Capítulo 2

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Eloá

Depois daquele dia, passamos a nos ver com mais frequência, todo dia ele me buscava depois da escola, pra gente passar a tarde juntos.

Era tão bom ficar com ele, ele se importava comigo, era carinhoso, as vezes dava os surtos dele, mas nunca deu em nada.

Se passaram 5 meses, e a gente ainda estamos  juntos, era tão bom saber que ele era meu. Nunca fiquei sabendo que ele ficou com outra mulher, mas ainda me sinto muito insegura.

Nos bailes mesmo, as minas jogando  firme pra ele, eu ficava puta, mas não falava nada. E nem poderia falar, era tudo no sigilo prós outros. A postura dele era a mesma, não dava confiança, não rendia pra ninguém.

Eu sempre gostei de dançar, de descer até o chão, perdi a minha dignidade real. Mas toda vez que eu começava a dançar ele fechava a cara. No começo eu não ligava, dançava de verdade, nem me importava que ele estava puto.

Mas sempre que a gente  brigava, ele sempre falava o mesmo.

-- Tô na minha postura de homem porra, continuo o mesmo e tu lá rachando a cara, rebolando pra caralho na frente geral igual uma piranha.- eu não falava nada, mas palavras dele me machucava.-- Tu só é solteira pros outros, bota na tua cabeça que tu tem que ter postura caralho, olha a porra da roupa que tu coloca.- ele passou a mão cabelo.-- Porra Eloá...- ele parou de falar quando eu comecei a chorar.

-- Você acha que é fácil pra mim, ver um monte de mulher caindo matando pra cima de você.- respirei fundo.

-- Tu ver eu dando confiança pra elas.- neguei com a cabeça.-- Então é isso que importa, porra preta.-- ele me abraçou.-- Não quero ficar te proibir, só quero que fique na disciplina, tá ligada.- assenti com a cabeça.-- Eu te amo pra caralho.- ele me beijou e quando dei por mim já estava sentando pra ele.

Sim, eu já tinha perdido a virgindade com ele. Não vou entrar em detalhes, mas foi simplesmente maravilhoso como é todas as vezes.

Com tempo eu fui perdendo a graça de dançar nos bailes, as vezes eu nem ia mais.

Meu padrinho começou a estranhar, mas não falava nada, até porque a madrinha que sabia de tudo falava que era só uma fase, que era até bom eu não ficar indo em baile.

Minha madrinha é uma mãezona pra mim, ela sabe de todos os meus segredos. Minhas amigas também sabem.

A Luísa e a Bruna são minhas amigas, a Luísa mora aqui no morro, nos conhecemos desde crianças. Ela é minha melhor amiga, sempre soube da minha paixão pelo Farula, ela sempre me aconselhou a confiar desconfiando.

Quando eu conheci a Bruna, ela não gostou nada. Falou que a Bruna era falsa, muito ciumenta. Ela disse que o santo dela não bateu com o da Bruna.

Eu conheci a  Bruna no baile mesmo, ela morava no Borel. Ela sempre foi uma amigona, sempre me ajudou quando eu ia dá uns perdidos com o Farula.

Quando eu não ia nos baile, minhas amigas ficavam de olho nele por mim, mas nunca tinha nada demais.

Completamos 1 ano juntos, ele me chamou pra viajar. Mas o que  eu ia fazer sem levantar suspeitas do meu padrinho.

—— Como eu vou viajar com ele? – me joguei na cama.

—— Miga já sei, vamos com vocês.– a Bruna falou.

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