Lalisa Manoban

1.3K 168 39
                                    

Eu sempre fui muito focada nos meus objetivos. Sempre corri atrás dos meus sonhos e me sinto orgulhosa sobre isso. Desde muito nova eu tive que aprender a viver minha vida sozinha. Meus pais morreram em um acidente de carro quanto eu tinha 10 anos e até hoje eu lembro da cena deles. Estirados no chão. Isso não é uma coisa de que me orgulho. Ter deixado eles lá, sozinhos. 

Minha infância não foi das melhores. Eu morei em uma casa onde eu dividia meu quarto com mais 7 meninas. Rosé era uma delas. Nós nos conhecemos assim em que eu fui morar nessa casa. Eu sequer sabia meu nome. Depois do acidente, eu tive alguns traumas existenciais. Começando pelo meu nome. Eu havia esquecido meu nome por alguns dias e até lá, fui tratada como "a menina desconhecida que perdeu os pais". Depois de alguns dias sendo tratada como indiferente, Rosé começou a ser minha amiga. Nós dormíamos juntas, almoçávamos juntas, estudávamos juntas, fazíamos tudo juntas. Rosé também perdeu os pais muito cedo. Até hoje eu não sei muito bem o que aconteceu com eles, ela nunca se sentiu à vontade em contar e eu não iria pressiona-la a fazer isso. 

Quando completamos 18 anos, fomos meio que obrigadas a sair da casa onde vivíamos. Ainda não sabíamos o que iríamos fazer para sobreviver ou até mesmo onde morar. Por sorte, achamos um apartamento para alugar e assim fomos atrás dos nossos empregos. Rosé começou a trabalhar como garçonete em uma lancheria e eu trabalhei como atendente em uma farmácia. Passei alguns anos trabalhando lá para nos sustentar e ajudar Rosé com as despesas da casa. Alguns meses depois de ser demitida, eu recebi uma proposta de emprego, não sabia o que fazer para conseguir dinheiro e então aceitei sem pensar duas vezes. Um homem chegou até mim me oferecendo um emprego como detetive particular. EU NÃO SABIA DE NADA, NEM COMO SEGURAR UMA ARMA. Mas aceitei. Eu estava precisando daquele dinheiro. 

Ele disse que via potencial em mim e que eu poderia treinar com ele todos os dias para me tornar mais ágil no trabalho. Rosé ainda não sabia no que eu estava trabalhando, mas mesmo assim me apoiava. Em todos os meus treinos eu era sempre a primeira a chegar. Sempre fui interessada em aprender. Depois de alguns meses treinando em lugares fechados, eu passei a trabalhar como assistente do senhor Jook. Meus trabalhos e minhas habilidades foram aprimorando e eu comecei a trabalhar sozinha. Recebia algumas propostas como detetive particular, mas o que eu recebia mais era como assassina de aluguel. Sim. Assassina de aluguel. 

Eu sempre recebia mais dinheiro com esses trabalhos. Conforme os anos foram passando, mais trabalhos eu tinha. Eu precisava de dinheiro. Não é um trabalho em que eu me orgulhe, mas preciso disso. Eu não matava pessoas inocentes, longe disso. Mas nesse trabalho em que fui contratada hoje, eu preciso fazer. É uma grana boa e eu preciso dessa grana. 

Mais pra frente você vai entender e não vai me odiar por isso. 

Rosé começou a trabalhar comigo quando eu não conseguia mais trabalhar sozinha. Eu estava recebendo muitos trabalhos e não conseguia fazer tudo sozinha. Desde investigar sobre a vida das minhas vítimas, até o ultimo suspiro delas. Rosé me ajudava na parte de investigação. Descobrir sobre as vítimas e me ajudar a chegar até elas. Ela recebia a metade do dinheiro. Sempre meio a meio. 

A pessoa mais atraente que eu já vi na vida. 

- Onde você estava?

Roseanne já estava agitada em minha frente

- Eu fui dar uma olhada no meu alvo - sentei em sua frente - E digamos que deu certo? 

- O que você aprontou, Lalisa?

- Nada demais, menina Roseanne - virei de costas para o balcão - Só dei um "Olá" para nossa querida Jennie Kim 

The Perfect Victim - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora