— Faz sentido. A Maia sabe disso?

— Sabe, eu conheci ela quando estávamos no trem vindo para Hogwarts, o Fitz pediu para que ela me ajudasse com os problemas que viriam.

— Que problemas?

— Digamos que uma veela é uma criatura muito "encantadora”, as pessoas costumam ficar hipnotizadas por elas. Estou correndo das garotas desde o dia que entrei nesse castelo.

— Essa não é a parte boa? — perguntou dando risada.

— Eu também pensei, até descobrir a parte ruim. Um veela precisa encontrar uma espécie de companheira, sabe? Alguém para viver juntos por toda a vida, algo assim e se não encontramos... bom, essa parte não é nada legal. Nós morremos até o próximo aniversário.

— Ow! Calma, isso é demais para mim. Você está morrendo?

— De fato, se eu não marcar minha companheira até meu aniversário de dezoito anos, quero um caixão bonito — sorriu.

— Mas isso é tipo daqui a seis meses e você está de boa? Só me conta isso agora? Como vai saber quem é a companheira? E se ela não gostar de você? — Draco jogou-se na cama encarando o teto.

— Quando voltei para a escola eu pensei que fosse a Granger, fiquei um tempo perseguindo ela, Maia até reclamou porque eu não tomava iniciativa.

— A Granger? — Sua expressão era de total confusão.

— Isso sim eu posso chamar de doença, mas aí ela me beijou na biblioteca e eu não senti absolutamente nada.

— Ela te beijou? Hermione Granger? A que eu conheço?

— Sim.

— Mas você sabe quem é essa companheira?

— No dia do seu encontro depois que eu fugi com a Maia, Dumbledore falou comigo que ele estava preocupado com o que o veela poderia fazer caso se manifestasse na comunal da sonserina, eu tenho um lugar que posso ficar quando estou fora do controle.

— Onde esteve depois do halloween? Não acho que estava ajudando a Fitz a separar as coisas do avô.

— Ficamos quatro dias nessa comunal, ela me ajudou a controlar o veela. Enfim, teve um dia que estávamos praticando a transformação e eu acabei beijando ela.

— Eu sabia que já tinham ficado! — O loiro riu com a empolgação do amigo.

— Sim, mas depois disso ela ficou com o Seth.

— Por isso estava tão obcecado, faz sentido.

— Eu não estava obcecado, apenas ajudando uma amiga.

— E ela sabe que você gosta dela?

— O que?

— Eu não sou idiota, Draco! Vejo como olha para ela.

— Ela sabe — suspirou. — Até me deixou marcar ela, mas quero que tenha certeza.

— Por que? Ela sabe os riscos, a última coisa que a Maia é, é boba. A Fitz não deixaria você marcar se não soubesse que seria algo para sempre, o que é um bom tempo.

— Eu sei disso, mas quando ficávamos ela insistia em dizer que estávamos apenas confundindo as coisas e que não queria se magoar. E se eu marcar e ela se arrepender?

— Acho que só está perdendo tempo para ser feliz. — Draco encarou o teto e levantou-se — Aonde você vai?

— Pegar minha garota.

O loiro andava com pressa pelos corredores, torcendo para que Maia estivesse por ali. A maioria dos alunos estavam tomando seu café, por um breve momento se lembrou de onde ela poderia estar a essa hora.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora