Camila liga para sua amiga, Larissa. Mesmo distantes, pois Larissa teve que se mudar para outra cidade depois do surto que sua mãe teve com a ameaça escrita em sangue no hall de entrada, a Camila falava com sua amiga toda semana pelo telefone.
- Sua mãe ficou chocada, né? - falava Camila - por isso se mudaram as pressas.
- Chocada? Ficou apavorada - comentou Larissa - uma ameaça a mim, escrita com sangue na porta de casa. Porque acha que tive que vim para a cidade de meus avós? Minha mãe não quer nem pensar em voltar para aí.
- ok - fiquei sem resposta. Realmente ela tinha razão nessa - Ainda escuto o grito de sua mãe - Camila ria - até que foi cômico.
- Você está bem? Onde tem graça nessa história? Rodrigo apareceu morto no quarto de Bianca, que por sua vez ficou louca. Depois o Guilherme morreu atropelado...
- Nossa, lembro do sangue por toda a rua.
- Uma ameaça escrita para mim com sangue. Sabe a coincidência?
- Que coincidência? Onde pode ter coincidência numa coisas dessas? - Camila perguntava. Pensava que a única coincidência foi tudo isso acontecer depois que invadiram a casa de Catarine.
- Em todas você aparece... Engraçado isso, né?
- Não! - Camila dizia entre dentes. Isso era uma tragédia e isso a lembrava de outra - você soube que a Bianca se matou no hospício? Eu fui visitá-la outro dia e quando fui entrar no hospital onde ela estava internada e vi ela caindo da janela. Ela conseguiu achar uma espécie de punhal e cravou-o em seu peito e ainda se jogou de costas pela janela.
- Olha ai, mais uma que você estava. - comenta Larissa - Mas vamos falar disso, já está me deixando mal - dizia, com voz chorosa.
- Então, mudando de assunto, hoje o correio chegou e deixou um embrulho - abrindo uma caixa - É um espelho de mão - começou a admirar a imagem.
- Quem mandou? - Larissa pergunta com curiosidade.
- Não sei, Não tinha remetente - o dedo de Camila passava na costa do espelho - pera, tem uma coisa gravada nele. Deixa-me ler - ela virou o espelho - É um nome - ela sola o espelho no chão.
Larissa, escutando o barulho pelo telefone pergunta: - O que foi? O que tem escrito?
- Ca... Ca... Catarine
- Pode... pode ser só uma brincadeira de mal gosto né? Não pode ser real - dizia Larissa apavorada.
- É, pode ser um trote - ela pega o espelho do chão - quebrou... e...
Camila ficou muda. Olhou para a imagem refletida no espelho que estava com um corte de cima a baixo, em diagonal e viu uma silhueta parada atrás dela. Virou-se para encarar a silhueta e viu mais vultos. Ela começou a gritar. O telefone caiu no chão e os vultos a cercaram e a sufocaram.
Camila estava morta.
No telefone, Larissa tentava falar: - Amiga, Camila, você está ai? - ela gritava, sua voz demonstrava pânico - você está bem?
A silhueta recolheu o telefone do chão e falou:
- Larissa... É você?
- Quem está falando? Cadê a Camila? - Larissa gelou. Reconhecera a voz grave. A mesma voz que escutou no porão um ano atrás.
- Não importa quem sou eu. Você me conhece. Você ainda não escapou. Sua hora está chegando. Não irá fugir.
O telefone foi desligado. Da linha, só escutava o tu.. tu... tu..
- CAMILA!!!!!
FIM
ŞİMDİ OKUDUĞUN
Catharine
KorkuLenda ou Realidade? O que cerca a misteriosa Catharine e as tragédias que perseguem quem entra em seu caminho. Segue lá no instagram @insonianerd