Série Você não soube - Livro VI
Tudo que Luiza não queria era um amor, mas a vida sempre se encarrega de algumas surpresas. Em uma proposta de emprego ela conhece Noah Matarazzo, dono de uma grande rede de joalherias que se estende pelo mundo.
Às...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Ando de um lado para o outro da sala de espera, desesperado por não ter notícias de Luiza há horas. A equipe médica sequer permitiu que eu a acompanhasse, aumentando minha agonia. Direciono o olhar pela milésima vez para o relógio em meu pulso, vendo que não se passou nem um minuto desde a última vez que olhei.
― Noah, se acalme. ― Evelyn toca meu braço.
― Não consigo.
Evelyn me abraça.
― Luiza precisará de você, seja forte. Trate de enxugar essas lágrimas. ― Passa a mão suavemente sobre meu rosto, enxugando-o.
Afasto da minha sogra ao ver uma enfermeira caminhar em nossa direção, indicando o quarto onde Luiza está, pedindo que apenas uma única pessoa a acompanhe. Wesley indica com um olhar para que eu vá. Agradeço com um sorriso fraco, seguindo a enfermeira até o quarto onde minha noiva está, sentindo meu coração bater freneticamente. Ao abrir a porta sorrio fraco para Luiza que está deitada na cama completamente pálida, um indicativo que perdeu bastante sangue. Aproximo dela a passos largos, beijando sua testa. Essa maluca e os bebês são a minha vida, não saberia como viver sem eles. Chega a ser estranho, como amar tanta duas pessoas que você sequer já viu? Nem eu sei a resposta. A única coisa que sei é que os amo desde que soube que seria pai.
― Oi, amor. ― Sento ao lado da cama, segurando sua mão. ― Como está se sentindo?
― Como os bebês estão, Noah? Eles estão bem? ― Tenta se sentar na cama, mas acaba desistindo fazendo uma careta de dor.
― O médico irá vir conversar conosco daqui alguns minutos. Fique quieta, Luiza. ― Deito a cabeça em sua barriga, distribuindo beijos pela mesma. ― Vocês podem ficar mais alguns meses dentro da mamãe. ― Digo para os nossos sapecas.
O obstetra responsável por Luiza entra no quarto com seu típico semblante neutro, não demonstrando nenhum sentimento. Depois de examinar minha noiva ele começa a nos explicar o que aconteceu com ela. Infelizmente Luiza teve um descolamento de placenta, o que provocou as dores e o sangramento. Os bebês serão monitorados diariamente, caso seja necessário será feita uma cesária de emergência, o que obviamente é nossa última opção. Luiza permanecerá no hospital por tempo indeterminado em um repouso absoluto.
Acaricio o cabelo da minha noiva até que ela adormeça, por sorte Luiza deixou o cansaço a vencer. Durante toda madrugada não consegui dormir nem por alguns minutos, optei por ficar de olho na Luiza, com medo que algo acontecesse.
― Bom dia, meu amor! ― Beijo sua testa, entregando a bandeja com seu café da manhã. Ela olha para comida deixando claro em sua expressão que não está nada satisfeita com o cardápio. Não temos muito tempo de convivência, mas já sei muito sobre Luiza, no seu olhar consigo todas as respostas que desejo. ― Como está se sentindo?
