RUNAWAY - Byun Baekhyun

Cap 2!

Pensa Baekhyun, pensa.

A verdade é que o Byun já havia perdido a conta de quantas vezes havia ficado nervoso só naquela manhã, mas definitivamente, a notícia de que talvez estivesse transportando uma criminosa no seu carro, tinha o deixado um misto de emoções incluindo o nervosismo, medo, e raiva. Raiva de si mesmo, por não ter olhado o jornal, e aceitado a corrida mais louca de sua vida.

Definitivamente ele precisava pensar em como iria sair daquela situação, só de se imaginar na cadeia como cúmplice de uma criminosa, isso o já lhe dava calafrios.

Byun Baekhyun, você se ferrou, muito. Pensou.

— O quê!? Hyung! Você tem que se livrar dela, meu Deus você deve estar correndo perigo agora.

— Chanyeol, calma, eu vou... pensar em algo. — Falou baixo, e continuou a avançar na pista, para que a garota não desconfiasse.

— Olha hyung, você só é alguns anos mais velho que eu e mesmo assim é mais imprudente... Vou ligar para a polícia agora.

— O que? Ficou louco garoto, e se eu for preso como cúmplice? — Falou, e a garota levantou o olhar para o mesmo, que apenas sorriu e acenou para ela.

— Claro que não, diga que, sei lá... você foi ameaçado. Ela está armada?

Baekhyun olhou de relance para a moça e também para a sua mochila, mas ela não parecia estar segurando nada tão letal, ao menos que estivesse escondido.

— Eu acho que não, me diga Chanyeol, qual crime ela cometeu? — Sussurrou a última parte, e por sua sorte a mesma estava muito distraída olhando para trás.

— Ela...

E a voz de Chanyeol desapareceu, Baekhyun olhou para a tela do celular e percebeu que o mesmo estava desligando ao descarregar. Droga.

Abrindo o porta luvas, Baekhyun vasculhou atrás de seu carregador e perceber que naquele dia em específico, havia o esquecido em casa. Sua maré de azar estava apenas começado.

— Com licença... — Falou, chamando a atenção da moça. — Você por acaso tem um carregador? Meu celular descarregou.

A menina o olhou desconfiado e negou após dar uma vasculhada em sua mochila, e então o rapaz se deixou cair para trás e pensar no que faria, agora estava preso em um carro com uma criminosa e nem sabia como iria ligar para a polícia, definitivamente ele precisava se livrar dela.

— Escuta, acho que não vou poder lhe levar até lá. — Falou, e fechou os olhos enquanto encostava sua cabeça no assento. — É loucura, tente ir de trem.

— O que? Mas eu vou lhe pagar! — Protestou a mesma, e se aproximou de Baekhyun, fazendo o mesmo se esquivar por instinto e encostar suas costas na porta, o medo de que a mesma estivesse armada era a única coisa que sentia. — Escuta, eu preciso que você me leve até lá.

— E porque eu faria isso, nem temos uma relação, você é desconhecida para mim. — Disse, tentando esconder quaisquer resquícios de medo que tinha em seu rosto. E então a garota mordeu os lábios, fazendo ele desviar um pouco o olhar para o local, e depois voltar ao seus olhos.

— Kang... Kang Seulgi. — Respondeu.

— O que? — Perguntou, confuso.

— O meu nome.

— O que que tem? — Questionou, ainda confuso, e a garota bufou e revirou os olhos.

— O meu nome é Kang Seulgi.

Por um momento Baekhyun riu, e depois percebeu que a garota falava sério.

— Legal. O que eu faço com essa informação? — Perguntou, e a garota o olhou como se quisesse fuzilá-lo com o olhar, e assim Baekhyun cruzou os braços e continuou a encarado.

— Você falou que não iria me ajudar porque não me conhece, agora você sabe o nome... Pode me ajudar? — Falou, e ele quase sorriu, poderia uma criminosa ser tão... Fofa? Droga Baekhyun você não pode achar ela atraente, você está correndo perigo com ela aí.

— Hm... Não.

— O quê? Escuta aqui moço, você precisa me ajudar, por favor, eu estou lhe implorando, não vou conseguir sair de Seul desse jeito. — Suplicou, e seus olhos começaram a encher de lágrimas, fazendo Baekhyun descruzar os braços e levar sua mão por impulso até o rosto dela, secando uma lágrima que havia escorregado, e logo recolheu sua mão.

O que ele estava fazendo? Deveria entregá-la para a polícia, e não secar suas lágrimas ou se comover. Mas de alguma maneira, Baekhyun não conseguia fazer isso, ele não iria conseguir entregar a garota à polícia.

— Olha Seulgi, eu lhe levo até Busan, contando que você me responda tudo o que eu perguntar, está bem? — Falou, e a garota o encarou, ainda com os olhos vermelhos e assentiu para o mesmo, voltando a se sentar no banco de trás.

Baekhyun pôs o seu cinto novamente, e deu a meia volta indo em direção a avenida principal, para que assim pudesse seguir viagem até Busan. Era a maior loucura que estava fazendo, mas definitivamente ele não iria deixar Seulgi nas mãos da polícia, ele sentia que deveria proteger, mesmo que ela seja uma estranha.

— Meu nome é, Kang Seulgi — Começou, enquanto colocava o seu cinto, e então Baekhyun a olhou pelo retrovisor para lhe encarar, e percebeu que a mesma estava lhe olhando por ali também. — Eu tenho 24 anos.

— Meu irmão mais novo tem a sua idade. — Falou baixinho, e então a garota sorriu.

— E você deve estar sabendo que estou foragida, não é? — Perguntou Seulgi, dessa vez mais séria, e Baekhyun desfez seu sorriso e assentiu. — Eu cometi um crime de legítima defesa, e por isso estou fugindo, não quero ir para a cadeia, e em Busan mora alguém que pode me proteger.

— Quem?

— Eu... Não posso lhe falar isso, mas você tem que me ajudar! — Respondeu e mordeu o lábio inferior novamente, ela deveria fazer isso quando ficava nervosa, pensou Baekhyun.

— Eu sei, já entendi. E estou te ajudando, mas você precisa cooperar também. — Disse, antes do carro ficar em um silêncio completo e então Baekhyun ligou o rádio, para que pudesse quebrar o silêncio de alguma forma.

" voltamos com mais informações sobre o caso da criminosa foragida, a polícia está bloqueando as principais vias de acesso às avenidas e fazendo uma fiscalização..." Disse o jornalista da rádio, e então Baekhyun levantou o olhar para a avenida a sua frente e percebeu que a polícia estava fazendo uma vistoria em todos os carros, e agora não havia como fugir.

— Seulgi? — Chamou, sem tirar os olhos dos policiais a sua frente.

— Sim? — Perguntou, olhando para o rapaz curiosa.

— Espero que você seja boa com mentiras.