O loiro sabia que qualquer lugar seria perfeito, contanto que sua garota estivesse com ele. Era simples assim e tudo que envolvesse Marinette estaria perfeito. Nem sequer sabia onde iriam, mas ao lado do amor de sua vida, sua esposa, sabia que estaria em uma perfeita situação. 

Conversaram por mais um tempo, até que o café estivesse terminado. Um tempo depois, assim que a conversa ficou em silêncio por alguns instantes, ela levantou, levando consigo a bandeja que havia trazido. Assim que ela se levantou, ele fez o mesmo, colocando o robe e amarrando-o enquanto a seguia. Estavam no inverno e temia que a garota ficasse doente.

— Deixe que eu lavo, princesa. — ele disse, parando na frente dela e pegando a bandeja de suas mãos. — Minha vez de fazer algo por você, certo?

— Mas, Adrien, hoje é seu dia especial... — ela ficou corada e olhou para seus próprios pés.

— Mari, meu amor, você fez o melhor café da manhã. — ele ergueu o rosto dela com os dedos, que ficaram logo abaixo de seu queixo, e a fez olhar para si. — Me deixe ser um ótimo marido e cuidar da cozinha, certo? Obrigado pelo café.

Ela não o respondeu, mas ele lhe deu um beijo na testa e seguiu seu caminho, determinado a cuidar da cozinha, que não estava tão bagunçada quanto ele havia achado que ficaria. Com o tempo, a garota passou a não fazer tanta sujeira, embora ainda fosse um pouco desastrada.

Depois de lavar a louça, Adrien foi para a sala, tentando encontrar a menor, mas não a achou. Seguiu, então, para o quarto do qual ela quase sempre se encontrava, o do qual ela poderia mexer livremente em seus potes de tintas, e a encontrou ali, sentada em um puff e um livro na frente de seu rosto.

— O que está fazendo aqui, princesa? — perguntou, gentilmente, se aproximando mais dela. — É melhor você ir ler na sala, lá é um local mais confortável.

Ela não respondeu, apenas fez um leve barulho com o nariz e ele percebeu que a garota estava chorando. Em choque, foi até ela e se ajoelhou em sua frente, a fazendo abaixar o livro, afim de que pudesse olhar para a azulada. Seus olhos estavam avermelhados assim como a ponta do nariz, mas ele, simplesmente, não conseguia entender o porquê ela estar chorando.

Mon amour, por que está chorando? — perguntou e tocou seu rosto, limpando-o.

— Porque você não me deixou lavar a louça... — ela murmurou e abaixou seus olhos para suas mãos. — Eu queria muito fazer isso... quero dizer, é a minha bagunça.

Adrien, então, se recordou de algo que Emilie Agreste havia lhe dito, em um sussurro. "As mulheres ficam mais emotivas quando grávidas. Eu, particularmente, chorei quando seu pai não queria colocar o filme que queria assistir". O fato o fez sorrir, pois achava adorável, mas continuava sendo desesperador ver Marinette chorar.

— Querida, foi feito com amor. — ele começou a dizer e aquilo só a fez chorar mais.

— Eu não sei se é por isso que estou chorando ou porque eu queria cuidar desse problema! — ela afundou seu rosto em suas mãos enquanto chorava. — Talvez eu esteja chorando porque você é um homem perfeito.

— Ou talvez você só esteja grávida. — ele sugeriu, o que a fez levantar o olhar para ele e inclinar, levemente, a cabeça para o lado.

— O que você quer dizer com isso? — perguntou, pausadamente, com uma voz séria.

— Quero dizer que você está com muitos hormônios no corpo, Mari. — ele explicou, com um sorriso nos lábios. — Note no porquê está chorando. 

A Agreste encarou o marido com seriedade por um tempo, enquanto o mesmo passou a esperar um grande surto por parte da esposa. Realmente, havia esperado que a mesma gritasse com ele, pois poderia estar irritada com ele. Aquelas variações enormes de humor em tão pouco tempo o deixou assustado, mas não deixava de ser um sinal de gravidez do qual ele passou a adorar.

Então, ela passou a rir, fazendo-o soltar o riso que também segurava. 

— Você tem razão. — ela disse, depois de parar de rir e ao limpar uma lágrima do canto dos olhos — Chega a ser ridículo! Desculpe por estar instável, Adrien.

Bobamente, o mais alto tomou o rosto da esposa em suas mãos e lhe roubou um doce e demorado beijo, que continuava revelando quão apaixonado ele era por Marinette Agreste, no qual não poderia ser encontrado qualquer sinal de segundas intenções. Era singelo e algo que só se é possível achar em casais que estão extremamente apaixonados e que já se tem um certo nível de intimidade poderiam dar.

— Devemos ir ver Nino e Alya, o que acha? — Adrien perguntou, tomando as mãos da esposa assim que separou o beijo. — Podemos passear no parque e ir até a casa deles para uma visita.

— Nada mal, Sr. Agreste. — ela murmurou e lhe deu um beijo na bochecha. — Sorte que hoje é sábado. Amanhã podemos passar o tempo todo juntos.

— Só nós três? — ele perguntou, ficando de pé e estendendo a mão para a menor, que aceitou e logo estava na frente dele.

— Você sabe que agora estou valendo por dois. — brincou, o fazendo rir, e logo foi se arrumar, enquanto o loiro ligava para os amigos, avisando que iriam fazer uma visita de última hora.

together | [AU] adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora