- Jeongguk-ah? Alguma coisa aconteceu? – Henry perguntou, logo estranhando a expressão vazia do príncipe de Busan. – Nós precisamos descer. Mesmo que tenham soldados na porta, eles não resistirão por muito tempo, certo? – disse, consternado. Diante do silêncio do outro, o chinês enrijeceu. – Por favor, diga algo. Não me deixe nervoso, Jeon.

- Você não vai lutar, Henry. Você vai embora – Jeongguk disse simples e um ponto de interrogação surgiu na mente do mais velho, que devido a grande expressão confusa, logo recebeu uma explicação. – Você corre o risco de morrer aqui, assim como todos nós corremos. Então, eu providenciei rapidamente alguém que te leve para Zhengzhou. Você vai ser escoltado em segurança até a casa de Lia, tudo o que precisa é dizer exatamente qual o caminho. Aqui, irei forjar a sua morte. Seu pai não poderá atrapalhar um filho que tecnicamente está morto, certo? – perguntou e Henry fora arregalando os olhos cada vez mais a cada frase dita pelo mais novo. – Preciso que deixe algo seu comigo para que eu envie ao seu pai ao fim da Rebelião, simbolizando a sua morte. Inventarem os alguma desculpa para não enviar seu corpo falecido até ele.

- Jeongguk, isso-

- Eu sei que é repentino demais e eu simplesmente tomei essa decisão sem te avisar nem pedir sua opinião, hyung. Mas é a única forma que temos de te deixar ir sem levantar suspeitas, e eu simplesmente não posso deixar que você morra aqui. Ao que me parece, você é a única esperança do seu reino, é a única pessoa que dá forças aos seus súditos. Precisa ficar vivo pelo seu povo e pela sua família – Jeongguk disse e segurou o ombro de Henry. – Você irá em um pequeno barco. Cerca de três soldados a paisana estarão te acompanhando, mas não irão colados em você. Você terá seu próprio quarto, pode descansar tranquilamente e manter sua privacidade. Deixei tudo pronto pra que você viaje seguro e confortável. Vá com Lia e seu filho, Henry. Eles precisam de você.

Os olhos de Henry foram lacrimejando rapidamente, e antes que a primeira lágrima caísse, o alfa lúpus abraçou Jeongguk com força e teve o gesto de afeto retribuído na mesma intensidade. Por mais que o abraço tivesse sido bastante rápido, foi possível sentir os milhares de agradecimentos que o chinês gostaria de dar ao outro, mas era incapaz de exprimir somente em palavras. Os dois se separaram e o mais velho correu para dentro do quarto. Jogou suas roupas de maneira desajeitada dentro de uma bolsa qualquer e logo apareceu novamente na frente de Jeongguk, nervoso. Estava a ponto de explodir de ansiedade, mas sorriu mesmo assim e segurou o braço do ômega lúpus.

- Não temos tempo, certo? – Henry disse com a voz levemente trêmula pelo choro. Jeongguk sorriu e apenas acenou em concordância. – Diga a Jimin que ele foi um bom amigo e que eu voltarei para vê-lo sendo coroado príncipe. E quanto a você... – fez uma pausa e sorriu grandemente, ainda emocionado pela atitude do mais novo. – Você é um anjo, Jeongguk. Será um rei impressionante no futuro – disse e então um soldado chegou perto dos dois para levar o chinês até o caminho que o levaria até o barco. – Até mais, Majestade.

Quando Henry deu as costas e seguiu adiante, Jeongguk sorriu e voltou a seguir seu caminho. Desceu as escadas e seguiu até o salão principal que estava cheio de gente. Ao longe, viu Jimin, com os cabelos presos e levemente bagunçados nas laterais. Yerin estava ao lado da mãe, Sandara – mulher que praticamente criou Jeongguk – e os outros selecionados estavam perto de Taehyung, apenas esperando que alguma coisa acontecesse. Ouviu-se primeiramente um tiro. Por mais que o tiro tivesse sido repentino e que ao menos alguém ali dentro devesse ter se assustado, o salão continuou silencioso. Todos estavam tensos demais para de assustar em com algo tão óbvio. As vidraças altas que rodeavam o salão se iluminaram e então, se quebraram.

Foi naquele momento que Jeongguk se assustou. Aquelas vidraças eram altas demais para que fossem quebradas por ação humana – ao menos do lado de fora. Então pôde-se ouvir um som fino, de metal deslizando em corda, e um a um, os antigos selecionados foram entrando. Naquele momento foram ouvidos ofegos surpresos, já que não era possível que aqueles garotos soubessem que naquele dia haveria um ataque. O príncipe prosseguiu chocado, olhando para cima e vendo os dezoito alfas lúpus deslizando para dentro do castelo com ajuda de cordas, e mesmo quando um dos homens parou bem ao lado do ômega, este não desmanchou a expressão surpresa e confusa.

CASTA 6 • pjm + jjkМесто, где живут истории. Откройте их для себя