida, um céu claro e azul...

Seu sono foi tão intenso que, quando Loenna acordou novamente, já estava escuro lá fora.

Ela arregalou os olhos de sobressalto; Não porque havia dormido por horas a fio, nem porque seus sonhos haviam sido pela primeira vez em muito tempo agradáveis, mas porque Aya a encarava com um olhar confuso no rosto e com o crânio em mãos; Ela havia descoberto que Loenna a carregava. Maldição, pensou ela. Como justificaria tal objeto em suas coisas?

Notei que você trouxe um crânio para cá. Aya certamente parecia confusa, mas não assustada. ― Sei que é de alguém que morreu há muito tempo, porque não tem cheiro nem restos de carne e pele. O que você faz carregando isso? E por quê?

Caos e Sangue | COMPLETOHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin