CAPITULO 6

7 1 2
                                    

Camila liga para sua amiga, Larissa. Mesmo distantes, pois Larissa teve que se mudar para outra cidade depois do surto que sua mãe teve com a ameaça escrita em sangue no hall de entrada, a Camila falava com sua amiga toda semana pelo telefone.

- Sua mãe ficou chocada, né? - falava Camila - por isso se mudaram as pressas.

- Chocada? Ficou apavorada - comentou Larissa - uma ameaça a mim, escrita com sangue na porta de casa. Porque acha que tive que vim para a cidade de meus avós? Minha mãe não quer nem pensar em voltar para aí.

- ok - fiquei sem resposta. Realmente ela tinha razão nessa - Ainda escuto o grito de sua mãe - Camila ria - até que foi cômico.

- Você está bem? Onde tem graça nessa história? Rodrigo apareceu morto no quarto de Bianca, que por sua vez ficou louca. Depois o Guilherme morreu atropelado...

- Nossa, lembro do sangue por toda a rua.

- Uma ameaça escrita para mim com sangue. Sabe a coincidência?

- Que coincidência? Onde pode ter coincidência numa coisas dessas? - Camila perguntava. Pensava que a única coincidência foi tudo isso acontecer depois que invadiram a casa de Catarine.

- Em todas você aparece... Engraçado isso, né?

- Não! - Camila dizia entre dentes. Isso era uma tragédia e isso a lembrava de outra - você soube que a Bianca se matou no hospício? Eu fui visitá-la outro dia e quando fui entrar no hospital onde ela estava internada e vi ela caindo da janela. Ela conseguiu achar uma espécie de punhal e cravou-o em seu peito e ainda se jogou de costas pela janela.

- Olha ai, mais uma que você estava. - comenta Larissa - Mas vamos falar disso, já está me deixando mal - dizia, com voz chorosa.

- Então, mudando de assunto, hoje o correio chegou e deixou um embrulho - abrindo uma caixa - É um espelho de mão - começou a admirar a imagem.

- Quem mandou? - Larissa pergunta com curiosidade.

- Não sei, Não tinha remetente - o dedo de Camila passava na costa do espelho - pera, tem uma coisa gravada nele. Deixa-me ler - ela virou o espelho - É um nome - ela sola o espelho no chão.

Larissa, escutando o barulho pelo telefone pergunta: - O que foi? O que tem escrito?

- Ca... Ca... Catarine

- Pode... pode ser só uma brincadeira de mal gosto né? Não pode ser real - dizia Larissa apavorada.

- É, pode ser um trote - ela pega o espelho do chão - quebrou... e...

Camila ficou muda. Olhou para a imagem refletida no espelho que estava com um corte de cima a baixo, em diagonal e viu uma silhueta parada atrás dela. Virou-se para encarar a silhueta e viu mais vultos. Ela começou a gritar. O telefone caiu no chão e os vultos a cercaram e a sufocaram.

Camila estava morta.

No telefone, Larissa tentava falar: - Amiga, Camila, você está ai? - ela gritava, sua voz demonstrava pânico - você está bem?

A silhueta recolheu o telefone do chão e falou:

- Larissa... É você?

- Quem está falando? Cadê a Camila? - Larissa gelou. Reconhecera a voz grave. A mesma voz que escutou no porão um ano atrás.

- Não importa quem sou eu. Você me conhece. Você ainda não escapou. Sua hora está chegando. Não irá fugir.

O telefone foi desligado. Da linha, só escutava o tu.. tu... tu..

- CAMILA!!!!!

FIM 

CatharineHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin