Capítulo 32

14.7K 1.7K 612
                                    

Boa leitura💞
____________________________

Levantei da cama no dia seguinte as cinco e meia, para não correr o risco de encontrar as meninas acordadas e fui fazer minha rotina de sempre, ao sair coloco um conjunto de moletom preto e uma bota preta de salto e saio do quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível

Iria ficar na sala precisa por um tempo e depois iria falar com Dumbledore sobre oque fazer, além de me desculpar com Snape, me sinto péssima, fala sério eu sou uma das piores pessoas que podem existir

Eu minto para as pessoas ao meu redor e roubo poções de um professor que definitivamente vai me odiar agora

Ao entrar na sala me jogo na cama e choro, tudo que não só segui chorar na noite passada, não poderia fazer isso com as meninas no quarto iria parecer mais patética ainda

Eu consigo ouvir a voz da minha mãe ressoar pela minha cabeça me fazendo ver que eu realmente mereci que eles parassem de falar comigo

- "Nunca minta para alguém, guarde segredos, mas não minta, a não ser que a vida de alguém dependa disso, me prometa que nunca fará isso"

Ainda me lembro desse dia, perfeitamente, eu tinha sete anos e minha mãe me acordou no meio da noite, me pedindo uma promessa, eu estava confusa mas ainda assim me lembro da resposta

- "Eu prometo mamãe, mas... porque a vida de alguém dependeria de uma mentira?"

Lembro-me de secar as lágrimas que saiam de seus olhos como cachoeiras e lembro de sua resposta com a voz embargada pelo choro como se fosse ontem

- "Porque a mentira é uma coisa muito poderosa foxy, pode lhe salvar mas ao mesmo tempo, pode lhe condenar...então nunca minta se não for para salvar a vida de alguém"

Nunca me esquecerei daquela madrugada de 12 de Setembro, o dia em que meu avô faleceu, nunca descobri como, mas lembro de chorar muito, era meu avô preferido, o que me dava atenção, o que me ensinou a tocar piano e violino

Não consigo tocar desde que ele faleceu, ainda me lembro da sua risada cada vez que eu tentava tocar a música favorita dele e da mamãe, eu sempre desafinava e ele sempre dizia "ainda vai pegar o jeito raposinha, terá tempo o suficiente para isso" pois é, raposa era o animal favorito de meu avô também, assim como mamãe, vovô me apelidou de "raposinha" depois de aprender a palavra em uma viagem a Portugal, poucos meses antes do meu nascimento, e minha mãe preferia o inglês "fox" então ela me apelidou "foxy" porque achava mais carinhoso... céus...oque eles pensariam de mim se me vissem agora?

Depois de um tempo, vi que já eram oito horas levanto e vou lavar o rosto, decido ir até Dumbledore, ao chegar lá e murmurar a senha "gotas de limão" subo pouco receosa e bato na porta levemente ouvindo um "entre" em seguida

Assim que entro dou graças a merlim que ele está apenas com Snape ao lado, e não um diretor ou alguém do ministério

- Bom dia senhor - digo levantando a cabeça e sorrindo pra o mesmo - bom dia professor Snape

- Bom dia Maddison - responde Dumbledore com um olhar curioso - está tudo bem?

- Não senhor - digo me aproximando envergonhada - primeiro eu quero admitir que...eu estava roubando poções bloqueadoras de seu estoque professor - digo olhando nos olhos de Snape - não estava me sentindo bem e não pensei que me daria então decidi pega-las e me arrependo amargamente

- Já descobrimos quem andou mexendo em suas poções Severo - diz Dumbledore me olhando

- Nunca mais entre em meu escritório novamente - diz irritado

𝑇ℎ𝑒 𝐺𝑖𝑟𝑙 𝑊ℎ𝑜 𝐶ℎ𝑎𝑛𝑔𝑒Onde as histórias ganham vida. Descobre agora