UM CORAÇÃO QUEBRADO

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Ela abriu a porta de casa lentamente, seus olhos estavam vermelhos, o rosto melancólico, fechou a porta, passou pela sala sem saudar os seus pais que estavam na sala a ver TV, o seu dia não fora um dos melhores. Foi direto para o quarto, fechou a porta lentamente, foi tirando a lentamente a sua roupa, entrou na casa de banho do seu quarto, ligou o chuveiro, enquanto a água tocava o seu corpo, ela chorava de tanta dor, batia forte na parede, o barulho da água abafava os seus gritos, sentou na banheira em silêncio, gritava por dentro, sentia um vazio dentro de si, ela queria desaparecer, para ela o mundo já́ não tinha mais sentido, ela não estava realmente bem.

Durante o banho, o seu telefone tocava sem parar, após sair da casa de banho, encontrou várias chamadas da sua melhor amiga, a Sofia. Sem ânimo secou o corpo, vestiu o pijama e retornou a chamada.

-Boa noite! Sofia! — Já na cama, ligou.
- O que aconteceu? Onde você estava? Paola! Liguei tanto, fiquei preocupada... — Falava sem parar.
- Eu não quero conversar, o meu dia não foi dos melhores, eu quero desaparecer! — Lágrimas ainda caíam dos seus olhos.
- Calma, eu sei que vocês já́ não estão juntos, mas não podes pensar assim, irmã. — Sofia falou suavemente. 
- Sofia, deixa-me! — Berrou Paola.
- Sei que o amavas, mas tens que superar, sei que falar é fácil, mas é o mais certo! — Sua amiga voltou a falar.

Paola fechou os olhos, tentou falar, mas ficou calada por mais um tempo, abriu os olhos, respirou fundo, tomou balanço.

- Não é fácil, eu não entendo o que aconteceu, sabes? Eu não sei onde errei, dei o máximo de mim, fiz tudo para dar certo, eu amei-o, eu só quero ele, ele é tudo para mim, o meu único amor, e o pior de tudo foi a justificação dele. — Disse Paola transtornada.
- Eu sei o quanto o amas, mas se não é recíproco não vale a pena. — Retrucou Sofia.

- Mas foi recíproco e tu sabes melhor do que ninguém, sempre foi recíproco, não consigo entender essa mudança repentina! Eu desisto do amor, estou cansada! — Paola estava triste, não estava no seu melhor.
- Não faz isso, ainda és jovem e tens muito pela frente, relaxa um pouco... — Falou Sofia, uma frase feita, algo que a amiga não precisava naquele momento.

- Não importa, eu desisto! — Bateu forte na cama.

- Por quê desistes? — Sofia insistiu. 

- Eu dei o meu melhor, ainda assim ele terminou comigo, estou totalmente arrependida por tudo que eu fiz por ele! — Atirou ao chão a chávena que ele o havia oferecido, que tinha em suas mãos de tanta raiva e dor.  Sofia ouviu o barulho.

- Minha linda, se acalme, fácil não é, eu sei, já́ senti na pele isso e hoje quando me lembro de tudo que passei eu rio. Não podes arrepender-te por tudo que fizeste, deste o seu melhor, entregaste-te porque julgaste que ele era o homem certo, porque tu o amavas ou amas, por isso, não se precisas se arrepender. — Num tom cuidadoso, Sofia falou para a sua amiga.

- Vou descansar, Sofia, feliz noite! — Desligou a chamada,  não queria ouvir quaisquer conselhos naquele momento.

- Obrigado, Paola, melhoras...— Paola já havia desligado a chamada quando Sofia respondeu


Após desligar a chamada com a sua melhor amiga, Paola, ligou o seu rádio, colocou as músicas da Hasley, Adele e Sia, no quarto todo escuro ela chorava enquanto ouvia às músicas, se lembrava do homem que havia lhe partido o seu coração, o homem que tanto amava. Ouviu durante horas até cair no sono.


Um novo dia nasceu, às ruas estavam cheias de neve, o ar fresco entrava pelas janelas, estavam no inverno, o clima estava agradável, Paola, acordou sem ânimo algum para ir à escola, mas ela sabia que o mundo não havia parado por conta do seu namoro. Paola é uma jovem de 21 anos, negra, com cabelo liso e comprido, o seu corpo é formoso, durante a sua infância e adolescência praticou ginástica, tem 1,70 m de altura, seu rosto é bastante encantadora, filha única, vivia em Los Angeles com os seus Pais, bastante inteligente, está cursando Economia, o seu maior objetivo é acabar com a desigualdade mundial. 

- Paola, acelera aí ou vais acabar por atrasar! — Gritou a sua Mãe aparentemente apressada.
- Já desço, Mãe. — Respondeu Paola correndo.

Paola pegou na mochila, olhou rapidamente ao espelho, saiu ao encontro de sua Mãe, seu Pai já fora ao trabalho.

Durante o percurso a Universidade, Paola estava muito calada por fora a sua mente estava agitada, com um olhar triste, fácil de notar que algo se passava, mas a sua Mãe não se apercebeu que a filha estava aos prantos, que ela estava diferente, Paola normalmente é muito divertida, mas nesse dia estava muita calada, quando chegaram à Universidade ela desceu e deu um até logo para a sua Mãe, e a mesma respondeu igualzinho.



Enquanto caminhava para dentro, Sofia dava passos largos para tentar alcançar sua amiga, Paola não estava mentalmente na escola.

"Paola, Paola, Paola..." Sofia gritava, mas Paola estava fora daquele mundo, ela não escutava nadinha, Paola entrou para a sala de aula, quando estava prestes a sentar, Sofia tocou - lhe nos ombros, virou-se assustada, vendo a amiga, abraçaram – se como se nunca mais tivessem se visto.

Sofia era que nem uma irmã para ela, as duas não tinham irmãos, Sofia vivia com a Mãe, o seu Pai faleceu muito cedo, vítima de um acidente rodoviário quando ela tinha apenas oito anos, Sofia cresceu praticamente com a sua Mãe.
Sofia não era magra, tinha um corpo atraente, 1,68 m de altura, apenas um pouco mais baixinha do que Paola, negra, cabelo cacheado curto, diferente de Paola.

Abraçaram-se durante 5 minutos.

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