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Josh:

Eu estava muito feliz, conseguir fechar o contrato mais importante do ano pra mim. Vou encerrar dois mil e dezenove com minhas metas cumpridas.

-o que você acha da gente sair pra jantar?- pergunto a Joalin enquanto dirigia.

-ou a gente pode pedir algo em casa- ela sugeri sem ânimo.

-poxa Joalin, eu acabei de fechar um contrato mega importante, queria comemorar!

-por que você não chama a esposa do Noah, ou você acha que eu não notei seus olhares pra ela?- pergunta bem irritada.

Olhei mesmo, a mulher é bonita. Me chamou atenção. E não me arrependo.

-quer saber, esqueci essa merda de jantar. Depois não vem dizer que eu não faço nada por nós dois.

Eu tento, juro que tento. Queria sair com ela. Jantar, tomar um vinho, se divertir , depois voltar pra casa e seguir a comemoração em nosso quarto, mas ela estraga tudo.

-desculpa- diz tranquila- vamos jantar.

-agora quem não quer sou eu!

...

Estaciono o carro na minha vaga do estacionamento do prédio. Candelária desce primeiro e sai apressada.

Eu não sei por quanto tempo mais consigo aguentar esse casamento. Ela me deixa cheio de raiva.

Um tempo depois entro no nosso apartamento. Joalin já estava infurnada no nosso quarto.

Eu não vou ficar em casa, não mesmo. Vou ligar pros caras, tenho que comemorar meu mais novo negócio.
Essa porra é muito importante e merece uma comemoração.

Entro no quarto e vou direto pro banheiro. Tomo um bom banho. Aproveito e aparo um pouco minha barba.

Quando sair do banheiro, Joalin já não estava no quarto. Vou até o closet e boto uma roupa mais descontraída.

Mando uma mensagem pro meu amigo Bailey, e até convido Noah, ele me pareceu ser um cara bem legal.

Saio do quarto e sigo pelo corredor, encontro com minha esposa que estava assistindo um programa de receitas na tv.

-vai sair?- pergunta ao notar minha presença.

-sim, não precisa me esperar.

-Josh, isso que quer fazer não é certo... Não pode sair sem mim, eu sou sua mulher.

-me poupe, eu te chamei e você não quis, agora vou sair com meus amigos- digo pegando a chave do carro- e como eu disse, não precisa me esperar.

Any:

Saio do banheiro ajeitando a cinta liga. Hoje Noah, não me escapa.

Sigo pelo o corredor da nossa casa. Paro de frente a porta do escritório dele e abro a porta.

Ele encerra uma chamada e direciona o olhar dele pro computador. Ando até a frente da mesa e apoio minhas mãos na mesma.

Meu marido olha pra mim e sorri.

-pra quê isso?- pergunta me avaliando.

-tenho sentindo falta da sua atenção, e não só eu- digo com malícia.

-amor, eu tenho que terminar essa planilha.

Minha feição muda no mesmo instante, mas tento não deixar transparecer.

-sabe, estou começando a achar que você é casado com o seu trabalho e não comigo- falo irritada.

-Any, você sabe que eu trabalho assim pra dá uma vida maravilhosa pra você...

Eu não acredito que ele falou isso.

-pra mim o caralho, não esqueça que eu sou formada e que posso procurar a emprego a hora que eu quiser! Não tenho que depender de você.

-desculpa, eu não quis dizer isso.

-quer saber, pode ficar com o seu trabalho, vou ligar pra Sabina e chama-lá pra jantar.

-amor...

-me erra Noah.

...

Estaciono meu carro de frente ao bar que Sabi, disse que teria pagode hoje.

-ai Sabi, se Noah, souber que estou num bar de pagode, ele arranca meu figado- falo pegando meu celular e a carteira.

-para de ser besta, seu marido está nem aí pra você, só quer saber da empresa e blá blá blá blá...

Acabo soltando uma risada. Ela está certa. Nas últimas semanas Noah, só viveu pro trabalho.

Eu preciso tomar uma cerveja, escutar uma música e dançar. Estou casada, não doente e nem morrendo.

Saímos do carro e entramos no estabelecimento. Se tem uma coisa que eu gosto, é pagode. E morar no Rio, me proporciona isso aos montes.

Um garçom mostra uma mesa pra nós duas perto do palco. Sabi pede um combo e começamos a beber.

-Sabi, eu não sei se consigo aguentar esse casamento por muito mais tempo- digo suspirando- Noah, não supre minhas vontades.

-ainda bem que não tenho esse problema.

-você não é casada- falo de maneira óbvia.

-exatamente por isso, casamento é uma coisa terrível- fala sorrindo- é bom ser solteira, posso me sugeri com quem eu quiser.

E eu sei que ela tem razão. Quando eu não era casada, eu me divertia pra valer.

-ai Sabi, as vezes eu morro de vontade de cometer uma loucura- digo mordendo o lábio.

Ela começa a rir e a acompanho.

Noah, tá merecendo um par de chifres, acho que assim ele se liga e me dá valor.

-bom, homem não falta- Sabi fala olhando ao redor- e por falar em homem, tem um grupinho atrás da nossa messa que não para de olhar.

Ela sorri maliciosa e pisca um olho. Pego meu copo e olho disfarçadamente.

Meu olhar cruza com o de Josh Beauchamp, o mais novo sócio do meu marido. Ele sorri pra mim e ergue o copo me cumprimentando. Faço o mesmo e sorrio pra ele.

-Sabi, acho que hoje o Noah, vai levar gaia.- digo baixo o suficiente só pra ela ouvir

Ela começa a rir.

Meu Deus, eu vou pro inferno.

...

Traição | Beauany (Concluída)Where stories live. Discover now