Capítulo 2 - A carta

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– Célia – disse tio Palomir sentando-se a mesa, cansado

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– Célia – disse tio Palomir sentando-se a mesa, cansado. – Vamos desistir, ela já deve estar bem longe, fora da cidade, não vamos encontrá-la.

– Palomir – disse tia Célia. – Se fôssemos um de nós, ela não desistiria.

– Mas, a cidade toda já vasculhou em cada canto – continuou tio Palomir. – Não encontramos nenhum rastro. Verificamos cada um dos locais onde ela costumava ir.

– Anne me disse que talvez saiba por que ela fugiu – disse tia Célia.

– E qual foi o motivo? – perguntou tio Palomir.

– O motivo mais óbvio era porque ela não queria se casar – começou tia Célia. – E além desse, ela conhecia outra pessoa. Gostava de outra pessoa, Anne acha que ela fugiu com esse rapaz.

– E quem é esse rapaz? – perguntou tio Palomir nervoso.

– Não sei, nem Anne sabe – disse tia Célia. – Ela disse que era de boa família, mas não tenho certeza.

Um barulho do lado de fora da casa interrompeu a conversa. Eles não receberiam visitas naquele dia, então quem poderia ser uma hora dessas? Será que alguém descobrira algo sobre Aria e tivesse ido até lá dar a notícia?

– Senhor Palomir? – gritou alguém.

Tio Palomir levantou-se e foi até a porta. Havia um homem a cavalo, vestindo uma túnica verde com o escudo real, ele usava uma bolsa de couro pendurada ao ombro. Era um mensageiro. Para um mensageiro real bater a porta de alguém, boa notícia não era. Tio Palomir ficou preocupado.

– Palomir sou eu!

– Tenho uma carta para o senhor – disse o mensageiro. – É importante.

– Por que o rei me mandaria uma carta? – perguntou tio Palomir. – Ainda mais importante?

– A carta não é do rei – disse o mensageiro.

– E de quem é então? – perguntou tio Palomir.

O mensageiro abriu a bolsa e pegou um pergaminho enrolado, envolto por uma fita verde com o brasão real e entregou a tio Palomir. Tia Célia também saiu para ver o que estava acontecendo. Tio Palomir sentiu a mão tremer ao pegar a carta.

– Obrigado! – disse tio Palomir.

O mensageiro acenou e foi embora.

Tio Palomir e tia Célia entraram em casa e se sentaram lado a lado.

– De quem acha que é carta? – perguntou tio Palomir girando o pergaminho na mão.

– Só saberemos se abrirmos – respondeu tia Célia.

Tio Palomir desamarrou a fita, rompeu o lacre e desenrolou o pergaminho. Havia respingos de tinta por todo o pergaminho onde Aria escrevera.

Meus tios,

Série Guerreira - Livro 2 - AndunëarWhere stories live. Discover now