Ações impensáveis

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05/03/2020. - Ilha tropical, Panamá.

- Ei, já acordou? - Perguntou a carioca, que tocava a face da mineira.

- Impossível dormir com uma pessoa que até mesmo em seu sono, resmunga sobre maquiagens! - Salientou sua companheira, que devolveu com um sorriso.

As árvores cercavam todo o território vegetativo. Uma suave brisa vinha da praia a quilômetros do local, aquele cheirinho de crustáceos era emanado para o campinho. Alguns javalis filhotes comia a grama com sua mamãe, que guiava o grupinho de mamíferos para onde iam.

- Eu estou com fome, o quê acha de caçar algum animal? Por exemplo, aquele javali afastado do grupo? - Perguntou Bianca, que observava os porquinhos selvagem de longe.

- Eu não quero ter que matar bichos, eles são criatura de deus Bianca! Podemos comer frutinhas, ou até mesmo achar alguns vegetais, o quê acha? - Rafaella não gostara da idéia de matar algo, realmente o local parecia ter outras variedade para se alimentar.

- É verdade, onde eu estava com cabeça! A fome faz isso com a gente, precisamos repensar em como sair daqui. - As coisas ficaram mais clara para a morena, que entendia o lado da mineira.

Alguns metros do seu acampamento improvisado e depois de se alimentarem de vegetais.Bianca e rafaella tentavam achar algum sinal de que já houve civilização naquele local. Chegando em um lago, ao centro das águas se localizava uma gigante caverna com uma entrada de pedra no meio parecendo uma porta do local, parecia impossível de se entrar, afinal, alguns jacarés permanênciam imóveis na água, só a espera de uma presa.

- Ei, o quê você acha? Será que conseguimos subir? - Perguntou Bianca, que não via a situação que as cercavam.

- Acho melhor não, vamos esquecer esse lugar e voltar. - Mencionou a loira, que ia se afastando com cuidado do cenário pântanoso.

- Será que você não entende? Pode ser nossa única chance de sair vida disso! Essa caverna é alta, talvez conseguiríamos uma visão melhor do terreno por cima dela. - A mulher tinha razão, era uma chance, não poderia desperdiçar!

- Bianca, Não! É perigoso, vamos logo. - Rafa não mudou sua opinião, que irritou ainda mais a parceira de ilha.

- Não, eu não vou! Você não me manda, pode ir para o acampamento que eu irei atravessar esse rio, e chegar naquelas pedras. - Respondeu, pegando um pedaço de tronco que estava perto das águas, e andando cuidadosamente até o outro lado.

- NÃO! - Rafaella interveio, agarrando metade do corpo da amiga para fora do rio.

- VOCÊ ESTAR LOUCA OU O QUÊ?!
- Gritou, era visível que estava frustada e cansada daquilo.

- Me desculpa...

Ambas se entre olharam, e foi quando seus lábios se chocaram uma na outra. As mãos tocada na face como um sinal de "Não me largue" Rafaella estava carente, ela usou isso como uma forma de proteger a única pessoa que ainda restava, aquele ato impulsivo e mal pensado poderia azedar a relação das duas.


                      Rafa povs

Eu sei o quê vocês iram dizer, mais é para o bem dela...
Bem,eu não sei por quê a beijei, mais isso parece ter acalmado ela um pouco. É estranho ainda para mim ver ela como alguém que goste, quando a alguns meses atrás só queria a matar.
Deus, eu acho que o senhor me abandonou aqui para mim melhorar, a cada a dia aqui eu sei que estou a um passo de evoluir, mais isso estar ficando cada vez mais difícil e perigoso!
Ontem naquela madrugada pertubadora, você viu o quê houve! Tinha uma flecha cravada na grama, ao lado da minha perna! Ela poderia ter me acertado...
Acredito que não estamos sozinhas, mais eu ainda não irei falar com a Bianca, preciso que ela me proteja!
Eu sei, é errado, mais eu nunca vivenciei algo assim ou do tipo. Por favor, nos proteja! Eu só peço isso...

Largadas na ilha - Rabia 🌴Where stories live. Discover now