anxious

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Olá! Antes de iniciarem a leitura, quero deixar a informação de que se passaram dois meses (dentro da história) após o capítulo anterior, só para vocês entenderem.

Timothée

Minha mãe está na cidade desde o começo da semana. Ela veio sozinha, já que meu pai e minha irmã não conseguiram por conta do trabalho.

Eu gosto quando apenas ela vem. Meu apartamento não se torna uma bagunça e eu não tenho que dormir no sofá para deixar Pauline usar minha cama, uma vez que ela inventa a falsa desculpa de que está com cólica e o sofá a faz sentir mais dor ainda.

O quarto de visitas tem uma cama de casal, e meus pais costumam dormir lá quando vem me visitar. Tecnicamente minha irmã deveria dormir comigo na minha cama, mas ela não gosta dormir junto com alguém.

Hoje seria um dos dias que tenho que ir ao estúdio experimentar os figurinos do meu próximo filme. Mês passado quando me ligaram para contar que eu consegui o papel de "Laurie" em "Little Woman" eu mal pude acreditar. Fiquei tão feliz e animado, não achei que conseguiria depois de disputar ao lado de grandes atores e bem melhores do que eu.

Infelizmente Aurora não estava mais aqui para comemorar comigo.

Eu até que estou lidando bem com a distância, melhor do que imaginava, para falar a verdade. Nos falamos todos os dias, sem exceção. E às vezes ela me agrada com uma foto que me faz ficar acordado a noite toda igual um adolescente apaixonado na puberdade.

Não costumo perguntar como está indo o processo para conseguir o visto porque não quero pressioná-la. Aurora não precisa saber o quão desesperado realmente estou para que ela volte. Consigo fingir tranquilidade a maior parte do tempo, é mais fácil do que fazê-la se sentir sobrecarregada. Ela já está lidando com problemas demais sozinha e um namorado impaciente seria mais um sufoco.

Minha mãe está toda animada com a ideia de eu estar namorando de novo, ela diz que mal pode esperar para conhecer a garota que me faz ficar sorrindo igual um bobo para o celular.

Houve um tempo desde que eu a disse que não iria namorar mais, porém acabei me apaixonando mais cedo do que imaginava. Não tenho nem como me defender, minha mãe sabe de todas as desilusões que tive no passado quando se trata de namoradas. Eu sempre acabava sozinho e iludido com as minhas próprias esperanças de que fossem gostar de mim pelo meu caráter e não pela minha fama.

No entanto, com Aurora é diferente. Sempre foi diferente desde o início.

Com o pouco tempo que tivemos para nos conhecer e admitir que sentíamos algo a mais um pelo outro, ela nunca parecia estar interessada em fazer perguntas sobre o meu trabalho ou minhas conquistas. Aurora sempre perguntava sobre mim.

Uma vez que constantemente sou reservado com aminha vida pessoal, acabo apenas expondo a profissional e dessa forma não tenhocom quem compartilhar sobre minhas intenções, meus desejos e planos. QuandoAurora me perguntava sobre minha infância e meus gostos eu me sentia como seestivesse em um encontro pela primeira vez. Ansioso, eufórico, hesitando sem ter certeza se valia a pena dividir aquelas narrativas.

E toda vez que eu parava para refletir sobre, era como se tivesse conseguido tudo o que eu mais queria.

Mesmo estando milhares de quilômetros longe, sinto que a distância só nos tornou mais afeiçoados um pelo outro, porque tento ocupar minha mente para abafar toda a necessidade que sinto por ela.

É uma loucura, não quero parecer desesperado mas Aurora faz com que seja assim. Em nenhum momento me senti desse jeito antes, quero a conhecer mais do que ninguém nunca quis, quero saber mais do que já sei, é como se eu fosse um fan e ela a estrela do rock.

new york city T. CHALAMETDär berättelser lever. Upptäck nu