– Célia – disse tio Palomir sentando-se a mesa, cansado. – Vamos desistir, ela já deve estar bem longe, fora da cidade, não vamos encontrá-la.
– Palomir – disse tia Célia. – Se fôssemos um de nós, ela não desistiria.
– Mas, a cidade toda já vasculhou em cada canto – continuou tio Palomir. – Não encontramos nenhum rastro. Verificamos cada um dos locais onde ela costumava ir.
– Anne me disse que talvez saiba por que ela fugiu – disse tia Célia.
– E qual foi o motivo? – perguntou tio Palomir.
– O motivo mais óbvio era porque ela não queria se casar – começou tia Célia. – E além desse, ela conhecia outra pessoa. Gostava de outra pessoa, Anne acha que ela fugiu com esse rapaz.
– E quem é esse rapaz? – perguntou tio Palomir nervoso.
– Não sei, nem Anne sabe – disse tia Célia. – Ela disse que era de boa família, mas não tenho certeza.
Um barulho do lado de fora da casa interrompeu a conversa. Eles não receberiam visitas naquele dia, então quem poderia ser uma hora dessas? Será que alguém descobrira algo sobre Aria e tivesse ido até lá dar a notícia?
– Senhor Palomir? – gritou alguém.
Tio Palomir levantou-se e foi até a porta. Havia um homem a cavalo, vestindo uma túnica verde com o escudo real, ele usava uma bolsa de couro pendurada ao ombro. Era um mensageiro. Para um mensageiro real bater a porta de alguém, boa notícia não era. Tio Palomir ficou preocupado.
– Palomir sou eu!
– Tenho uma carta para o senhor – disse o mensageiro. – É importante.
– Por que o rei me mandaria uma carta? – perguntou tio Palomir. – Ainda mais importante?
– A carta não é do rei – disse o mensageiro.
– E de quem é então? – perguntou tio Palomir.
O mensageiro abriu a bolsa e pegou um pergaminho enrolado, envolto por uma fita verde com o brasão real e entregou a tio Palomir. Tia Célia também saiu para ver o que estava acontecendo. Tio Palomir sentiu a mão tremer ao pegar a carta.
– Obrigado! – disse tio Palomir.
O mensageiro acenou e foi embora.
Tio Palomir e tia Célia entraram em casa e se sentaram lado a lado.
– De quem acha que é carta? – perguntou tio Palomir girando o pergaminho na mão.
– Só saberemos se abrirmos – respondeu tia Célia.
Tio Palomir desamarrou a fita, rompeu o lacre e desenrolou o pergaminho. Havia respingos de tinta por todo o pergaminho onde Aria escrevera.
Meus tios,
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Série Guerreira - Livro 2 - Andunëar
Romance"Há a presença de uma rainha em Andunëar e o Arco da Rainha já reconheceu esse fato." Após fugir de seu noivado e se recuperar de um ferimento de flecha, Aria decide ir para Andunëar com Tumen. Lá, no reino do Mar do Leste, a garota participará de u...