capítulo dez

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Rey é acordada pelo vento jogando areia quente em seu rosto.

Ela tenta rolar de barriga para cima porém o corpo de Ben pressionado contra suas costas a impede, outra rajada de vento passa pelo deserto levando-a engasgar com a areia.

- Merda!

Rey se pôs de pé em um pulo, cuspindo areia.

O Sol do início da manhã queima a pele onde sua túnica não alcança. Rey geme da dor muscular por todo seu corpo, dormir sobre a areia dura não é nada benéfico para seu corpo.

Ben parece estar ainda pior, ele se senta e sacode o cabelo como um maldito cachorro  livrando-se da areia.

Não que vá ajudar em alguma coisas, ela está por todo lado.

- Odeio areia - resmunga.

Rey pega o cantil de água, derramando um pouco do conteúdo na mão jogando-a no rosto, para aliviar um pouco da ardência em sua visão e pele irritada.

Ela bebe alguns goles a mais e passa o cantil a Ben.

Ele faz o mesmo que ela, todavia Rey não confia muito que um pouco de água aliviará a pele irritada dele. Seu rosto normalmente pálido - acostumado ao ar reciclado de naves da primeira ordem - agora está levemente vermelho e provavelmente quente ao toque.

Ele xinga quando a água bate em seu rosto, a mão arenosa subindo para esfregar a queimadura.

- Não faça..-

- Porra!

- Isso - terminou

Ele jogou mais água no rosto e Rey foi rápida em tirar o cantil de sua mão antes que acabasse com toda sua água 

Ela desfez o nó da mochila e tirou uma de suas tiras que usava para prender os seios indo até Ben,  pegando seu queixo entre as mãos para o puxa-ló a sua altura. Ele resmungou mas se abaixou.

Rey usou o tecido suave e maleável para bloquear o sol de seu rosto, como ela usava em Jakku.

Ele fica estranhamente engraçado apenas com os olhos e um tufo de cabelo para fora do tecido.

- Melhor?

- Ainda dói

- Não seja um bebê

Ela não pode ver sua expressão, todavia seus olhos suavizaram em um marrom chocolate.

Rey desviou os olhos rapidamente

Eles quebram o jejum com as rações que Ben tem em sua mochila, comendo em silêncio enquanto o deserto desperta ao redor deles.

Rey usa sua túnica reserva para enrolar e proteger seu próprio rosto contra o sol - amaldiçoando a si mesma por não lembrar de fazer isso no dia anterior - seguindo Ben.

É pelo menos outras duas horas de caminhada, no silêncio mortal do deserto. Ambos muito doloridos e irritados para manter um conversa.

O queixo dela cai no chão quando eles finalmente chegam ao seu destino - ela nem precisa perguntar se esse é mesmo o local, seu corpo inteiro parece acalentado pela força.

É tão antinatural e aos menos magnífico como o deserto cede de repente a uma área arborizada.  O mar de areia sendo substituído por um matagal baixo quase como grama

Árvores altas e robustas ladeando uma grande caverna negra como o noite. O ar é carregado com vida,  faz todos seus sentidos zumbirem com a força.

Can you feel my heart?Where stories live. Discover now