💞› AUTORA: Gleysla Meireles
💞› GÊNERO: fanfic, romance, ficção, ficção adolescente, drama, ação, aventura.
💞› DATA: Lançado desde 2019
💞› INDICAÇÃO: maiores de 16 (dezesseis) anos
Marinette e Adrien finalmente descobriram suas identidades, ma...
❝Nós nunca fomos bem-vindos aqui Nós nunca fomos bem-vindos aqui de forma alguma Não... É o que somos Não importa se fomos longe demais Não importa se está tudo bem Não importa se não é o nosso dia Porque é o que somos.❞ ♕ Who we are (Imagine Dragons)
{Contém2.323 palavras e dois narradores.}
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A EMOÇÃO TOMAVA conta de mim.
Em um momento estou me despedindo no aeroporto de Manises, com mi padre não suportando segurar as lágrimas pela despedida sofrida já a mamãe conseguindo exercer certo controle sobre si mesma, ela sorria ao me abraçar fortemente, mas sentia meus ombros molhados depois disso.
Em outro momento, estou em Paris vivendo o meu sonho de frequentar a escola mais renomada da cidade.
Lembro-me de que embarquei no avião com os olhos murchos de tanto chorar que mais pareciam dois botões em um rosto vermelho. Sentei-me na poltrona com meu número indicado e desfrutei da viagem de aproximadamente uma hora, a aeromoça foi simpática e o moço ao meu lado não era de todo chato, mesmo com seu sono barulhento
Numa tranquilidade incômoda me levantei em direção ao banheiro, ali na cabine abro a bolsinha de tiracolo com a desculpa de serem remédios inseparáveis, lá estava minha kwami descansando e sonolenta.
— Woaaaw... — Birrb boceja. — Já chegamos?
— Ainda não, falta pouco, mas é que o tédio chegou mais rápido. — digo ao acariciar sua bochecha rechonchuda e rosa.
— E que você sugere? Estamos em um avião!
— Ah, podíamos bisbilhotar as outras cabines, isso até a aeromoça nos perceber. — sorri sapeca erguendo as sobrancelhas sugestivamente.
— Sasha... — repreende-me. — Caso tenha esquecido, estamos em um avião!
— Eu sei. Eu sei! — suspiro chateada. — Só que eu não aguento esse silêncio, esse tédio e essa pressão.
— Pressão? — indaga intrigada, seu corpo minúsculo reage à curiosidade repentina e flutua acima de minha cabeça. — Você não me falou sobre isso, por quê?
— Eu... Eu não quis te preocupar. — gaguejo, envergonhada. — É que... Viajando assim para ajudar uma outra cidade é demais pra mim, entende? Claro que também vou estudar, mas ainda assim vou ter essa responsabilidade de salvar uma cidade!
— Sasha, você também contribuiu bastante lá em Valência. Paris é só uma cidade com uma torre, mas são só duas cidades. Acalme-se. — aconselha-me tranquila.
— Ah, Birrb. — suspiro pesadamente pondo as mãos no rosto, o medo me dominando cada vez mais. — É mais fácil falar do que fazer.
Desde a infância esses medos me dominam, quando fiquei sozinha na creche eles estavam lá, quando dancei com amigos numa festa eles também estavam lá. Em qualquer lugar que tenha público, qualquer lugar que me sinta sozinha (seja no sentido figurado ou não) eles sempre me acompanham como uma sombra que nunca se desprende do fogo.
