7•Capitulo.

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Cauê narrando.

Deixei tudo organizado pra chegada dela..
as paradas que ela gosta na nossa casa, roupa nova e uns bagulho legal...

Eu esperava que ela pelo menos ia atender minha ligação, eu sei que ela tá boladona, mas eu tenho que ter meu espaço pra se explicar.

Vejo ela de longe dentro do carro do irmão dela; cabelão preto, linda pra caralho minha mulher.
Ela balança o cabelo e me reprova com o olhar, como sempre fez.
Me arrepio na hora.
Ela mexe comigo.

Espero ela descer do carro depois que mandei, mas sem sucesso.

Tiro capacete puto e desço da moto, indo em direção a janela do lado dela.
O Daniel desce do carro e entra na minha frente.
Encaro ele!

Daniel é um cara maneiro, mas acho bom ele começar a ficar na dele quando o assunto for eu e a Bianca.
Nos ficou junto foi anos, não meses.
Eu conheço ela de cabo a rabo. E ninguém tem que se meter nisso.

Daniel: fica de boa, Cauê... mais tarde vocês conversa, ela so vai jantar comigo e com a minha mãe e eu deixo ela em casa.. - Encaro ele feio, ele devolve o olhar mas não da mesma forma. -Pode confiar, vou deixar ela lá na casa de vocês. Só não estraga esse momento dela, moro? É importante! -Olho pra ela dentro do carro e a mesma tá mexendo no celular que eu dei e rindo pra tela..
Olha que filha da puta...
Eu aqui boladão e ela como? RAM... toda foda-se!

Coloco o capacete e subo na moto, olho pra trás enxergando ela pelo visor, ela me olhava também, acelero e saio cortando de giro, deixando fumaça pra traz.

Revoltado!

Entro em casa e a Luana tá em pé na cozinha, sinto o cheiro de comida e ela em encara de longe..

Ela sabe que a liberdade da Bianca cantou...
não conversamos ainda sobre o assunto, mas ela sempre soube que quando isso acontecesse eu não ficaria mais aqui!

Gratidão pelo o que ela fez esses anos, mas em coração de vagabundo ninguém manda.

Subo pro quarto sem falar nada e começo separar umas bermudas e camisetas, jogo dentro de uma mochila e taco meus frascos de perfumes dentro também.

Luana: vai dormir com ela?! -Pergunta, séria.

Cauê: qual é o sentido da sua pergunta?! -Fico de frente pra mesma.
Olho pro espelho atrás dela e arrumo meu cabelo arrepiando pra cima.
Sem olhar pra ela.

Luana: eu só quero saber, se você vai dormir com ela hoje Cauê, é simples a pergunta e a resposta também. -Me encara.

Cauê: eu vou embora Luana, vou voltar pra minha casa... essa aqui vai ficar pra você, pode ficar tranquila. -termino de falar e viro pra pegar mais algumas coisas no armário.

Luana: o que eu vou fazer na porra dessa casa sozinha? Isso não vale de nada sem você! -Fala irritada, mas sem gritar.

Nosso diálogo sempre é assim.
Se gritar é pior.
Ela sabe quem eu sou!

Firmo meus olhos nela, e ela ja começa chorar..
balanço a cabeça e ela se aproxima me abraçando..

Cauê: Luana... -Falo como reprovação.

Luana: eu sei que esse foi o combinado, mas eu te amo.. esses anos pra mim não foi uma farsa, você pode ficar com ela.. mas não me abandona, eu aceito o que for pra tá contigo.. -Diz secando as lágrimas e eu fico calado. -Você vai voltar a conviver com ela, vai ver que ela não é a mesma, eu te dou esse tempo pra escolher se é ela mesmo que tu quer contigo..

Não vou dizer que não gosto dela.
Sinto um carinho.
Mas nada comparado ao que eu sinto pela Bianca.
A Luana me ajudou muito esses anos, querendo ou não as palavras dela me balança.

Eu preciso conversar com a Bianca, só assim pra eu saber qual caminhada seguir..

Recebo uma mensagem do Daniel avisando que deixou ela em casa.

Coração até acelera

Pego minhas coisas e meto pé.

Deixando a Luana sem respostas.

Fazer o que?!

                  Luana.

                  Luana

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Que caia as grades - Liberdade.Where stories live. Discover now