Capítulo 10

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Anastasia

Abri os olhos.

Quente, lâmpadas iluminaram o quarto, e eu estava incrivelmente confortável. Detalhe por detalhe, a memória das últimas horas voltando quando acordei, e um olhar debaixo das cobertas confirmou meus medos. Eu estava nua. Não tinha sonhado. Eu realmente deixei Christian fazer essas coisas para mim.

Onde ele estava?

Me sentei na cama, o lençol apertado contra meu corpo nu. Ele deve ter ouvido os meus movimentos, porque um segundo depois, ele apareceu na porta.

— Vou tomar isso como um elogio e que você dormiu muito bem.

Ele encostou-se no batente da porta, com os braços cruzados no peito. Franzi a testa, estranhando o fato de que ele tinha mudado de roupa. Eu não o tinha visto em outra coisa senão vestindo roupa de negócios, mas agora, em moletom, jeans surrados e uma camiseta preta desbotada que se agarrava ao seu corpo bem definido, era um novo tipo de beleza.

— Que horas são? — Perguntei, desorientada pela escuridão e proximidade de Christian.

— Quase meia noite. — Olhei para ele. Estive adormecida por mais de três horas. Oh Deus.

Eu estava em um clube de sexo. Só Deus sabia o que estava acontecendo debaixo de mim.

— Christian. Isso está errado. Eu não deveria estar aqui. — Minha voz saiu mais rouca do que eu esperava. Ele balançou a cabeça e desapareceu por alguns segundos, em seguida, retornou com uma bandeja. Ele colocou-a sobre a cama ao meu lado, em seguida, sentou-se ao meu lado.

— Coma. Você deve estar com fome. — Olhei para a variedade de alimentos. Sanduíches delicados. Tigelas de frutas. Trufas de chocolate. Olhei para Christian novamente, perguntando como ele poderia esperar que eu me sentasse lá nua e lanchasse. Eu era sua PA. Ele era meu chefe.

— É assim que você agradece todas as novas funcionárias, Christian? Uma viagem a um clube de sexo, um apalpar rápido, e um sanduíche? Não é muito elegante.

Pretendia ofendê-lo, mas ele apenas riu da minha grosseria.

— Isso não foi um apalpar, Anastasia. Foi um prelúdio.

Estava considerando comer um sanduíche, mas a ideia perdeu sua apelação ante as palavras dele.

— Um prelúdio? — Ele balançou a cabeça e serviu-se de uma cereja da bacia.

— Um prelúdio. — Ele afundou os dentes na pele bronzeada, brilhante da cereja e rasgou a carne, desde o centro. Havia sempre um elemento surpresa em conversas com Christian; ele era tão imprevisível como mercúrio. O observei em silêncio e esperei por mais. — Eu tenho uma proposta para você.

Ele estendeu a mão para outra cereja. Sacudi a cabeça. Onde tinha ido minha realidade? De repente, entendi como Alice se sentiu quando ela caiu na toca do coelho. Alguém tinha me arrancado fora da minha própria vida e deixou-me em uma fantasia? Estava nua em um clube de sexo assistindo um deus grego chupar uma cereja.

Esta não era uma noite de terça-feira normal. Eu não podia falar. Eu não sabia quaisquer palavras apropriadas.

— Fica comigo esta semana. — Opa. Sabia a resposta para essa pergunta.

— O que? Não! — Ele pode ser lindo, mas ele estava claramente louco.

— Dê-me uma boa razão para dizer não. — disse ele, em seguida, deitou ao meu lado na cama e balançava indecentemente outra grande cereja sobre sua boca pelo caule.

Grey PlayWhere stories live. Discover now