Uma festa que podia dar errado... E deu

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Eva White

Já faz três semanas e finalmente consegui me adaptar a rotina escolar com meus novos amigos. Ao que tudo indica mamãe gostou mesmo do tal cara do encontro e irei conhecê-lo hoje em um jantar. Mas neste querido momento me encontro na aula de campo de inglês com um poema de T.S. Elliot "A Terra Desolada".

Olho para uma das janelas de aula e avisto Johnny me encarando de longe, sorrio para o mesmo. Desde aquele quase nosso beijo, nossa relação melhorou muito, o quê foi muito bom para nós dois. Volto minha atenção para a professora e, finalmente depois de algumas horas, fomos para o almoço. Na fila da cantina, pegando algumas batatas fritas, vejo Emma vir em minha direção.

- Oi Eva! - ela diz animada e me abraça.

- Oi, tudo bem? - pergunto, a mesma concorda.

- Espero que você também... Enfim, queria lhe convidar para minha festa hoje. Não aceito não como resposta. Mais tarde lhe mando o endereço - ela diz e saí andando, olho sem entender nada mas dou de ombros. Termino de colocar a comida e vou até a mesa vendo Lilith brincar com Thomas e Leonard lê um livro.

- Não deveria recusar esta festa - Leo diz sem desviar os olhos das páginas.

- Por que? - pergunto colocando uma batata na boca.

- Porque as festas dela são épicas, oi puritana - Finn surge me beijando na bochecha e se sentando ao meu lado.

- Vocês sabem que minha mãe não vai deixar e eu tenho o tal jantar hoje - jogo meu corpo para trás tacando a batata de volta para o prato enfurecida com a proteção 24 horas de minha mãe.

- Diz que hoje tem um grupo de estudos para a prova de segunda - Lilith diz, olho para a mesma com um certo medo de contar mentiras.

- Levando a certinha para o mau caminho, Lilith?! Que feio - Johnny comenta com sua belíssima voz sedutora enquanto se senta a minha frente mascando um chiclete.

- Este é meu dever! - ela diz piscando para mim.

- Posso até tentar, mas não garanto nada - digo e todos concordam.

No fim do dia escolar vou para casa ansiosa com o que estaria por vir, pedalo rápido e finalmente chego em casa. Assim que entro sinto um cheiro muito bom de cordeiro assado, a mesa da sala está posta para quatro pessoas e não três, estranho um pouco mas subo diretamente para meu quarto deixar minhas coisas e ir ver se mamãe precisava de ajuda.

- Oi, quer que eu faça algo? - pergunto entrando na cozinha, ela sorri assim que me vê. Mamãe anda bastante sorridente desde que começou a sair com o tal cara do carro vermelho... E isso é bom, fazia anos que eu não a via assim.

- Adoraria, poderia fazer um suco de laranja, por favor? - ela pede, concordo suspirando pesadamente indo pegar as coisas.

- Sei que é tudo novo para você, filha... - ela diz, a olho confusa.

- Na verdade não, mãe. Estava esperando você finalmente seguir em frente e perceber que não sou mais uma criança. Você merece seguir com sua vida - digo cortando as laranjas.

- Você realmente cresceu... - a mesma deposita um beijo em minha bochecha.

- Mãe... Segunda vai ter uma prova meio importante e alguns colegas me chamaram para um grupo de estudo hoje às oito e meia... Posso ir? - pergunto e fecho os olhos já sabendo da resposta.

- Tudo bem, hoje é sexta. Desde que chegue até às onze, está tudo bem - ela diz, olho para a mesma sem entender nada porém feliz de ela ter deixado.

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⏰ Last updated: Apr 17, 2020 ⏰

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