Surfando no Amor : Parte II (Binuel)

Capítulo 14 - Descobertas, ou quase descobertas

Ilha San Clement, Casa dos Gutierrez

Paula: Você demorou!

Antônio: Não podia me apressar com uma assunto desses.

Paula: Talvez devemos deixar isso para trás.

Antônio: Não quer se vingar dos Urquiza, o nosso filho morreu por culpa deles.

Paula: Eu sei... Vou atrás da Ana, preciso que ela limpe o banheiro. (saindo)

Alex: A mamãe não sabe?

Antônio: De quê?

Alex: Que foi você que mandou o Lucas trapacear com a Helena.

Antônio: Alex, fala baixo.

Alex: Por que não contou para ela?

Antônio: Esse não é o ponto agora.

Alex: Mas eu quero saber o porquê.

Antônio: Não lhe convém.

Alex: Como não me convém? Eu estou te ajudando, pai.

Antônio: A sua mãe é muito sensível com essas coisas, já você me entende. Por isso eu não contei. Agora podemos falar do Manuel?

Alex: É só o que temos falado ultimamente. Ah, gostou da minha atuação? Pareceu muito que eu ia...

Antônio: Na verdade, o Manuel teve dúvidas. Se ele teve dúvidas é porque não foi tão bom assim.

Alex: Nunca elogia o que eu faço.

De repente, escutam um batido na porta e os dois se viram.

Antônio: Quem será? (indo até a porta)

Alex: (tomando a sua frente) Não, não vai. (olha pelo olho mágico) É o Victor.

Antônio: (sussurando) Ele descobriu que estamos aqui?

Alex: Ele viu a mamãe e tivermos que inventar uma desculpa.

Antônio: É melhor vocês atenderem, estarei no porão quando terminarem.

Assim que o Gutierrez mais velho some no corredor, Alex respira fundo antes de abrir a porta.

Alex: Fala irmãozinho. O que veio fazer aqui dessa vez?

Victor: (empurrando sua cadeira pra entrar) Estava na ilha e resolvi vim ver vocês.

Alex: (fechando a porta) Também te amo.

Paula: Victor, você aqui de novo?

Victor: Não querem que eu venha aqui? Os dois fazem sempre a mesma pergunta.

Paula: Claro que queremos, filho. Mas sempre é uma surpresa depois de tudo o que aconteceu.

Victor: Sei. A Ana está por ai?

Alex e Paula se olham apreensivos.

Paula: Como assim? O que você quer com a Ana?

Victor: Na verdade, eu vim aqui porque quero perguntar uma coisa para vocês.

Alex: (sentando no braço do sofá) Qual é a pergunta?

Victor: Da outra vez que eu vim, eu esbarrei nela, a empregada de vocês, e acabei vendo que ela segurava um colar muito parecido com o que a Helena usava.

Alex: Não entendi. Qual é o problema? Existem colares iguais no mundo.

Victor: Não como aquele, era um símbolo da família Urquiza. (o argentino e sua mãe se olham de novo)