Rafa: "Ta bom, beijo, te amo!"

Manu: "Também te amo!"

Chegando no restaurante, fui surpreendida ao pedir uma mesa e o recepcionista me informar que eu já estava sendo aguardada por Bianca. Caminhei com ele até uma das mesas mais ao fundo. Aquele local era pura nostalgia para mim.

-Fiquem a vontade. O garçom já vem. - o recepcionista disse e se retirou.

- Oi Rafa! - ela se levantou para me cumprimentar. Ela estava linda, vestida com uma calça nude, um top branco e uma blusa branca social aberta, com os cabelos ondulados, uma leve maquiagem e alguns colares no pescoço.

- Oi Bia! -nos abraçamos. - Estou surpresa com sua pontualidade, viu?

- Até eu! Mas é que hoje tô cheia de trabalho, não podia me atrasar. Por isso até marquei cedo assim, e tô vestida assim. - sentamos frente à frente.

- Cê tá linda assim, toda séria, mulher de negócios.

- Obrigada. - Ela sorriu sem graça. - Você também está linda.

O garçom chegou e pausamos a conversa para fazer nossos devidos pedidos.

- Ainda não acredito que estamos aqui, cê tem noção de que facilmente estaremos em todos os sites de fofocas e o Twitter estará em surto? - ela riu.

- Nada a ver, eles prezam pela privacidade aqui. E se por acaso aparecer por aí, somos amigas né?

- Somos?

- Somos, uai.

- Para de roubar meu "uai", tenho ciúmes dele.

- Uai, sô. Cê não me deixa falar "uai" por que, uai? -comecei a rir.

- Besta!

- Enfim, como foi ontem depois que eu fui embora?

- Ah, fomos todos embora também. Já estava tarde demais pra um Domingo. E você, chegou bem mesmo em casa?

- Sim, a Mari me ajudou e rapidinho dormi.

- Entendi.

- Então Rafa, eu posso ir direto ao ponto antes que minha ansiedade me mate?

- Claro. Eu tô curiosa.

- Olha, eu não tenho nada a ver com esse assunto, deveria apenas ficar caladinha e seguir minha vida, mas eu senti no meu coração que precisava te contar. - Ela estava extremamente desconfortável, se remexendo na cadeira.

- Cê tá me deixando mais nervosa ainda.

- Tá, ó, eu não sei como dizer isso de uma forma menos direta. - ela pegou um pedaço de guardanapo e começou a olhar para suas mãos nervosas o partindo em pequenos pedaços.

- Só fala, Bia. - coloquei minha mão sobre as suas para lhe passar confiança. O toque me causou arrepios e ela voltou a olhar em meus olhos.

- Primeiro de tudo, eu não tava Jenyfer ao ponto de não estar sabendo direito das coisas ok?

- Ok.

- É... eu, eu fui ao banheiro e tinha um casal em uma cabine.

- Certo... - franzi as sobrancelhas tentando entender onde ela queria chegar.

- E... bom, primeiro eu vi uma mulher saindo de lá, depois quando eu estava quase saindo, vi, é... seu namorado. - ela me observava atenta a minha reação.

Eu estava possessa de raiva. Como que o cara assume um namoro falso comigo sem me consultar e sai ficando com outras pessoas em locais públicos? Local, inclusive, que eu estava presente. Passei as mãos por meus cabelos tentando pensar em o que dizer, ela ficou em silêncio aguardando minha resposta.

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