— Você disse que ele não tinha tatuagem.— falei me afastando de Jimin.

— Espera, — meu secretário olhou para o primo.— Você tem? Vocês... Meu Deus Jimin, você transou com meu che... Noivo! 

Ele vai voltar com esse papo de que eu não transo?

— Desculpa primo, eu transaria de novo.— sua sinceridade por mais "gentil" que fosse, ainda me senti ofendido.

— Eu só não te bato, porque eu confio no meu docinho de coco.— colocou a mão em meu queixo e começou a balançar.

Ele era ótimo fingido. Docinho de coco? Achava que já era o cúmulo chamar de bolinho de arroz, agora eu era docinho de coco.

— Vem Guke, vamos anunciar seu casamento! — a avó maluca e magnata grita trazendo todos os olhares para nós dois. 

Era a hora, o único motivo para terem feito eu entrar num barco, anunciar meu maldito casamento.

O que eu não fazia para manter meu emprego não é?

— Pais, amigos, família...— meu noivo falso passou seu branco pelo meu ombro.

Ótimo, contato físico. Eu odeio contato físico com pessoas indesejáveis, como ele.

— Esse é meu noivo, Kim Taehyung.— sorriu falsamente e eu acompanhei.

A família não parecia chocada com a homossexualidade do filho, nem um pouco, eles estavam comemorando que o pequeno empreendedor finalmente fosse se casar, ainda mais comigo, porque eu sou a perfeição na carne viva.

Ele é tão sortudo por eu tê-lo escolhido, né?

— E me conta, como foi o pedido? — a senhora pergunta.

Nossos sorrisos congelaram com aquela pergunta, não tínhamos pensado em um pedido.

Ele começou a falar meio enrolado, mas eu logo cortei. Aquela seria a minha vingança por ter me feito entrar num barco, andar de avião e segurar aquela cabeça em meu ombro por horas.

— Eu adoraria contar para vocês.— sorri largamente.— Ele me ligou em uma noite, dizendo que eu deveria ir para um certo número no hotel, em um certo horário.

Foi ouvido um "hmmmmm" coletivo da família.

— Quando eu entrei no quarto, foi tudo bem clichê, luz de velas, rosas, varias fotos nossas espalhadas pelo quarto e então, ele ajoelhado na cama.— fiz meu melhor olhar nostálgico.— Vários corações picadinhos cortados a mão e quando ele abriu a caixa tinha uma linda e bela...

— Nada.— Jungkook me interrompeu.— Pois é, sem aliança.

Todos tentaram assimilar a ideia de que não havia aliança, para uma família rica é um absurdo não ter um anel de diamantes no meu dedo, bom, pra mim também é.

— Eu exijo um anel! — minha futura sogra fala incrédula.

— Eu também exijo! — foi a vez da avó.

— Viu, elas exigem...— sussurrei vitorioso em seu ouvido.

O olhar mortal que ele me deu foi até engraçado, ele tinha futuro no ramo, mas não chegava aos meus pés.

— Tá, agora beija! — a vovó caduca bate palmas.

Claro, esqueci que casais se beijam.

Eu não queria beija-lo, ele muito menos.

Às vezes me sentia atacado pela forma como ele demonstrava sua surpresa por eu simplesmente ser um humano, não o julgava por certas coisas, ele apenas me conhecia profissionalmente, mas Jeon reagia de forma exagerada.

Lovely Lie! || TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora