12. the battle

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Um soldado telmarino avança com tudo para cima de nós, Pedro se adianta e com um golpe arranca sua cabeça. Não posso negar que sinto meu estomago revirar ao ver tal cena. Caspian monta em seu cavalo.

- Você precisa estar junto dos arqueiros irmã.

Olho para Caspian e em seguida para Edmundo. Ele assente com a cabeça e diz:

- Seu lugar é com eles Emi, prometo que vou ficar bem.

Caspian me dá a mão e aceito, subo em seu cavalo que corre rápido em direção a fortaleza. Desço do cavalo e me junto a Susana e aos demais arqueiros. Acaba que Edmundo, Pedro e Caspian ficam na linha de frente da batalha, observamos outro soldado telmarino recuar e chamar as tropas, em segundos começa um verdadeiro caos, eles estão atirando pedras enormes com as catapultas, atingindo alguns narnianos. A terra sobe formando enormes nuvens de poeira. Meu coração permanece acelerado, sinto que essa batalha é tudo ou nada, dessa vez é para valer e precisamos ganhar. Um soldado telmarino dá a ordem e as tropas marcham em nossa direção.

- Arqueiros, preparem-se. – Grita Susana.

Tiro uma flecha e ponho na aljava. Não consigo parar de me preocupar com Pedro, Edmundo e Caspian lá na frente. Espero que nada aconteça com eles porque definitivamente não sei o que fazer se algo acontecer. As tropas estão cada vez mais perto, vejo Caspian recuar para dentro da fortaleza, claro que tínhamos um plano B caso os telmarinos não aceitassem o duelo, começo a vê-lo sendo executado.

- Escolham os alvos.

Levanto o arco com a flecha já posicionada e escolho um alvo.

- Mirem nos alvos! – Reforça Trumpkin.

Não está fácil se manter equilibrado aqui em cima, as pedras que estão sendo jogadas atingem a fortaleza, fazendo com que tudo se desestabilize, inclusive o chão sob nossos pés. Edmundo e Pedro ainda estão imóveis no mesmo lugar em que os deixei. Não demora muito até que percebo que o chão a frente está caindo, levando assim a tropa telmarina junto dele.

- Agora! – Grita Susana.

Nossas flechas voltam sob o céu e atingem a tropa telmarina já caída na grande lacuna feita no chão. Observo Edmundo montar um cavalo e sair em disparada, Pedro também está seguindo adiante, em questão de segundos vejo uma grande tropa narniana correndo também em direção aos soldados telmarinos. Vejo também meu irmão liderando outro grupo de narnianos que saem de uma passagem no chão. Nós arqueiros permanecemos aqui em cima onde temos a maior vantagem.

- Preparar. – Grito.

- Escolham os alvos. – Grita Susana.

- Atirar!

Mais uma vez nossas flechas voam em direção aos soldados telmarinos. Avisto mais tropas telmarinas avançando e começo a me preocupar, eles possuem mais soldados e máquinas enormes, que podem vencer a batalha.

- Aslam por favor nos ajude. – É só o que consigo pensar.

Os grifos estão nos ajudando, pegam alguns dos arqueiros e os levam pelos ares, mas os telmarinos estão preparados para o ataque, eles possuem uma máquina com flechas enormes e  atiram nos narnianos fazendo alguns grifos caírem feridos ou mortos. Pedro olha para Susana apreensivo, percebo que pergunta sobre Lucia, olho para Susana e ela balança a cabeça em negativo respondendo a Pedro, depois olha para mim preocupada.

- Ela vai conseguir, acredito nela. – Digo.

E apesar de toda minha apreensão tento sorrir para ela. Os narnianos estão recuando para próximo da fortaleza, acredito que seja alguma estratégia melhor de batalha, espero que dê certo. Os telmarinos jogam mais pedras sob nós, dessa vez acaba nos acertando em cheio.

My boy - With Edmund PevensieOnde as histórias ganham vida. Descobre agora