À sombra do pecado

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Esse meu conto foi escrito e pensado como um One Shot, mas a resposta foi tão positiva que me animei a escrever pelo menos mais dois capítulos. Espero que gostem. <3

Muito provavelmente eu volte amanhã à noite com a continuação. E por favor, se gostarem, comentem. :3

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P.O.V Bianca - domingo, apartamento do Diogo.

Cada sentido do meu corpo estava em constante alerta desde semana passada, como uma flama que insistia em queimar, mesmo que a fogueira já houvesse cessado. Quaisquer movimentações ao meu redor, fossem elas sutis ou escancaradas, eram estímulos suficientes para o meu âmago responder com a temperatura de mil graus célsius.

Nervosismo. Ansiedade. Eletricidade. Tesão. Saudade.

Arriscaria dizer que esse foi o efeito de Rafaella Kalimann sobre mim.

Quando fui me dar conta de minhas ações motoras, eu já havia condicionado o mouse para um vídeo no YouTube – mais precisamente à uma palestra de Rafaella no TED Talks, sobre a sua carreira em constante ascensão na área de tecnologia. Lá estava ela, com a mesma imponência na qual havia a conhecido, resplandecendo luz própria. Uma plateia de no mínimo 100 pessoas a observava atentamente, sem piscar. Assim como eu.

Deitei-me sobre a cama de Diogo, relaxando os meus músculos e encostando as minhas costas sobre o travesseiro. Precisava sorver da presença de Rafaella desesperadamente, com uma sede mordaz. E caralho, como ela conseguia exercer um poder sobre-humano em mim – mesmo através de uma tela de computador. Expirei o ar dos meus pulmões e deslizei lentamente a minha mão direita sob a minha calça de moletom, até a minha calcinha já umedecida, enquanto eu assistia à figura imponente e exuberante de Rafaella .

"A área de tecnologia, para mulheres, é um desafio" a voz de Rafaella soou firme através dos alto-falantes do computador. "Infelizmente, o machismo é constante e latente nessa profissão. Foram incontáveis olhares de dúvida, sempre masculinos, dirigidos à mim ao longo da minha carreira. Todos com a mesma soberba, com o mesmo tom de dúvida".

Ela então andou sobre aqueles saltos de cor azul-marinho no palco, como se estivesse desfilando para todos os olhares que pairavam nela. "Eu encarei esse preconceito como um desafio. Uma batalha silenciosa na qual eu sairia merecedora. Ou melhor... vencedora". Rafaella sorriu. Aquele maldito sorriso predador.

"Hoje trabalho em uma das maiores corporações de tecnologia das Américas. E, diferente do que muitos pensam, eu não me contento com o cargo sênior. Não enquanto mulheres não ocuparem pelo menos 50% das vagas da empresa". Uma salva de palmas estridente se fez presente no vídeo.

Caralho. Que mulher é essa?

Fechei os olhos e senti o eco da voz de Rafaella penetrar os meus ouvidos, como gasolina salpicada ao fósforo. No vídeo, ela estava vestida formalmente – como havia a conhecido uma semana atrás. As ondas loiras de seu cabelo emolduravam o seu rosto perfeitamente desenhado. Os seus olhos verdes estavam vívidos, ainda mais intensos. Filha da puta.

Comecei a estimular o meu clitóris, em movimentos circulares, com o meu dedo polegar. Imaginei o corpo de Rafaella sob a vestimenta que usava na palestra. Ela estaria vestindo uma lingerie de renda preta, por baixo da camisa social? branca? ou ela não vestia nada além do tecido da camisa?

Penetrei o dedo indicador e o anelar na minha fenda já encharcada e arfei de prazer. Fantasiei Rafaella pairando o seu corpo sobre o meu, distribuindo beijos quentes no meu pescoço e proferindo frases sórdidas ao pé do meu ouvido.

A chefe do meu namorado | MINI-FIC RABIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora