Você Não Soube Me Perdoar (Concluído)

Bônus

― Não sabe o quanto estou ansioso para conhecer vocês. Já os amo tanto. ― Sussurra para os bebês, que se mexem ao sentirem o toque do pai. ― Eu também te amo, morena. Obrigado por me dar uma família tão linda. ― Wesley me dá um selinho.

― Temos uma linda e grande família. ― Toco seu rosto. ― Te amo, Wesley.

Durante o trajeto até a maternidade pudemos ver o lindo nascer do sol, cada raio aquecia ainda mais meu coração. O dia está particularmente lindo, sabe aqueles dias que exalaram felicidade? Hoje é um desses dias. O céu incrivelmente azul com pouquíssimas nuvens, parece um daqueles quadros que podemos passar horas apenas observando.

Quando chegamos na maternidade, eu mal conseguia acreditar que hoje seria o dia em que eu conheceria meus tão aguardados bebês. Quando entrei para a sala de parto estava mais nervosa do que nunca, sentia minhas mãos transpirarem, e o Wesley não estava diferente, em alguns momentos cheguei a imaginar que ele iria desmaiar. Mas todo o medo se esvaiu no instante em que ouvi o choro forte de Isadora, naquele momento só havia espaço para felicidade em meu coração.

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Isadora e Vicente surgiram em minha vida como um pequeno presente do universo. Quando falei para o Wes que queria ser mãe novamente não imaginei que iria engravidar de gêmeos pela segunda vez. Quando os vi pela primeira vez através de um ultrassom senti um enorme amor tomar conta de mim, eu sabia que aqueles dois pequenos pontinhos iriam precisar do meu amor, e mesmo sem saber, eu já estava pronta para amá-los de todo meu coração, por mais que ainda fossem dois fetos em formação.

― São tão lindos, mamãe. ― Manuela pega Isadora nos braços, sorrindo para a irmã. ― Acho que estou com vontade de ter mais um bebê, Tom.

― Quando quiser, amor. ― Tom concorda com minha filha, ele também parece estar encantado com nossa pequena Isadora. ― Nossa casa está mesmo precisando de mais uma criança.

― Vou te enxotar daqui, imbecil. ― Wesley rosna para Tom, que apenas dá uma gargalhada alta. ― Manuela, eu jurava que você tinha capacidade de arranjar coisa muito melhor.

― Papai, Tom é um marido incrível, pare de implicar com ele. ― Manuela murmura, ainda brincando com Isadora. ― Acho que vou roubá-la.

― Nem venha, se quer mais um, pode fazer. Esses dois pacotinhos de gordura são apenas meus. Vai ser bem estranho a diferença de idade dos bebês. ― Ajeito a manta em meu menino, entregando a chupeta para ele. ― Raquel é uma tia mais velha que os tios.

― Vamos fechar a fábrica, morena? ― Wesley pergunta, sentando-se ao meu lado na cama, deixando que eu me aconchegue em seus braços.

― Com toda certeza. Já estou velha demais para ter mais um filho. Agora a fábrica está oficialmente fechada. ― Apoia a cabeça no peitoral do meu marido, sentindo sua carícia suave em meu cabelo.

― Então vamos esperar apenas nossos netos. ― Ele concorda, observando Raquel apoiada na cama da maternidade, olhando para nosso menino. ― Não quer se mudar para a casa do vovô, Raquel?

― Não acredito que o senhor está tentando roubar minha filha. Que coisa horrorosa, papai! Não dê ouvidos ao seu avô maluco, Raquel. ― Manu parece horrorizada com o convite do pai para sua filha.

― Soube que dois bebês lindos nasceram esta manhã. ― Luiza cantarola ao entrar no quarto. ― Como está se sentindo, mamãe?

― Estou ótima.

― Que coisinhas lindas! ― Ela se aproxima de Manuela, olhando para nossa princesa. ― Eu acho que quero ter mais dez filhos com o principezinho.

― Por que ele não veio? ― Indago, estranhando o fato de Noah não estar com ela.

― Noah ficou com nossos monstrinhos. É impossível trazer aqueles dois bebês cheios de energia para um hospital. Posso pegá-ló? ― Aponta para Vicente, que está em meus braços. Eu apenas aceno que sim. ― Você é tão bonitinho, parece um pãozinho. Acho que os dois irão se parecer com a mamãe. ― Luiza pega Vicente nos braços, sorrindo para o bebê.

― Luiza, eles são a minha cara. Como não vê uma coisa dessa? ― Wesley pergunta indignado, ainda brincadeira com os fios do meu cabelo. ― Não preciso de mais duas cópias da Evelyn em casa. Imagine mais duas crianças mandando em mim.

― Não faço isso. ― Tento me defender.

― Morena, você é quase um general, dá ordens vinte e quatro horas por dia.

― Está sendo um exagerado, Wes.

Luiza e Manuela passaram a tarde conosco, ambas estavam encantadas com os bebês. Theo chegou no final da tarde e também amou os irmãos, tanto que o peguei conversando com os gêmeos.

Wesley me ajuda a levantar, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, se abaixando para colocar as pantufas nos meus pés. Com uma certa dificuldade, caminho até o berço dos bebês.

Paro ao lado do berço, admirando meus dois anjinhos dormirem profundamente. Toco a mãozinha de Isadora, boba com os pequenos detalhes da minha princesa. Ela agarra meu dedo, deixando a chupeta cair da boca.

Eu não sabia que estava morrendo de saudades de ter um bebê até pegar meus gêmeos nos braços. Sempre amei ser mãe, já brinquei com Wesley diversas vezes sobre termos nascido para sermos pais de no mínimo quinze crianças.

― São perfeitos, né? ― Pergunto assim que Wesley me abraça por trás.

― Acho que estou velho demais, porque estou babando desde que eles nasceram.

Vicente se mexe, fazendo um biquinho, pronto para chorar. O pego rapidamente, com medo que Isadora acabe acordando. Deito o bebê em meu peito, acariciando suas costas.

― Quer mamar, bebê? ― Pergunto beijando a testa do meu filho, indo até a cadeira de amamentação. ― Ele não tem uma linda cara de joelho?

― Ele não tem cara de joelho. ― Arqueio uma sobrancelha. ― Tá bom, talvez tenha um pouquinho, mas não deixa de ser um bebê lindo. Sabe, acho que nasci para ser pai, Evelyn.

― Tenho certeza que sim. Você sempre foi um excelente pai para nossos filhos, tanto que tomei coragem de ter mais dois bebês.

― Você também é uma mãe incrível, não sabe o orgulho que sinto de você, amor. ― Ele beija minha testa, acariciando minha bochecha de forma terna. ― Todos os dias agradeço por tê-la ao meu lado, meu amor. Você não tem noção da alegria que me proporciona desde que nos casamos.

― Pode ser brega, mas somos almas gêmeas.

― O amor é brega, Evy.

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Espero que tenham gostado!💙

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Beijinhos e até o epílogo...😘😘😘