Capitulo 3 - Quadribol

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Harry mudou a direção de sua vassoura passando entre as arvores para tentar seguir o vulto. Ao perceber sua presença o vulto se voltou para ele revelando seus olhos amarelos que o fitavam com curiosidade antes de se virar e fugir. Entrando mais fundo na floresta Harry sentiu como se mergulhasse em uma água gelada, o que fez seu corpo estremecer. Ele empunhou a varinha e ordenou Lumos! Estava muito escuro quando ele desceu de sua vassoura e continuou em busca do vulto que sumira entre as arvores. Caminhou até chegar em um rio de águas escuras, ele achou estranho nunca te-lo visto ali. Harry sabia que deveria estar distante de sua casa pois de lá ele nunca ouvira o som de um rio. O som era uma mistura calmante de água corrente com um canto doce e suave. Isso fez com que Harry se sentisse relaxado e envolvido enquanto ia até a beira do rio.

Debruçando-se sobre o rio Harry pôde ver seu reflexo na água escura e brilhante. Ele viu pelo reflexo seus olhos verdes e cansados e se sentiu impelido a tocar na água. Ao tocar nela Harry foi tomado de emoções e som ficou mais alto em seus ouvidos, a água se remexia lentamente e quando voltou a ver seu reflexo ele já não era mais Harry. Ele viu o reflexo de Sirius.

Seus olhos escuros estavam carregados de tristeza e os cabelos longos bagunçados, mas ele ainda tinha aquele sorriso que Harry lembrava, e que lhe dava a sensação de lar e saudade. Hipnotizado pela imagem do padrinho e o som que tomava seus ouvidos Harry foi se aproximando cada vez mais da água até seu rosto sentir a névoa gelado das águas escuras. Uma nova imagem apareceu na água assustando Harry e o tirando do transe.

Ele se virou rapidamente tentando pegar sua varinha no chão e se deparou com aqueles olhos amarelos que vira antes. Harry se arrastou pelo chão, seus olhos grudados naquela criatura nunca vista antes. O corpo feminino e curvilíneo era acompanhado de asas negras e enormes, e o rosto era um misto de águia e humano, olhos amarelos, bico pontudo e cabelos negros, que faziam uma moldura para o rosto tão peculiar.

Já de varinha empunhada Harry se colocou de pé lentamente sem desgrudar os olhos da criatura. Ele não conseguia decifra-la, mas de alguma forma não sentia medo. Finalmente encontrou sua voz e disse curvando-se em reverência, como uma vez aprendera com Hagrid:

- Eu sou Harry Potter, sou bruxo e não pretendo te fazer mal...

A criatura riu, um som agudo e esganiçado e assustador.

- Eu sou Celeno, e ainda estou decidindo o que farei com você. – falou a criatura com uma voz supreendentemente suave e firme.

- Eu nunca vi nada como você! – disse Harry intrigado

- Sou uma Harpia, e para que te deixe sair daqui você terá que me responder uma coisa. O que estava vendo no rio? – perguntou Celeno.

Harry pensou e se lembrou de Sirius e de como a imagem dele o hipnotizara. Com certeza esse rio era encantado.

- Inicialmente eu me vi, mas depois vi a imagem do meu padrinho... não entendo porque... esse rio tem que tipos de magia?

- Não estou aqui para esclarecer suas dúvidas, humano! – Respondeu Celeno ríspida. – É claro que é curioso você ter visto duas imagens... porém vou te deixar ir. E não volte aqui! Da próxima vez deixarei o rio te levar! - Disse Celeno e após isso bateu fortemente suas asas levantando voo e sumindo entre as árvores.

Harry ficou em choque. Suas mãos tremiam enquanto ele guardava a varinha e pegava a vassoura fazendo o caminho de volta para o campo de quadribol.

Ao chegar no campo percebeu assustado, que Rosa estava chegando também com o pomo em sua mão ela sorria e isso finalizava a partida. Todos desceram de suas varinhas sorrindo, os jovens comemorando e os veteranos pedindo revanche.

Harry estava atordoado, como o tempo não tinha passado para eles? Ele ficara naquela floresta por pelo menos uma hora e quando voltou era como se tivesse passado somente um minuto.

Enquanto todos conversavam, comiam e sorriam ele ficou sentado no canto pensativo. Uma pequena aglomeração de pessoas chamou sua atenção e quando ele foi ver o que era se deparou com Rony esmurrando Draco, Jorge sendo contido por Gina enquanto Hermione separava os dois.

- O que está acontecendo aqui? Draco, você não tinha ido embora? Hermione quando você chegou? – Perguntou Harry

- Esse imundo, estava falando de Fred! Ele ousou falar mal de Fred! – Gritava Jorge sendo barrado por Gina e Lino Jordan que chegou depois.

- Rony acalme-se, vamos entrar na casa do Harry. – Disse Hermione nervosa.

- Não se aproxime da minha esposa! Nem da minha família entendeu? – Gritou Rony enquanto era levado por Hermione para dentro da casa.

- Eu não... – começou Draco.

- Vá embora daqui Draco! Chega de confusão por hoje! – Disse Harry sério.

- Vamos Scorpius. – Disse Draco e aparatou.

- Me desculpem... – pediu Scorpius quase chorando, e aparatou em seguida.

Harry Potter e o véu da morte - FanficOnde as histórias ganham vida. Descobre agora