The Maze Runner • Find My Way Back [1]

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"Diga todas as coisas que você não conseguiu dizer antes." 
— One Republic

"— Angel, vai ficar tudo bem querida. -era a voz da mesma mulher loira do sonho anterior, que ecoava por aquele laboratório.- — C.R.U.E.L. é bom, lembre-se disso. C.R.U.E.L. é bom...

Uma sensação agonizante de afogamento começou a tomar conta do meu corpo."

Acordei assustada tentando puxar todo o fôlego que no sonho me faltara. Meus pulmões estavam necessitados daquilo.

— Está tudo bem com você?

O Thomas me encarava preocupado e um pouco assustado com a situação.

— Foi um sonho... pesadelo, não sei bem.

Respondi confusa com o que acabara de acontecer.

— O que aconteceu no sonho?

Ele pergunta com um fio de curiosidade em seu olhar.

— Uma mulher, a voz dela repetia diversas vezes as mesmas palavras. Depois sensação de afogamento...

— Uma mulher? O que ela dizia?

Ele perguntava como se soubesse a resposta para sua pergunta, o que me fez o olhar um pouco desconfiada.

— "C.R.U.E.L é bom"... era isso que ela repetia diversas vezes.

Ele parecia tentar analisar toda aquela situação.

— Não consigo entender...

Ele repetia essas mesmas palavras freneticamente, andando de um lado para outro dentro daquele cubículo, que era o amansador. Me deixando cada vez mais nervosa do que já estava.

— Entender o quê Thomas?!

Perguntei desesperada por uma resposta do mesmo, que logo voltou sua atenção para mim.

— Eu e a Teresa temos exatamente o mesmo sonho, desde do dia em que chegamos na Clareira.

— Como vocês ainda não contaram isso para os outros?

— Não sei, mas acho que somos diferentes deles.

— O que isso quer dizer?

— Pensa bem, Angel. Só três pessoas dessa Clareira, apenas três, tem esses sonhos. Sem contar que fomos os últimos a sermos mandados para cá. Além disso, só você tem lembranças do passado.

— Não tenho todas as lembranças, Thomas.

— Mas de qualquer forma são lembranças! Por qual razão eles enviariam apenas uma pessoa com memórias para a Clareira? Essa é a questão.

— Pode acreditar, me pergunto isso desde de que me entendo por gente. Lembrar de todo o passado não parece mais tão agradável, isso está começando a me deixar maluca.

Ouço passos apressados vindo em nossa direção.

— Bom dia fedelhos! Vocês tem mesmo certeza que querem sair daí?

É o Minho com o humor diário dele.

— Qual é, Minho. Nos tire logo daqui cara!

— Tá legal.

Ele responde ainda sorrindo. Logo começando a desatar os nós que o Gally havia dado na noite anterior, nos libertando daquela punição.

— Boa sorte no labirinto, Thomas.

O mesmo sorri em agradecimento.

— Eu também não recebo um "boa sorte"?

O Minho pergunta em um tom brincalhão me fazendo rir.

— Acontece que não é o seu primeiro dia no labirinto, mas boa sorte pra você também fedelho! Vejo vocês mais tarde.

Dei as costas para os mesmos indo em direção à sede, me esbarrando em alguém no caminho.

— Devia prestar mais atenção por onde anda, Trolha.

Olhei para a pessoa em questão, e não me surpreendi ao perceber quem era.

— Você que sempre está no meu caminho, babaca.

Dei as costas para seguir em frente, mas, acabo sendo impedida por ele segurando meu braço.

— A noite com o Thomas não foi agradável?

Ele pergunta com um tom de sarcasmo em sua voz, me fazendo revirar os olhos e puxar meu braço de volta.

— Vai se ferrar Gally!

— Bom dia pra você também.

Parece que alguém nessa Clareira estava de bom humor, apesar da implicância que o mesmo mantinha com o Thomas. Continuei meu caminho e acabei encontrando o Chuck.

— Chuck, precisa de ajuda com algo?

— Não, Angel.

— Tudo bem, vou ver se o Clint e o Jeff estão precisando de mim. Se caso precisar de algo é só chamar. -o mesmo assente com um sorriso no rosto voltando ao seu trabalho, e antes que pudesse ir embora acabei lembrando da noite anterior.- — A propósito Chuck... obrigada por ontem.

— Não foi nada, Angel.

Dou um sorriso em agradecimento ao mesmo logo saindo da sede.

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