5• Capitulo.

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Bianca narrando.

Escuto o som tocar no Rádio da cela, sertanejo...

Nem sei qual é as moda de hoje de funk, mas sei vários pagode e sertanejo, aqui passa toda hora, mesmas músicas.
Sofrencia daquelas...

Meu jumbo chegou, peguei o que eu queria e dividi o resto com as meninas.
Elas são tranquilas, mas não pra ser amigas, só pra suportar conviver!

nunca fui de ter muitas amigas.
Muito mulher junta ñ dá certo!

Pego minhas folhas pra escrever uma carta pro meu irmão, leio novamente a que ele me mandou..
penso é repenso bem o que eu posso falar pra ele..

Escuto um barulho do agente batendo na gaiola do raio, com um papel na mão.
Do jeito que eu tava deitada na cela, eu fiquei..
As meninas levantaram e grudaram na grade da cela, vendo o agente de longe na entrada do raio.

Agente: Liberdade- Gritou, minha mão suou e eu levantei a cabaça pra olhar, mas as meninas me atrapalhavam, n dava pra enxergar direito, deitei de novo e o agente continuou a falar.. - Liberdade pra matrícula: 072453***

Meu corpo suou.. minhas mãos tremeu.
Levantei e fui até lá.

Bianca: é sério? É verdade isso? -pergunto depois de ter ouvido minha matrícula sendo citada,  com os olhos vermelhos, segurando o choro.

Agente: pega suas coisas, em 10 minutos voce tá saindo. Anda garota! -virou as costas e eu corri pra cela.

Sorrindo..

Vejo as meninas sorrirem também.
Liberdade é o sonho de qualquer uma e ficamos feliz quando se realiza com uma de nós..
traz esperança!

Vou até o banheiro, tomo uma ducha, lavo o cabelo..
saio e passo hidratante no corpo e visto uma legging preta com uma blusa comprida branca.
Pego todas as minhas coisas de necessidade, as cartas que recebi, fotos, o resto deixei tudo pra quem quis, roupa, comida, travesseiro, coberta!
Elas vão precisar mais que eu.

Fui pra gaiola esperando o agente abrir, passou alguns minutos e escuto o barulho da grade bater, ultrapassei a mesma e quando eu menos esperei já estava no último portão pra vê a rua..

Meu estômago embrulhou, senti vontade de vomitar, mas ao mesmo tempo queria correr, meus olhos apertados e as lágrimas caindo..
atravessei o último portão e de longe vi um carro parado...
Minha visão detectou.. meu irmão me olhando, que saudades eu senti dele.. 4 anos sem o vê!
Antes de qualquer reação, fui impactada com um abraço que me tirou do chão..Minha mãe.
Família!

Que paz, obrigada por esse momento senhor!
A minha vez chegou.

Que caia as grades - Liberdade.Where stories live. Discover now