"Some, desaparece, evapora da minha vida e me esquece. Eu tentei, céus, como eu tentei te consertar. Dê amor à ele, eles diziam, dê carinho e apoio, eles insistiam. Eu tentei mas chega, estou no meu limite. Some, por favor, me deixa em paz e finja que não existo, eu não aguento mais todos falando no meu ouvido e... e... a dor é muito grande. Você não é meu filho, é uma abominação, eu tentei lidar com suas doideras, tentei fazê-lo se sentir confortável comigo para que pudesse te fazer mudar mas não tem volta, já está feito e você sempre será esse erro irreversível e pecaminoso. Suas irmãs aguentaram o suficiente e... e... e seu irmão? Você poderia tê-lo contaminado e... e... ainda bem que decidiu se mudar, mas quando pensamemos que estávamos livres de você... Mark tinha razão, você precisa ser deixado de lado, precisa de solidão e quem sabe assim possa entender o verdadeiro significado de amor. Quem sabe o tempo não te conserte. Eu tentei ser uma boa mãe, Louis, mas o problema nunca foi eu. Como eu poderia ser uma mãe decente se você nunca foi um filho normal? Mal posso acreditar que saiu da minha barriga, que te carreguei por nove meses. E pior, ainda o acolhi em minha casa por anos. Anos. Chega dessa besteira, suma das nossas vidas e quem sabe tenha a sorte de morrer de AIDS e acabe logo com esse sofrimento. Só... some. E pare de ligar, pare de mandar mensagens e pare de me procurar. A dor é insuportável e... você não vale tanto a pena assim."

Bom, espero que isso tenha refrescado algumas coisas na memória de vocês! Esse cap vai colocar muitos desses fatos em cheque e é importante lembrar.

Dito isso, boa leitura, espero que gostem (esse é um dos caps que mais me deu trabalho pra escrever e contém mais informações sobre o passado, repleto de flashbacks, portanto, prestem atenção nos anos e localizações dos trechos)

E se tudo der certo, tem mais um hoje, sim?

esse cap ta...

(ta mesmo)

FLASHBACK ON

Janeiro, dia 31, quarta-feira, 2016, apartamento

- Acha que vai estar sol lá? - Louis perguntou, distraído enquanto dobrava algumas camisas e as colocava dentro da mala. Precisava ser rápido, afinal, viajariam ainda naquele dia.

- Eu tenho cara de moça do tempo? - a voz de Ryan ecoou ríspida do banheiro, e logo em seguida, o barulho do chuveiro.

Estavam em seu apartamento, próximo à UAL. Com os preparativos para o primeiro jogo dos Wolves nas classificatórias nacionais, toda a uni estava tensa e ansiosa - afinal, era a primeira vez que conseguiram passar das classificatórias regionais, e a pressão estava alta sobre as costas de Ryan, capitão por dois anos consecutivos. Principalmente ao ter falhado nessa missão no ano anterior, e agora, precisava compensar.

E foi essa justificativa que Louis encontrou para o comportamento rude e drástico do namorado naquele dia - e naquela semana, na verdade. Talvez no relacionamento todo? Tomado pelo excesso de nervosismo e responsabilidade, Ryan estava sendo mais irritadiço e sem paciência que o normal, mas Louis estava aguentando bem, ao que tudo indicava.

Suspirando para a mala, empacotando por ambos a pedido de seu namorado que "não tinha tempo para futilidades como tirar roupas de dentro do guarda-roupa para colocar em uma bolsa", Louis se viu imaginando como seria a outra uni - estava animado para ir à Universidade de Pearson. Antes que pudesse ficar ainda mais empolgado, seu celular apitou com uma nova mensagem. Era Niall.

[Zayn conseguiu trocar de lugar com Jones, acho que vamos ficar no mesmo ônibus]

[yay]

once upon a plug {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora