-Boa noite, senhoritas – cumprimento as duas mulheres paradas em minha frente.

-Boa noite, Sr.Parker – ambas respondem.

Percebo o desconforto de Marjorie e aperto mais minha mão em sua cintura, a prendendo mais em mim.

-Fiquem à vontade.

-Obrigada Sr.Parker, sua casa é linda – Rubi diz admirada, olhando tudo com brilho nos olhos.

-Agradeço o elogio, mas nossa casa não é está.

-Perdoe a, Rubi ainda não teve tempo de conhecer, mas tenho certeza que não faltará oportunidades! – Marion intervém.

-Sim – Marjorie responde.

-Venha querida, vamos nos sentar – Peter chama sua acompanhante, direcionando as para uma mesa.

Olho eles se afastarem e viro Marjorie em minha frente, a abraçando em seguida.

-Me solta! – pede rindo.

Descobri recentemente que Marjorie sente muita vergonha em demonstrar atos de carinho em público. Desde então uso isso como arma. 

-Não – respondo beijando sua testa – Não até você me chamar de "vida", já faz algum tempo que não me chama assim... – ela suspira sorrindo no final.

-Vida, pode me soltar, por favor?

-Quase, só falta um beijinho amor, vai lá, você consegue!

Marjorie levanta seus pés e abaixo minha cabeça para facilitar que vença a diferença de altura, ela beija minha bochecha e aproveita para soltar meus braços do seu redor e se afastar, rio.

Enquanto Marjorie volta a conversar com os convidados sigo para o bar, a procura de mais um copo.

-Que infeliz coincidência – ouço a voz de Peter atrás de mim.

Me viro e passo a encara-lo, enquanto pega um copo e se serve de uma bebida adocicada.

-O que você está fazendo com ela? – pergunto por fim, cansado de seus jogos.

Já teve uma época em nossa infância que fomos bons amigos.

-Não é óbvio? – pergunta ao se encostar no balcão – Te provocar.

-Sério que você não cansa dessa implicância besta de faculdade? – ele dá de ombros.

-Aí meu trabalho perderá a graça – rio.

-Não terá como ter graça se estiver demitido.

-Você não é louco de demitir seu melhor funcionário – diz convencido.

Realmente Peter é muito empenhado em tudo que faz, não me deixa espaço pra reclamações.

-Fica esperto – aconselho apontando o copo em direção a Rubi.

-Está brincando? – ele ri – O interesse está estampado na cara dela, mas você sabe como sou, gosto de brincar.

-Boa diversão! – digo ao ingerir o resto de bebida que havia em meu recipiente e deixa-lo sobre o bar.

Olho ao redor, Marjorie permanece entretida na roda de conversa com as amigas da minha mãe. E Megan Ivy está dormindo no carrinho ao lado da vó.

Viro para o corredor e entro no banheiro, preciso me aliviar.


-Adam, podemos conversar um minuto? – Marion me surpreende no corredor.

Olho para os lados pensando em uma desculpa, não encontro nenhuma para negar seu pedido, assinto.

Do terno à mamadeiraWhere stories live. Discover now