3. the pevensies

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Eu e Caspian estamos a mesa tomando café, antes de partir para mais uma jornada em busca de novos soldados. A conversa sobre a trompa magica não me sai da cabeça, fico pensando como devem ser os reis e rainhas, imagino que sejam bem mais velhos do que eu e Caspian, mais experientes e devem ser sérios. Ouvi que quando vieram a Nárnia eram crianças, então presumo que já devam estar bem crescidos agora.

- Caspian. – Chamo meu irmão que está engolindo seu café da manhã.

- Como você acha que são os reis e rainhas?

- Não sei. Acredito que sejam mais velhos.

- Você acha mesmo que eles podem ajudar?

- Acho. Já trouxeram a paz a Nárnia uma vez e podem nos ajudar a trazê-la novamente. Por que maninha? Você não acredita?

- Acredito sim, só estou ansiosa para que tudo se resolva logo.

- Vamos resolver isso, eu prometo.

Sorrimos um para o outro e continuamos a tomar o café. Quando terminamos vamos ao encontro de um dos minotauros, ele prometeu nos levar até alguns narnianos que podem se juntar a nós. Me vem uma lembrança de quando Caspian e eu éramos crianças, eu bem menor do que ele claro, apostamos corrida e ele caiu e se machucou. Foi horrível para ele claro, mas lembro-me de ter achado graça do tombo e de que não conseguia parar de rir. Ele ficou bravo comigo por uma semana. Tive que pedir ajuda e preparar um café da manhã para ele, com a sobremesa favorita dele. Só assim ele me perdoou.

- Do que está rindo irmã? – Ele me pergunta.

- Estava me lembrando do nosso tempo quando crianças, de quando apostamos corrida e você caiu e se machucou bastante.

- Ah e você ficou rindo de mim, lembro-me até hoje que só lhe perdoei quando preparou minha sobremesa favorita para o café da manhã.

- Foi sim. – Sorri. Éramos tão felizes.

- Ra! Você era uma pirralha sacana.

- Pirralha sacana? – Olho feio para ele. Preciso te lembrar que colocou um inseto em minha cama, para assustar me?

Ele dá uma gargalhada e dou um soquinho em seu ombro.

- Foi a melhor traquinagem que já fiz. Fiquei de castigo no quarto por três dias.

- É! E a pirralha sacana aqui te levava lanchinhos todos os dias.

- Estou brincando vai. – Ele me abraça pelo ombro. Apesar de todas nossas traquinagens, nos divertimos muito juntos.

- Sim, é verdade.

O minotauro que nós acompanhava seguia seu caminho em total silencio. Estava bem a nossa frente e passou pela minha cabeça apostar uma corrida com Caspian. Sei que estamos correndo perigo e que são tempos difíceis, mas ainda podemos nos divertir.

- Maninho. Me alcance se puder. – Disparo a correr.

Caspian tenta me alcançar, mas claro que não consegue sempre fui mais rápida que ele. E claro sabíamos que não podíamos nos afastar muito do minotauro senão estariamos perdidos. Já estou bem longe pelo visto, corri por pelo menos uns minutos sem nem olhar para trás e quando olho para trás não vejo Caspian.

- Melhor voltar. – Penso.

Pego o caminho de volta.

- Caspian, você desistiu da corri... – Paro de falar quando noto a presença de mais humanos.

Por Aslam, são eles.

- Vocês são quem estou pensando que são? – Pergunto.

- Não sabíamos que Caspian tinha uma irmã, prazer Pedro. – Ele estende a mão para mim.

My boy - With Edmund PevensieOnde as histórias ganham vida. Descobre agora